Série Cemitério: Eles Continuam Aqui. Volume 3

Concurso

Narrado por José

- Carla, José e Bianca eu quero falar com vocês no final da aula - O professor Evaldo anunciou no meio da aula.
- Ok.
Havia passado uma semana desde o parque Cimba, e a Melissa insiste em se aproximar de mim, ela é legal, mas toda vez que eu falo dela, a Bianca fica estranha, mas fora isso eu e a Bianca estamos muito bem.
Marcos é o único que não se aproxima muito de mim, acho que esse "novo" eu ele não gosta como o antigo, mas não o culpo, eu era seu melhor amigo e não me lembro dele.

"Esta com raiva de mim?

Escrevo e envio para o Marcos.

Não, só estou passando por momentos difíceis.

Pode contar comigo se quiser.

Ele leu a carta e acenou para mim com a cabeça, sei que uma das coisas difíceis que ele está passando é relacionado a Alice, já que os dois separaram. Mas além disso acho que ele está triste por causa de mim, e isso faz com que eu me sinta culpado.
O sinal tocou e todos saíram, menos eu, Carla e a Bianca.
- Tenho ótimas notícias para vocês - O professor disse.
- Qual é? - A Carla perguntou.
- Vocês são uns dos melhores alunos do colégio - O professor disse - vocês foram escolhidos para representar o colégio na feira literária.
- O que temos que fazer? - Eu perguntei.
- Vocês têm que produzir um teatro, um coreografia e escolher alguém para cantar - Disse o professor - eu vou estar auxiliando vocês em tudo. E se quiser podemos começar a organizar as coisas agora. Podem ficar?
- Claro - Respondemos em uníssono.
Nos sentamos em uma rodinha e cada a um pegou um caderno e uma caneta para anotar.
- Quem vocês acha que pode cantar? - O professor perguntou.
- A Carla é boa de cantar - Bianca disse.
- Você pode cantar? - O Evaldo perguntou.
- Posso.
- E a dança e o teatro fica comigo e com a Bianca - Eu disse - Tem limite de pessoas e tempo.
- Amanhã passaremos as regras para vocês três.
Nos levantamos, o professor Evaldo e a Carla saíram na frente, Bianca estava colocando o caderno na bolsa.
Eu cheguei por trás dela e a abracei, ela se virou e me beijou, cada beijo que dávamos era um melhor que o outro.
A porta se fechou muito forte, e nós dois nos assustamos, Bianca me olhou com os olhos assustados.
Corri até a porta e ela estava trancada, Bianca começou a andar de um lado para o outro e balançando as mãos enquanto andava.
- Eles continuam aqui - Ela repetia isso várias vezes - droga, eles continuam aqui.
Corri até ela é segurei suas mãos que tremiam muito, coloquei as mãos dela no meu peito e olhei em seus olhos.
- Quem continua aqui? - Eu perguntei.
- É complicado - Ela disse já lacrimejando.
- Confia em mim Bianca - Eu falei - estou aqui para te proteger e eu acho que sempre estarei aqui.
- Você leu nossas conversas antigas? -Respondo com um aceno de cabeça - lá tinha coisas sobre espíritos, é tudo verdade.
Minha cabeça começou a doer muito, como se tivesse enfiando facas, não fazia sentido espíritos existirem, mas alguma coisa no que a Bianca disse tinha me icomodado muito.
A porta se abriu batendo com um estrondo forte e eu por impulso puxei a Bianca o mais rápido possível da sala.
- Pode me explicar o que foi isso? - Eu pergunto quando estamos fora do colégio.
- Espíritos do mal existe - Ela me encarou - e alguns dele nos odeiam.
- Por que? - Eu perguntei.
- Por que ativamos a maldição - Bianca me olhou - nós somos o cinco de uma maldição antiga.