Me meto onde não devo

8 1 0
                                    

Narrado por Alice

Cada dia ficava melhor, os espíritos não atacavam fazia semanas, eu e o Marcos continuamos amigos, o teatro e a dança que ensaiamos estão perfeitas,  minha amizade com José,  Bianca,  Thais e Brenda e até com o Lorenzo estão mais fortes do que nunca,  apesar do Enzo me extressar muito.
Levantei da minha cama e fui tomar banho para ir pro colégio, dez minutos depois sai da minha casa, na outra esquina vejo o José,  ele está carregando uma sacola branca na mão.
Ele chegou sorriu e me abraçou,  eu amava esse lado do José,  ele sempre sorria e nos abraçava,  mesmo que tudo desse errado ele sempre nos daria um sorriso e nos trasmitia força,  eu amava isso nele.
- Oi baixinha - Ele disse e colocou a mão no meu cabelo.
- Oi - Eu disse - o que é isso na sacola.
- Comida para comemorarmos - Ele disse - a vida está tão boa nesses tempos que temos que comemorar,  e se você quiser almoçar lá em casa hoje.
- Opa - Brinquei - já estou lá.
Ele me puxou pelo ombro e me abraçou de lado e beijou o topo da minha cabeça.
Chegamos no colégio e a Brenda já estava lá converaando com o Marcos,  estava feliz por eles, espero que eles dêem certos.
- Olá pombinhos - José falou e abraçou a Brenda.
- Vai se lascar José - Marcos disse - cade seu carro?
- Eu moro a dez minutos do colégio - José respondeu - pra que eu viria de carro.
- Filhote - Eu disse - se eu tivesse um carro até para visitar o vizinho eu iria de carro.
- Bando de sedentário - José se sentou ao lado do Marcos e eu sentei ao lado dele.
Estavamos sentados na grama ao lado do pé de manga que tinha no pátio,  a visão era direto da porta, Bianca passou pela porta e no instante em que José a viu seus olhos brilharam,  ele realmente amava ela, e eu não poderia ficsr mais feliz que meus mrlhores amigos encontraram que os amam, e um dia eu espero encontrar esse tipo de amor.
José levantou e abraçou a Bianca girando-a no ar,  ele colocou ela no chão e beijou ela.
Eles sentaram junto com a gente, logo Thais e Brenda chegaram e começamos a comer, nós sorriamos muito, e era bom, eu esqueci de todos os meus problemas, me esqueci dos espíritos que me atormentava, meus amigoa tinham o poder de me fazer esquecer as coisas ruins da vida. Mas como tudo na vida acaba,  nosso momento acabou quando o sinal tocou.
Arrumamos as coisas e jogamos no lixo e subimos para nossa sala, o professor de biologia já estava na sala.
Sentamos em nossos lugares,  no fundo da sala.

Estavamos todos comendo na lanchonete do colégio, José como sempre ao lado da Bianca, Marcos ao lado da Brenda, Thais do meu lado e infelizmente do meu outro lado estava o Lorenzo enchendo minha paciência que já era menor do que eu.
- Qual o maior medo de vocês? - Perguntou Brenda.
Eu encarei a Bianca e logo depois o José,  dava para ver em seus olhos que ele estranhou a pergunta assim como eu, e além disso dava para ver que a resposta deles seria a mesma que a minha. Os espíritos.
- Perder alguém que amo - José respondeu quebrando o silêncio.
- O mesmo - Respondeu Bianca.
- Desculpas a pergunta assim do nada - Brenda falou.
- Tudo bem - Disse o Marcos.
O sinal tocou avisando que acabou o intervalo,  todos levantam da mesa menos eu.
- Tu não vai com a gente não?  - Perguntou o José.
- Vou fazer um negócio aqui podem ir - Respondi.
- Alice cuidado - Respondeu Thais - não nos mete em outra cilada.
- A culpa não foi minha - Falei indignada enquanto eles saiam.
Levantei da mesa quando eles sumiram nos corredores, e para falar a verdade eu não tinha planejado fazer nada, só não queria ir para a aula de matemática.
Sair da lanchonete e entrei nos corredores, fui beber água no bebedouro e encontro a Bianca.
- Oque foi? - Perguntei.
- Se for para faltar aula - Ela disse - faltaremos juntas.
Começamos a escutar gritos da sala da diretora Marta. No começo eu não entendi o que eles falavam, mas identifiquei a voz a diretora e de um homem.
Bianca me encarou e começou a andar, paramos na janela da sala e as palavras começaram a fazer sentido.
- Você não pode falar para ele que é mãe dele - O diretor Fabricio gritava.
- Mas o José é meu filho - A voz dela parecia que ela estava prestes a chorar - José Castilho é meu filho.
A Bianca se encostou na parede, seu rosto era de espanto, igual o meu,  as palavras da diretora me atingiram em cheio.  Meu melhor amigo estava sendo enganado.  Mas como? Como ele poderia ser filho dela?
A porta da diretoria abriu e Marta apareceu na porta, ela me olhava nos olhos,  os pelo da monha espinha se arrepiaram.
- Promete que não vai contar para ele? - Pediu ela chorando.
- Eu... eu - A Bianca não conseguia formar as palavras certas.
- Não podemos prometer isso - Eu falei.
- Me dê um tempo então - Marta cada segundo a mais, parecia mais desesperada - me dê um tempo para contar a ele.
- Eu vou para a sala - Disse a Bianca e saiu.
Eu a segui, ela saiu do bloco um e correu para o dois,  ela passou correndo pelo meio da rua e eu soltei um grito,  ela quase foi atropelada. Corri o mais rápido atrás dela e a alcancei na porta do bloco dois.
- Calma Bianca - Eu segurei em seus ombros - não fica mentalmente fraca.
Bianca me olhava e lágrimas começaram a descer de seu rosto.
- Eu não to preocupada comigo - Ela disse - imagina como o José ficará?  - Ela fez uma pausa como se pensasse no que tinha falado - e ela sabe o que pode acontecer,  ela já foi dos cinco... e por isso o José é também,  a mãe dele, a verdadeira mãe dele era dos cinco.
- Bianca - Eu não sabia o que dizer, as palavras sumiram da minha boca, mas ela tinha razão, ou pelo menos parecia que tinha.

Série Cemitério: Eles Continuam Aqui. Volume 3Onde histórias criam vida. Descubra agora