Meu Pequeno Grande Homem

Capítulo 13

-Murillo talvez eu não possa cumpri minha promessa - Eu disse olhando para ele

-Qual?

-De pode trazer aquela pessoa no carnaval...

-Porque Rafa?

-Porque eu não tenho mais tanto recursos como antes. Eu não posso trazer alguém para dormi em casa sendo que eu nem tenho uma casa.

-Lógico que você tem, você que é muito burro. Aquela casa é mais sua que da sua mãe.

-Murillo não é bem assim também. Mas eu sei que eu não posso trazer para dormi na casa de outro alguém. Você me entende?

-Ta tudo bem Rafael - Ele falou seco, se virando para o lado.

-Murillo? -Eu tive a impressão que ele tava chorando.

-O que foi?-Ele respondeu serio

-Ta chorando?

-Não!-Ele disse se virando para mim.

-Ta sim poxa - Olho dele tava cheio de água, prestes a escorrer a primeira lagrima.

-Murillo, eu juro que se eu pudesse, eu levaria você para morar comigo, mas a casa não é minha. Escuta, eu te prometi e vou da um jeito ta bom. Mas primeiro temos que ver se ele vai poder vir mesmo né.

-Ele disse que ia vir, eu já tinha falado com ele. Estava contando os dias. Rafa, sabe conversei com ele, eu to gostando de ficar aqui, mas porque eu tenho isso aqui com você, você cuida de mim, tem o Arthur, nos brigamos muito, mas brincamos mais ainda, a Tata, o Ricardo, sabe esse ciclo novo ta sendo bom para mim eu to feliz, mas eu sinto falta dele... Pensa você em SP e o Arthur morando aqui. -Só de pensar meu coração trincou.

-De noite, eu só o vejo pela cam, me dói muito eu querer abraçar ele e não poder. Dói ouvir a voz dele e não poder sentir o calor do seu corpo falando no pé do meu ouvido.
-Não fica assim! Esquece o que eu disse ta. Eu prometi e vou trazer ele. Eu juro. O Ricardo ta querendo viajar no carnaval, então eu acho que ele não vai precisar de fato ficar em uma casa... Viaja todo mundo. Mas vocês não vão dormi junto - Eu disse rindo, tentando descontrair ele.

-Não vou nem me dar o trabalho de te responder Rafael Pugliesi - Ele disse segurando o riso.

-Vamos descer para o play?

Descemos, brincamos. O Murillo é do tipo que não sabe perde. Do tipo Arthur de ser.Então sempre que perdia ele queria ir de novo até poder ganhar. Era quase 3horas da tarde quando meu celular tocou.

-Oi amor-Eu disse

-Rafael eu te pedi para que se você não fosse vir almoçar para você me ligar. Eu pedi isso não pedi?-Ele falava furioso.

-Amor...

-Não Rafael, não tem mas não cara. Eu te pedi, você pede as coisas eu faço, eu só te pedi para me ligar. É tão difícil? -Ele gritava.

-Amor, poxa... Desculpa?

-Ta, mas não faça mais isso. Ta tudo bem contigo?

-Ta sim. Eu o Murillo estamos aqui, ele já perdeu muitas vezes e ta apelando aqui.

-Fala para ele que ninguém vence você. Vai demorar ai?

-Uai amor, não sei. Acho que sim, queria assistir um filme ainda.

-Vai assistir filme sem mim?

-Um filminho só amor, comedia ainda.

-Ta bom, quando tiver vindo me liga então.

-Talvez eu já esteja no apartamento.

-Ta bom...

Desliguei, e então eu chamei o Murillo para ir a cinema. Eu nunca de fato gostei de ir ao cinema. Na verdade nunca acompanhado. Gosto de ir só. Eu acho que cinema é algo para ser interpretado, mas nunca conseguimos se tem alguém que nos interessa do lado. Isso acontecia quando eu ia ao cinema com o Arthur. Eu não conseguia assistir ao filme e como não éramos de ficar nos beijando assim na frente de "estranhos" ficávamos só nas trocas de olhares e apertos de mãos. O filme acabou, e já tava tarde até mais do eu esperava. Eu levei o Murillo em casa. Ele chamou o Robert que o ajudou levar as coisas para dentro. Conversei um pouco depois eu fui. Chegando a casa do Arthur eu entrei e estava quase na sala quando eu vi o Ricardo e ele me viu, falou um simples "oi" andando apresado para o corredor. Cheguei até o corredor estava tudo apagado, Fui ao quarto do Bruno e não tinha ninguém lá. Eu me virei e Ricardo estava saindo do quarto dele.

-Cadê o Arthur?-Eu perguntei

-Uai Rafa, não sei. Eu acordei agora praticamente.

-Hum - Eu me virei para a porta do quarto do Arthur e tentei abrir. Ele não ta aqui dentro? -Eu continuei a tentar abrir a porta

-Não sei. -Ricardo

-Amor ta ai?-Silencio foi absoluto - Ah ele falou que era para eu ligar. -Peguei meu celular no bolso saindo pelo corredor ligando para ele. Mas o celular dele tocou de dentro do quarto e eu voltei. Eu bati na porta duas vezes - Arthur eu sei que você ta ai, sai.

-Rafa ele não ta ai não – Ricardo

-TA ELE TA SIM. ARTHUR ABRE ESSA PORTA AGORA. -Eu gritei

-Tudo bem, eu to indo embora. -Eu sai da porta e fui saindo da casa, o Ricardo veio atrás.