Capítulo 21

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Foi um passeio divertido, Gustavo tem se tornado uma boa companhia. Voltamos todos para casa e conversávamos no sofá quando Thais chegou com Ricardo toda risonha e me entregou alguns envelopes. Um deles estava destinado a mim e ao Arthur, o outro ao Doug, tinha mais dois para Yasmim e o Thiego, eu terminei de ler os que estavam comigo quando ela me entregou outro para o Felipe. Eu suspeitava que eram os convites da festa de aniversário, já esperava algo louco por ser a festa da Thais, mas dessa vez ela se superou.

-É festa semáforo - Thais

-Tu não tinha mais nada para inventar não? – Eu

-Larga de ser chato. Vai ser bom - Thais

A festa semáforo consiste em pessoas comprometidas devem usar vermelho, as pessoas enroladas usar amarelo, enquanto todos os solteiros usam verde. A logística é legal, mas qual a graça de todos na festa estarem usando somente três cores?

-Não vai ser só a roupa, vai ter pulseirinhas na entrada. Mas olha, antes da festa vai ter o jantar...

-Eu não vou! – Eu disse logo

-Rafael você vai. Porque se você não for, você não precisa ir à minha festa, você não precisa me dar os parabéns, você não precisa falar comigo, tu pode esquecer quem eu sou. - Ela falou e deu um sorriso falso. - Vale lembrar que todos residentes dessa casa irão ao jantar. Não é amor? - Ela gritou

-É sim - Ricardo respondeu lá da cozinha

Thais ficou e jantou conosco. Murillo ia dormi no quarto dele depois desses dias dormindo no meu quarto, mas eu fiquei no quarto com ele até ele dormi. Quando voltei para o meu quarto Arthur estava saindo do banheiro com a toalha enrolada a cintura, ele procurava um canal na TV, enquanto eu me deitava na cama, ele se deitou em seguida e como de costume, pelado. Ficamos calados muito tempo, ele só estava abraçado, mas nem carinho ele fazia.

-O que você está pensando? - Ele perguntou

-Nesse jantar. Não quero ir.

-Nem eu, mas Tata é minha amiga e sua irmã, temos que ir!

-Eu sei, mas... Poxa não queria.

-Eu vou estar lá do seu lado lembra? Nada de ruim vai acontecer, não vou deixar.

-Eu sei mor - Eu me virei e dei um beijo na altura do peito dele - E você, no que esta pensando?

-Eu to pensando aqui, tenho que comprar uma roupa amarela...

-Aã? Para que uma roupa amarela Thurzo?

-Para ir a festa da Thais uai.

-Ah sim. Ainda bem que eu tenho uma camisa verde novinha. - Eu disse me levantando quando ele me puxou de volta.

-Cheio de gracinha né... Você vai de vermelho, vermelho sangue. Que é para todo mundo ver que você tem dono. - Arthur

-Hum. Pois então você vai de vermelho capeta.

-Capeta? Não conheço essa cor. – Ele disse curioso

-É mais fica tranquilo, porque muitos irão conhecer, pois quem mexer com você vai conhecer o vermelho do capeta.

Rimos, assistimos TV e depois dormimos. Minha vida devagar entrava nos eixos. O Murillo sempre estava com alguém, quando não tinha ninguém em casa ele ia ficar no mercadão com pai dele. Na faculdade, minha rotina voltou, a Yasmim tinha copiado a matéria para mim. E o assunto era o aniversario da Thais, a festa ia ser assunto antes e depois da sua execução. Porém ainda faltava o jantar.

...


Ricardo já estava pronto na sala, nem sentar queria para não amassar o terno, no quarto eu terminava de me arrumar e o Arthur veio até mim.

-Te olhando assim, todo arrumado, até parece que vamos nos casar. – Arthur

-É, e um dia vamos nos casar?

-Lógico que vamos. Porque não? – Arthur me questionou.

-Posso entrar? - Murillo disse batendo a porta e a abrindo.

-Entra ai uai. – Arthur

-Arruma essa merda aqui... Odeio gravatas. Não posso ir mesmo de jeans? – Murillo

-Não... Primeiro sua irmã Thais ia enfartar, segundo sua irmã Patricia ia te renegar, terceiro ninguém quer isso né. - Eu disse

E assim depois de arrumar as gravatas do Murillo e do Arthur saímos do quarto. Ricardo estava agoniado na sala, quando nos viu pegou a câmera, ligou o temporizador e correu para aparecer na foto. Fomos para o jantar. E como todos imaginavam foi todo pomposo. Eu cheguei cumprimentei a todos que já estavam ali. Lili estava de uma elegância incrível. Logo a Luciane desceu, falou com o Murillo, contrariando o que o Ricardo pensava, ela foi cordialmente educada com ele. No entanto confirmando o que eu tinha em mente eu e o Arthur fomos ignorados. Enquanto estávamos na social, tomando champanhe esperando a Thais e a Patricia descer, ela não conseguia disfarça os olhares recriminatórios dela, principalmente quando o Arthur me dava olhava. Mesmo eu e o Arthur combinando de evitar os contatos físicos mais íntimos, era impossível não notar o amor que nos rondava. As meninas desceram, e foram elogios só, as duas estavam lindas, mas a Thais estava deslumbrante. O Ricardo a buscou no fim da escada, e assim todos fomos jantar. As cadeiras estavam todas marcadas. Eu achei meu nome com facilidade, seria o mais distante da Luciane, mas o Arthur não viu o dele ao meu lado, mas sim pulando duas pessoas depois de mim. Não falamos nada, nos sentamos e esperamos como todos. Quando a Thais se deu conta que eu e o Arthur estávamos separados, ela não deixou por isso mesmo.

Meu Pequeno Grande HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora