Não sei como encara-lo

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Narrado por Bianca

Cheguei em casa e deitei em minha cama, depois do intervalo quando descobrir que José era adotado eu não conseguir encará-lo, sai da escola sem falar com ninguém e ainda bem meu pai já estava na porta me esperando.
Meu celular vibra e chega uma mensagem do José.

Meu amor, aconteceu algo? Fiz
Algo que não devia? Depois do intervalo
Voce ficou estranha

Comecei a chorar,  eu não iria conseguir encarar o José até que ele soubesse e eu não poderia contar para ele,  além de eu não ter provas, era uma coisa muito seria para se dizer assim do nada.
José apesar de tudo amava sua família e ele descobrir do nada que não fazia parte da família o destruiria e claro os espíritos aproveitariam muito disso.
Pego meu travesseiro e cubro a cara com raiva, eu não sei o que eu farei, se eu não falar para ele e ele descubrir. Ele nunca mais falaria comigo.
Minha cabeça estava prestes a explodir de tantos pensamentos mútuos.
Meu celular tocou e vi que era o José. Meu coração disparou na dúvida se eu atenderia o amor da minha vida ou se eu não o atenderia e ele nunca me perdoaria.
- Oi José - Falei quando atendi.
- Está tudo bem? - Ele perguntou.
- Está - Eu solucei por causa do choro.
- Você está chorando meu amor? - Ele alterou um pouco a voz - estou e2 para aí agora.
Ele desligou o celular.
E agora? José estava vindo aqui me w4 e esu realmente não sei se vou conseguir olhar naqueles lindos olhos azuis e não falar a verdade.
Levantei da cama e fui para o banheiro, tirei a roupa e liguei o chuveiro, encostei meus braços na parede e comecei a chorar deixando a água que caia do chuveiro se misturar as minha lágrimas.
Eu sentia pena do José e raiva da vida, José não merecia isso, José merecia saber a verdade sobre sua a vida, ele não merecia ser enganado.
Desliguei o chuveiro e me sequei na toalha e vesti um short jeans e uma blusa regata.
J

osé chegou, abri a porta para ele e ele estava sorrindo, segurando um buquê de rosas brancas em uma mão e na outra um urso de pelúcia e uma caixa de chocolate grande.
Dei espaço para ele entrar, ele colocou as coisas no sofá e me abraçou, comecei a chorar, minhas lágrimas caia em seus peitos. E eu escutava cada batida do seu coração.
Ele segurou minha cabeça e olhou nos meus olhos, o olhar azul penetrante dele estava preocupado, ele me encarou por alguns segundos e beijou minha testa.
- Eu... te... amo... minha... pequena - Ele disse devagar palavra por palavra.
- Também - Respondi.
- Eu ia vim te buscar para comermos lá em casa - Ele disse - Marcos e a Alice e a Thais ia para lá.  Mas você estava chorando então achei melhor eu vim para cá.
- Se lascou - Eu sorri - minha mãe está trabalhando e meu pai também. Resumindo aqui não tem comida.
Ele deu um sorriso torto e pelo seu olhar percebi que ele  planejava algo.
- Filho de cozinheira, cozinheiro é - Ele brincou.
Ele tirou a camisa e me puxou para a cozinha, seus musculos a mostra me deixava sonza, ele era lindo.
Ele sorriu pegando o avental  amarrando no pescoço e na cintura.
Como ele já sabia onde ficava tudo ele começou abrir os armários e pegou os ingredientes. 
Ele começou a cortar os ingredientes com uma rapidez incrível.
- Meu amor lava o arroz para mim - Ele me pediu.
- O que você vai fazer? - Perguntei.
- Arroz goiano - Ele respondeu.
Passei do lado dele e peguei o arroz no armário, coloquei na vasilha e fui para pia lavar, terminei e entreguei a ele.
- Pega a ervilha - Ele pediu.
Peguei uma cadeira e subi para pegar a ervilha no armário de cima, escutei o José sorrindo.
- O que foi? -.Perguntei.
- Nada nanica - Ele falou.
- Idiota - Falei e entreguei a ervilha a ele.
Ele abriu a geladeira e pegou a linguiça e cortou ela em cubos.

Quarenta minutos depois José colocou o prato em minha frente,  o prato estava decorado com folhas de alface e rúcula.
Ele tirou o avental e seus músculos suados me desorientou, ele sorriu percebendo minha reação e se sentou ao meu lado com seu prato.
Coloquei um pouco do arroz na boca e estava maravilhoso, o tempero e a mistura dos ingredientes estava no ponto certo.
- Gostou? - Ele perguntou.
- Mais gostoso do que você -Respondi brincando.
José me encarou, pelo seu olhar percebi que ele levou como uma provocação, ele soltou um sorriso torto.
- Tem cinco minutos para comer - Ele disse - aí eu te mostrarei quem é mais gostoso.
Eu sorri e voltei a comer, quando passou cinco minutos José levantou e me puxou, ele me colocou em sua cintura e me beijou.
Quando percebi José me jogou na cama, ele tirou o short, se ajoelhou e tirou o meu short.
José era delicado e ao mesmo tempo selvagem, ele sabia o que fazia,  e com ele eu sentia que poderia me entregar por inteiro.
Estávamos nus, sem nem uma camada de roupa entre nós, eu sentia o calor de sua pele contra a minha. Eu me sentia segura entre seus braços, ele me beijou e eu cheguei ao meu êxtase.

Estava deitada com a cabeça apoiada no peito do José, nenhum de nós dois teve coragem de levantar e vestir a roupa.
- Quem é o mais gostoso agora? - José brincou.
- Idiota - Eu disse e bati em seu peito.
Apesar de ter se esquecido por um momento meus demônios, eu estava convicta de que eles voltariam, um segredo como esse que estou  escondendo nunca, jamais ficaria escondido para sempre.

Série Cemitério: Eles Continuam Aqui. Volume 3Onde histórias criam vida. Descubra agora