Capítulo 32

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O capítulo de hoje é dedicado ao anjo da minha vida, aquele que tem sido o meu porto seguro, minha fortaleza em dias nebulosos e minha alegria em dias felizes.
Tenho um orgulho imenso de poder o chamar de marido (só nós entendemos), melhor amigo, filho, pai, companheiro...
Obrigada amor por estar sempre ao meu lado e ser um dos maiores incentivadores desse livro. Te amo!!!!


Boa tarde meus anjinhos.
Beijinhos e ótima leitura!!



Dormimos a tarde toda, acordei o céu já estava negro pintado com pontos de luz e Arthur não estava na cama. Eu me levantei olhei no banheiro e nada, desci até a sala e nada também. Sai para piscina o carro não estava estacionado mais ao lado, mas eu o via mais embaixo perto da areia da praia, eu desci até chegar perto do carro que tava com o farol ligado e o som também. Eu vi o Arthur deitado de sunga na areia olhando para cima, apontando para o céu, até parecia que ele falava sozinho. Eu me aproximei dele colocando meu rosto sobre o dele.

-Falando sozinho?

-Não... Eu estava desenhando no céu.

-Como assim gente? Tem uma caneta ali dentro se quiser.

-Não, ai perde toda a graça. Quando eu morava na fazenda - Arthur começou a se sentar na areia e me puxou para me sentar, mas eu me deitei sobre ele - não tínhamos essas coisas, então o Ricardo inventava muitas coisas para eu e o Bruno passar o tempo. Uma noite o pai bateu no Bruno, ai o Ricardo tentando fazer o Bruno para de chorar ensinou a gente a desenhar no céu.

-E como é? Me ensina?

-É assim ó - Arthur pegou minha mão apontando o dedo indicador para o céu - Ai você fingi que o seu dedo é o lápis, usa as estrelas e com seu "lápis" você vai ligando os pontos e desenhando o que você quiser.

-Assim?

-É amor, mais ou menos assim.

-Isso é bonito sabia?!

-É! Eu sei que é, e você vai aprender, porque um dia você vai ensinar ao nosso filho, ou filha a fazer desenhos assim.

-Eu vou? - Eu me virei de uma vez para ele - Porque essa vontade de ter filhos?

-Sei lá, eu sonho com isso, minha vontade sempre foi ter uma família, com a pessoa que eu amasse, e se eu já encontrei essa pessoa porque não posso ter meus filhos?
Você não tem vontade de ter?

-Tenho amor, eu já te disse...

-Você nunca se viu com filhos? Com alguém? Nunca imaginou?

-Sim... Mas era uma mulher Arthur, somos dois homens, isso é impossível.

-Não é! Para de ficar colocando dificuldade onde não existe.

-Ta bom. - Eu disse me virando e voltando a olhar para o céu. - Vou fazer um desenho aqui para você então. - Eu passei meu dedo de um lado para o outro e ele olhava atento. - Sabe o que é?

-Um coração?

-Sim! Mas o que tem dentro do coração?

-Isso eu não consegui ver.

-Tem o Arthur. Conhece?

-Não sei, acho que sim. - Ele disse me virando para me dar um beijo - Faz um favor amor?

-Se puder eu faço se não puder eu tento.

-Pega a câmera dentro do carro.

-Você a trouxe?

-É trouxe, mas nem me lembrava achei ela quando vim descer com o carro.

- Hum - Eu fui pegar a câmera e me sentei no colo dele de novo. - Aqui.

-Da aqui, deixa eu tirar uma foto do meu desenho. - Ele tirou uma foto do céu que por sinal estava lindo e estrela do. -Agora uma nossa. - Logo ele tirou umas vinte fotos minha e dele. - Vamos entrar?

-Vamos, mas vamos ficar só mais um pouco. está lindo isso aqui.

-Isso é verdade, mas lá dentro eu tenho você para ficar olhando, você que é mais lindo que qualquer coisa nesse mundo.

-Ta cheio das gracinhas né.

-Não estou de gracinha, estou falando serio. Ah amor, eu vi que vai passar um filme de terror na TV, tipo aqueles clássicos que você gosta.

-Serio? Qual é?

-Rosemary não sei o que, uma ai que tem um bebê.

- O bebê de Rosemary ? - Eu disse rindo -Esse filme é bom eu gosto. Vamos assistir então?
-Vamos uai, eu to chamando você para entrar, mas você quer ficar aqui.

-O mundo não vai acabar em um mês, tão pouco o filme começar em alguns segundos, então se acalme.

-Com você ao meu lado só fico irritado quando está bravo comigo.

-Sempre tenho motivos para ficar bravo com você. Quer saber, vamos entrar mesmo. Você vai deixar o carro aqui ou vai levar de volta lá para cima?

-O que foi?

-Nada, só que você quer entrar. Você sempre faz minhas vontades o que me custa fazer as suas um pouco?

Meu Pequeno Grande HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora