Hoje era o ínicio do mês de Dezembro, o frio veio infelizmente instalar-se em Bray e algo me diz que por um longo espaço de tempo. Odiava o frio, odiava andar o dia todo coberta por imensas roupas e cobertores, ligar o aquecedor e andar a tomar bebidas quentes para aquecer o meu corpo. Além disso o inverno é a estação do ano que mais odeio, pode até incluir o Natal que é um dos melhores dias festivos de todo o ano mas, infelizmente, o inverno trás muita infelicidade. Dias cinzentos onde a chuva acaba mesmo por cair intensivamente, o vento sopra incontrolavelmente e os dias são passados em casa a passar tempo, basicamente a minha vida tem sido assim, um vazio enorme.
Já passou uma semana desde o meu aniversário e desde tudo o que se passou. Não vos vou dizer que me sinto a pessoa mais miserável e burra à face da Terra porque já devem de imaginar isso. Todos os dias relembro o que se passou, como de um momento para o outro passei da aniversariante mais feliz do mundo por estar rodeada das pessoas que mais amo para a aniversariante que acabou de perder o amor da sua vida. Grrrr sou mesmo burra! Pergunto-me todos os dias como não fui capaz de perceber tudo o que se passava à minha volta, a maneira como o Ashton falava para mim, como me olhava com aquele olhar doce mas com desejo, desejo de puder conquistar-me. Acho que devia de ter percebido desde o momento em que ele me ofereceu aquele maldito presente que hoje se encontra escondido dentro da gaveta do meu guarda-vestidos porque sei que se vir aquilo à minha frente desato a chorar incansavelmente. E como se não bastasse largar lágrimas de desespero por ter perdido Harry, não queria sequer lembrar que o Ashton gosta de mim e que me beijou.
Bolas! A minha vida está de pernas para o ar...
Eu por muito que queira não consigo conversar com Ashton e tenho rejeitado cada mensagem e cada telefonema que ele faz, sei que devia de pelo menos dizer qualquer coisa nem que seja "Não quero nada contigo desculpa." mas eu não consigo, eu não quero magoá-lo e não quero que ele fique de coração partido tal como eu estou agora. Que irónico!
Como se não bastasse depois da minha briga com Rose, sinto-me completamente sozinha na minha própria casa, o que é bastante doloroso pois já vos tinha dito que Denise apoiou-me imenso e, graças a tudo, ela acabou por se afastar e as únicas palavras que me dirige é a dizer que o almoço/jantar está pronto. E Rose faz de tudo para me irritar, nem que seja gabar-se que Harry lhe ofereceu uma viagem para ir visitá-lo. E a verdade é que ele deu, o que me magou-a ainda mais, ver aquele maldito bilhete todos os dias em cima da sua mesinha de cabeceira vocês nem sabem a vontade que tive de rasgá-lo e de irritá-la mas eu não queria descer ao nível dela e se o Harry assim quis quem sou eu para destruir isto a ele.
Hoje era terça-feira e tinha o dia tão ocupado na faculdade, cheia de aulas e de notas importantes para apontar mas não consigo levantar-me da cama, não consigo ter cabeça para pensar em coisas exteriores ao que se passou. E além do mais eu sei que se me levantar eu irei ver Ashton e eu não me queria cruzar com ele, não agora. Eu necessito de mais um pouco de tempo para recuperar de tudo, ainda é muito cedo para conseguir deixar tudo para trás das costas. Eleanor ensiste incontrolavelmente para eu ir às aulas e eu nego-lhe todas as vezes, eu percebo que ela me queira ajudar mas não consigo enfrentar o mundo neste momento. Até porque...
Eu comprei um bilhete só de ia para Califórnia, sim eu sei estou a desistir de tudo. Estou a desistir do meu pai, do Harry, dos One Direction, da Eleanor e dos 5SOS. Eu sei que se estivesse neste momento ao lado da minha mãe tudo ficaria melhor, eu não estaria assim tão triste e tão desmotivada, ela consegue sempre por-me feliz de qualquer jeito e as saudades já são imensas.
Estava na hora de lhe dizer.
Peguei no meu telemóvel e delicadamente procurei o nome da minha mãe na lista de contacto e não demorou muito tempo até começar a chamar e ela atender, com aquela voz de mãe preocupada.
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My bodyguard {PARADA}
Teen FictionChamo-me Evelyn, tenho 17 anos e nasci em Bray na Irlanda. A minha mãe separou-se do meu pai quando tinha 5 anos e desde então fui viver com a minha mãe para a Flórida nos Estados Unidos. Vivo com a minha mãe, com o meu padrasto, com o meu irmão de...