Série Cemitério: Eles Continuam Aqui. Volume 3

Um novo membro dos cinco

Narrado por Bianca

As seis e meia José chegou na minha casa, sua mania de sempre chegar antes do combinado não me surpreendia mais, e agora eu já estava pronta, ele desceu do corola dele.
Ele estava lindo como sempre,  uma camisa social, um pouco apertada, marcando seu peitoral e braços e uma calça jeans escura. Ele sorriu e tirou do carro um buquê de rosas brancas.
Eu sorri, José sempre romântico,  ele me entregou as rosas e me beijou. Fiquei com vergonha, ele estava lindo, enquanto eu com meu vestido e minha sapatilha chegava nem aos pés dele.
- Isso não é justo - Eu disse.
- O que foi? - Ele deu um sorriso torto que só me desmontou mais ainda.
- Você é lindo, sexy e rico - Eu disse - e eu sou feia.
Ele sorriu e balançou a cabeça em negação.
- Você é linda Bianca - Ele disse olhando nos meus olhos - você é a melhor coisa que me aconteceu, você é sexy sem querer ser sexy, você é  linda ao acordar até ao deitar, você é linda até dormindo.
Ele me beijou, nossas línguas se tocaram e meu estômago se revirou, foi um beijo calmo, mas delicioso, o gosto de menta na sua boca.
O beijo acabou e eu fui guardar o buquê que o José me deu.
Voltei e José abriu a porta do carro para que eu entrasse, sentei no banco de carona e José arrodeou o carro e sentou ao meu lado no banco do motorista.
Ele colocou o cinto e ligou o carro, em alguns minutos buscamos o Marcos, a Alice e o Enzo.
- Queria ser rico que nem o José - Enzo disse.
- Caramba - José disse - vocês são chatos meu pai. Não sou tão rico assim.
Ele ligou o som e começou a tocar "Rap god" do Eminem. José e Enzo começaram a cantar de acordo com a música. A parte rápida da música começou e os dois ainda cantavam no ritmo da música. Eles gritavam e sorriam um encarando o outro, a música acabou e os dois respiraram sem fôlego.
- Tu canta muito José - Disse o Enzo.
- Você também - José respondeu - não sabia que cantava.
- Gosto de cantar só rap - Enzo respondeu.
Começou a tocar a tocar "A flor e o beija flor", essa música até eu cantei, apesar da música ser triste cantávamos sorrindo.
José freiou de repente, eu soltei um grito assustada, olhei para frente e vi a Marina e seus comparsas na rua.
Uma mensagem de sangue começou a aparecer no vidro do carro " Que tal ser seis de vez de cinco, bem vindo ao inferno Lorenzo" e os três espíritos desapareceram junto com a mensagem.
- Enzo está tudo bem? - José perguntou.
- Não - Ele respondeu incrédulo - o que acabou de acontecer.
- Você sabe alguma coisa sobre espírito - Alice perguntou.
- Sei - Ele respondeu - sempre vi, meu avô é espírita.
- O que nós te contarmos tem que ficar aqui - Marcos disse - talvez você não vai querer ser nosso amigo mais.
- Rapaz - Disse o Enzo - acabei de ver uma mensagem falando que vim para o inferno, acho difícil ser pior que isso.
- É pior - José disse - resumindo tudo, espíritos nos persegue, nós se envolvemos em uma maldição e estamos tentando quebra-lá, mas os espíritos não querem deixar.
- Como isso aconteceu? - Enzo perguntou.
- Sei lá Enzo - Explodi - o importante é que agora eles querem você, nem sabia que poderia aumentar a quantidade, já que a porra do nome é a maldição do cinco.
- Calma - Marcos disse.
- Que calma o que Marcos - Eu disse ainda gritando - ele não era para saber, isso tem que acabar.
- Meu amor - Disse José - vamos esquecer isso por enquanto e vamos para a noite da pizza  e depois lá pra casa.
José sem esperar minha resposta acelerou o carro e em cinco minutos chegamos na pizzaria.