Tarde normal ou quase isso

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Narrado por Bianca

Estavamos ensaiando para o concurso a todo vapor, já se passarram uma semana de ensaio, e hoje mostraremos para os professores a dança e o teatro e daqui três semanas era as apresentações.
Me arrumei e coloquei as roupas da dança na minha bolsa e fui esperar José na sala, ele me ligou falando que queria me mostrar algo antes de irmos para o ensaio.
O interfone tocou e minha mãe gritou falando que o José tinha chegado, - Uma hora mais cedo como de custume - ele fechou o portão e entrou na sala.
- Oi amor - Ele disse.
- Ainda bem que me arrumei cedo - Eu disse.
Ele abaixou encostando o braço no sofa e sussurrou no meu ouvido.
- Queria ver você se arrumando - Sua respiração perto do meu pescoço me causava arrepios - iria ser bem melhor.
- Minha mãe esta ai - Sussurei de volta.
José começou a andar, levantei do sofá e o segui,  ele andou até a cozinha,  onde minha mãe estava.
- Oi sogrinha - Ele abraçou minha mãe.
- Oi José - Minha mãe falou- tudo bem?
- Tudo - José respondeu sorrindo - Bianca você é linda, mais sua mãe é uma deusa.
Minha mãe sorriu, e eu mostrei a língua para o José, ele abraçou minha mãe novamente e ela voltou a conzinhar.
- Vai almoçar aqui? - Minha mãe perguntou.
- Claro, comida de sogra é a melhor - Eu revirei os olhos.
- Para de puxar saco - Eu bati no ombro do José.
- Está com ciúmes minha  bonbonzinho - Ele brincou e beijou meu pescoço.
- Se você me chamar de bonbonzinho de novo você está morto - O ameacei.
- Filha - Minha mãe me repreendeu - ele quer ser romântico.
- Ele quer me irritar - Discordei.
- Cala a boca Bianca - José brincou e deu um sorriso torto, por mais que eu quisesse não conseguia ficar com raiva dele, era só ele sorrir que eu o perdoava.
- Vem fazer - O provoquei e lancei um olhar de desafio para ele.
- Sogrinha posso? - Minha mãe balançou a cabeça e sorriu.
José me virou para que eu ficasse na sua frente e me beijou, um beijo suave e doce,  mas senti o José se segurando para não esquentar esse beijo,  minha mãe estava do lado e ele tinha que se dar o respeito.
- Idiota - Brinquei.
- Almoço está pronto pombinhos - Minha mãe anunciou.

- Vai querer mais José?  - Minha mãe perguntou.
- Não, obrigado - Jose disse - já comi três pratadas se eu comer mais explodo, e já estamos atrasados.
José levantou da mesa, abraçou minha mãe, eu o segui.
Ele segurou minha mão e saímos juntos,  em frente a minha casa tinha um corola cinza modelo dois mil e dezesseis.
- Esse carro é...
- Sim - José respondeu jogando a chave pro alto e segurando - minha mãe me deu.
- Ela sabe que você so tem dezesseis anos - Perguntei
José sorriu torto e me encarou.
- Claro que sabe - Ele respondeu mais os policiais não.
O carro apitou e ele abriu a porta, entrei no banco do passageiro. Ele arrodeou o carro e entrou no banco do motorista e colocou a chave na ignição e deu partida.
José dirigia bem, ele andava em uma velocidade normal, mas tinha a impressão de que quando ele estava só não era tão devagar assim que ele andava.
Chegamos no colégio e ele arrodeou e abriu a porta para que eu descesse do carro.  Alguns alunos do colegio nos olhavam.
Chegamos na sala de ensaiaos e o pessoal do teatro ja estava lá. Alice já estava começando com a maquiagem, larguei a mão do José e fui ajuda-la.
Quinze minutos depois as maquiagens estavam prontas e os professores chegaram e se sentaram nas cadeiras a nossa frente.
O teatro começou com o personagem do Enzo sonhando em ir para o colégio de ricos e logo depois o José aparecia como o cara mais rico do colégio.
A história desenrolava como se estivessemos apresentando no concurso,  ninguém errava a fala e nem sorria.
A teatro acabou e meu relógio marcou o tempo de vinte minutos de teatro, era o tempo limite do concurso, e tínhamos mais dez minutos para arrumar o cenário.
- Que teatro maravilhoso - Disse o professor Evaldo - eu falei que tinhamos colocado em mãos certas.
- Quem escreveu? - Perguntou a diretora Marta.
- O José escreveu e dirigiu - Respondeu o Wallison.
- Está maravilhoso - Disso o diretor Fabricio - você tem talendo garoto.
- Obrigado - José respondeu enrrubescendo.
- Agora a dança - Disse o Evaldo alegre.
Eu e o José corremos para a sala de organização onde a Brenda e a Alice ja tinham arrumado o pessoal.
José correu para trás de uma cortina enquanto eu fui para outra, vesti minhas roupas da dança e quando sai José já estava pronto.
Saímos e voltamos a sala onde estava os professores,  Alice ligou o som e Crazy in love começou a tocar.
José andou em minha direção me encarando nos olhos, ele me pegou pela cintura e me rodou duas vezes,  tirou minha jaqueta e logo depois eu tirei a dele, o refrão começou a tocar,  José pegou minha perna e colocou em sua cintura, tirei sua camisa e ele ficou somente de regata branca.
Crazy in love acabou e logo em seguida Shape of you começou e todo grupo entrou,  fiquei na frente do José,  ele colocou a mão em minha cintura e me girou, dançavamos em perfeita sintonia tanto separados como juntos.
O toque de dangerous woman começou,  José pegou sua jaqueta que estava no chão e a vestiu, coloquei minha mão no ombro do José e ele foi descendo,  no refrão ele deitou no chão e eu pisei em seu peito e comecei a rebolar, a música acabou e os professores levantaram e aplaudiram. - Foi maravilhoso - Disse o professor de sociologia - no teatro vocês fizeram uma crítica social e na dança outra, essa dança em que o homem fica no poder e na outra a mulher foi sensacional.
- Bianca e José vocês estão de parabéns - Elogiou a Diretora Marta - o teatro e a dança foram incríveis e a equipe de vocês estão maravilhosas.
- Obrigado - Agradeci.

Já tínhamos arrumado tudo,  eu e o José estavamos no seu novo carro, ele me beijava com intensidade, como se estivesse faminto a muito tempo,  alguma batida na porta nos interrompeu, virei e olhei a Brenda na janela.
José abriu o vidro.
- É porque o Enzo, Alice, Marcos e Thais vão lá para minha casa tomar banho de piscina, ai vim chamar vocês - Ela falou um pouco sem graça.
- Fala para eles entrarem aí - José disse.
- Alice, Marcos e Thais vão com o pai da Alice - Ela disse - Vai só eu e o Enzo. - Ok, entrem.
Enzo e a Brenda entraram e o José ligou o carro, Brenda ia explicando o caminho.  Ela morava no setor Anhaguera, um bairro de gente rica de Araguaina.
Descemos do carro e entramos em uma casa de dois andar com um lote enorme, no fundo eu vi uma piscina, Alice, Marcos e Thais já tinham chegado.
Eu e as meninas subimos para o quarto de Brenda e ela pegou os biquínis para nós,  eu fiquei com um preto.
Descemos as escadas e os meninos já estavam na piscina somente José que estava sentado eu uma cadeira de pegar sol, ele me olhou e sorriu e me chamou para sentar com ele.
Ele abriu as pernas e eu sentei encostando minhas costas em seu peito, ele me abraçou e beijou meu pescoço.
Alice e Brenda entraram na piscina e Enzo começou a jogar água na Alice,  os dois viviam brigando,  mas na minha mente eles ainda iriam ficar juntos.
Brenda estava conversando com o Marcos sentados na beirada da piscina.
Era bom ver que os dois estavam felizes e seguindo em frente e o melhor é que eles continuaram amigos.
Virei e encarei o José,  seus olhos azuis me hipinotizando, ele sorriu e me beijou, puxou meu corpo para que ficassemos colados um ao outro, sua língua entrelaçando na minha.
- Ei seus idiotas - Enzo gritou e água nos atingiu.
Gritei e sai,  a água estava gelada, José correu e pulou na piscina espalhando água para todo lado.
- Entra meu amor - Ele gritou quando submergiu.
- Não - falei.
José saiu da piscina e começou a correr atrás de mim, corri e pulei na piscina e senti o José pulando atrás de mim.
Virei e beijei o José,  ele respondeu com todo fervor.

Série Cemitério: Eles Continuam Aqui. Volume 3Onde histórias criam vida. Descubra agora