Capitulo 18

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Carol Bellini

Quando Austin nos deixou pra ir até a casa de Júlia fiquei nervosa, mas beber com Alinne e Drake me ajudou a relaxar um pouco, mas a tranquilidade só durou até os dois me deixarem sozinha no apartamento. No momento em que a porta se fechou e o silêncio se instalou no ambiente, milhares de pensamentos tomaram conta de mim. "Será que já sabiam o resultado do teste? Será que ele está precisando de mim?" milhares de perguntas e nenhuma resposta, nenhuma mensagem dele e eu não podia ligar, não podia interromper um momento tão sério para os dois, afinal não tenho nada a ver com isso.

Sei que se o resultado for positivo não vai mudar nada do que sinto por aquele garoto, mas confesso que a ideia dele ter essa ligação com a Júlia me enlouquece, um filho é a coisa mais importante da vida de um pai, a garota claramente não gosta de mim, ela insiste em me encarar sempre na faculdade, não faz a mínima questão de fingir e isso me preocupa um pouco. Mas se essa ligação entre ela e Austin realmente for existir, espero que possamos conviver, porque eu não vou desistir desse garoto.

Terminei de ler o livro que havia começado no início do mês, fiz pipoca, assisti um filme e até montei um quebra-cabeça, mas as horas pareciam não passar, afinal Austin não chegava e a ansiedade estava me agonizando. As 2 da manhã decidi ir pra cama, não sabia mais o que fazer nem o que esperar, então apaguei as luzes da casa e fui para o quarto em frente ao meu, precisava estar lá para ele, eu disse que estaria.
Foram mais algumas horas mexendo no celular e  comecei um livro novo por não conseguir dormir, até enfim ouvir barulhos dentro do apartamento, o que levou meu olhar ansioso pra porta que se abriu, revelando um Austin de cabeça baixa, o cabelo quase raspado e todo molhado com a roupa cheia de pingos, mas não estava chovendo.

— Eu não sei o que pensar. — o olho apreensiva e ele suspira aliviado e sorri ao me ver.

— Você deveria estar dormindo. — ele alerta enquanto tira a roupa molhada e coloca em cima da cadeira.

— Como se fosse possível, precisava ver você.

— Desculpa te fazer esperar, devia ter ligado pra avisar. — sua fala é seguida de um outro suspiro e ele se aproxima, se sentando na cama o garoto deixa um tapa em sua perna e sem demora me sento em seu colo, como indicava que queria. Pego uma toalha na cômoda ao lado da cama e seco seu cabelo, enquanto observo seu rosto, tentando entender o que sentia no momento.

— Tá tudo bem, não acho que uma mensagem me deixaria bem, precisava realmente olhar pra você... Quer falar sobre como foi lá? — não quero incomodá-lo, talvez o resultado não me preocupe tanto quanto imaginava, apenas queria estar ali pra cuidar dele.

— Bom, foi estranho, tivemos uma longa conversa até ela fazer o teste e tivemos outra longa conversa depois de dois positivos... — sua resposta apenas me faz abraçá-lo de imediato, mesmo que sua voz não expresse tristeza, sinto que ele precisava de um abraço. — A Gabi vai surtar quando descobrir que vai ter um irmãozinho.

— Vai dar tudo certo, tá bem? Eu vou ajudar você, o Drake também e tenho certeza que até a Alinne vai entrar nessa, ela ama bebês, vocês não vão ficar sozinhos.

— Eu tô feliz, sei que não vai ser fácil, na real eu tô bem lascado, mas tô feliz porque você tá aqui, de verdade.

— Eu disse que estaria. — sorrio e beijo seus lábios.

— Dizer todo mundo diz, obrigado...

— Você tá tranquilo por já ter passado por isso uma vez?

A cor do teu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora