Ele voltou

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Narrado por Bianca

A diretora Marta chegou no quarto do José e eu me surpreendi pois ela parecia realmente muito triste pelo o que aconteceu com ele.
Eu sair do quarto dele e deixei eles dois a sós como ela tinha me pedido, sair do quarto e sentei na cadeira de espera.
Minutos depois Alice, Thais e Marcos tinham chegado, eu os abracei.
- O que você está fazendo aqui fora? - Alice perguntou.
- A diretora Marta pediu para ficar a sós com ele - Eu respondi.
- A diretora quem? - Thais perguntou.
- Ela chegou triste - Eu tentei explicar - e pediu para ficar a sós com ele então vim para cá pra fora.
- E como foi as férias? - Marcos me perguntou querendo desviar do assunto.
- Eu passei as férias nesse hospital - Respondi.
Sentei e olhei para porta do quarto, bem na hora que a diretora Marta estava saindo. Seus olhos estavam vermelhos, sinal que ela estava chorando.
Esperei ela passar e entrei no quarto do José, com os outros logo atrás de mim, eles três se sentaram no sofá e eu sentei na poltrona ao lado de José.
- Ele poderia acordar logo - Thais disse - sinto tanta saudade dele, e tão culpada pelo o que aconteceu, estávamos brigados, e a culpa foi minha.
- Ele vai acordar - Eu disse - ele tem que acordar.
Segurei a mão do José, e ele novamente segurou minha mãe de volta, olhei para ele, e vi o que eu estava esperando a meses, vi ele abrindo os olhos, e com esse pequeno movimento a alegria voltou para mim.
- Enfermeira - Marcos gritou - enfermeira.
As meninas e o Marcos arrodearam a cama onde José estava, ele nos olhou, e quando ele me encarou com seus lindos olhos azuis, vi o que eu não esperava, eles estavam confuso e desesperado, sem o brilho que eu tanto esperava.
- Me desculpe - Ele falou - mas quem é vocês?
Abrir a boca para responder ele, mas as palavras fugiram de mim, esperei algum tempo para ver se ele estava brincando, mas não estava, ele não se lembrava de mim, ele não se lembrava de nada.
Essas seis palavras acabaram com todas as minhas esperanças, lágrimas começaram a descer nos meus olhos, ele esqueceu de mim, pedir todo o ar dos meus pulmões, e eu tentava desesperadamente voltar a respirar, mas o ar se recusava a entrar.
Os lindos olhos azuis dele ainda me encaravam e me via chorar por ele, mas mesmo assim seu olhar era fundo e escuro, sem a luz que sempre tinha.

Série Cemitério: Eles Continuam Aqui. Volume 3Onde histórias criam vida. Descubra agora