Capítulo 27

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Enquanto brincávamos no banho. Alguém bateu na porta entrando no quarto.

-Quem é? - Arthur gritou

-Sou eu - Ricardo gritava do lado de fora.

- O que foi Ricardo? – Arthur

-Quero falar com vocês... - Ricardo

-Entra ai uai. - Arthur falou

-Você ta doido? Eu to pelado. - Eu disse em uma altura que só ele me ouviu.

A porta do banheiro tava aberta, o Ricardo entrou e eu me escondi atrás do Arthur.

-Pega minha toalha, por favor. - Eu pedi para o Arthur que se esticou e pegou a toalha e eu me enrolei na mesma saindo de trás do Arthur.

-Eu vim pedir desculpas por ontem. Eu falhei com os dois. E o que você disse Rafa, estava mais que certo... Estava não, está certo! – Ricardo

-O que tu disse para ele? - Arthur me perguntou

-Eu? Nada de mais... Enfim, passou. Agora tu podia passar para fora do banheiro que eu to assim querendo terminar meu banho. - Eu dei um sorriso forçado

-Ah sim, ta certo. Era só isso mesmo... Desculpem por ontem, e por hoje, agora né. -Ricardo saiu e eu já colocava a toalha de volta quando ele voltou – Ah! O almoço ta pronto

-QUE SUSTO - Eu gritei, Ricardo e o Arthur gargalharam. - Ricardo na boa, nada contra, mas é eu não me sinto muito confortável com você aqui no banheiro, eu pelado e o Arthur também. Me entende?

-Lógico, está certo. - Ricardo saindo

-Porque falou com ele assim? - Arthur

-Assim como Arthur?

-Assim frio, seco.

-Uai falei a verdade, eu não me sinto bem, estamos em um momento intimo.

-Mas você não falava sobre isso.
-Ah, não quero brigar agora não viu, melhor corta esse assunto.

-Tudo bem, mas não quero você assim com o Ricardo e muito menos ao contrário.

Terminamos o banho. Acho que aquela historia de boas horas de amor curam qualquer dor de cabeça seja verdade. Thais tava lá e o Gustavo também. Eu dei um sorriso de canto pela situação. Parecia encontro de casais.

-Cadê a Patrícia? - Eu perguntei

-Ela tava... Sabe... – Thais

-Menstruada? – Murillo

-NÃO!... Quer dizer. – Thais

-Tata eu sei os dias que ela menstrua. - Murillo disse e todos da mesa o encaravam indignados. - O que? Ela sempre me obrigava ir a farmácia comprar... Com o tempo eu decorei os dias.

-Isso é estranho! - Eu disse

-Você não... - Thais me olhando.

-Deus que me livre, tenho muitas outras coisas para me preocupar. - Eu disse fazendo todos rirem.

Gustavo parecia ser outra pessoa, o cara ficou calado, quando falava era só com o Murillo, parecia sempre estar com vergonha. O almoço foi tranquilo. Eu não estava com raiva do Ricardo, só chateado. Ricardo começou a tirar o almoço da mesa e o Murillo a tirar os pratos.

-Se preparem porque o Ricardo fez uma sobremesa, que nossa. - Murillo

-O que você fez amor? – Thais

-Surpresa... Eu ia fazer mousse de morango, mas achei que tinha compro morangos, mas acho que não comprei. - Ricardo falou, me fazendo lembrar a noite anterior. -Porém isso só me ajudou para fazer algo que uma pessoa gosta muito. Torta de bombom.

-Essa pessoa não sou eu, então quem é? – Thais

-Essa é fácil, é o Rafa. - Murillo disse

-Tu anda querendo agradar demais meu namorado não acha não? - Arthur disse brincando.

-Ele merece! - Ricardo disse me olhando

-Obrigado Ricardo. - Eu disse

-Nada. - Ele colocou a torta encima da mesa e veio até mim - Vem aqui. - Ele me puxou, e me abraçou. - Seu porrinha não fique assim comigo vai.

-Não estou assim contigo. Estou normal uai.

-Você sabe do que eu estou falando Rafa.

-Ta bom, passou então. Mas presta mais atenção nas coisas que você faz.

-Eu já pedi desculpa.

-E eu já me desculpei.

-Então pronto né, da para soltar meu namorado, que eu não estou gostando desse esfrega-esfrega desse abraço não.-Arthur disse, um pouco serio demais para quem estava brincando.

-Então vamos ver, eu vou ter que avaliar essa torta, se tiver boa merece minhas desculpas, mas se não... Vai ter que fazer torta até o dia em que eu morrer. - Eu disse

-Não fala isso! – Arthur

-O que? – Perguntei confuso

-Que você vai morrer. – Arthur falava com uma expressão de desespero.

-É uma brincadeira.

-Nem de brincadeira. Eu não poderia suportar se isso acontecesse um dia – Arthur

-Desculpa meu amor, prometo não brincar mais com isso. – Quando acabei de falar, me aproximei para lhe dar um selinho demorado.

Meu Pequeno Grande HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora