WILLIAM

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William, não foi nada demais
(era sua vida) – William, it was really nothing.

“Essa merda não anda”, Niall disse.

Ele veio depois do Natal.

Trazendo seus braços magros em volta de Louis e o cabelo quase branco. E os risos que preenchiam os lugares. E sua inquietude rondando e deixando tudo mais divertido.

E a necessidade de algo quente.

Eles estavam esperando na fila do caixa. Todos eles.

“Está muito frio”, Liam respondeu.

“E o que tem a ver?”, Zayn se virou.

“Todo mundo quer um café.”

“Eu não quero café”, Niall disse.

Liam revirou os olhos e Zayn se virou para Niall, iniciando uma conversa sobre algo nada a ver (eles estavam disputando quem conseguia deixar a matraca aberta por mais tempo).

E então Liam se virou para Louis.

“Não sei como você aguenta.”

Louis sorriu. Ele conseguia sentir um pouco da felicidade assim, observando quem salvava sua vida um pouco todos os dias.

“Ouvi isso”, Zayn virou o rosto, e Niall o empurrou pelo ombro.

Zayn soltou um riso.

“Vocês se conhecem tem trinta minutos. O que é isso?”

“Empatia”, Niall respondeu.

“Que traíra, eu te conheço a mais tempo.”

Zayn se virou novamente. Um vira-vira do cacete.

“A gente já se conhecia antes.”

“Balby Carr não pode ser tão grande assim mesmo”, Louis disse.

“E nem é”, Niall deu de ombros. “Minha melhor nota de química foi por mérito desse aqui e do...”

“Balby Carr Community Academy é a melhor escola do nosso subúrbiozinho”, Zayn zombou, fazendo uma careta. Liam fez outra.

Então Zayn se virou para a fila e Niall o acompanhou. Zayn disse alguma coisa para ele, e depois de alguns cochichos, eles começaram a rir, como duas crianças.

“Não sei aonde você arruma essa gente que chama de amigo”, Liam disse.

Louis pensou por um momento. Não foi ele quem arrumou. Nem chegou perto de conquistar todos sozinho.

“Não sei como arrumei você também”, ele sorriu.

E Liam deu um risinho – do tipo que só ele consegue.

Liam era como casa, na maior parte do tempo. Se Louis ouvisse a voz dele com os olhos fechados, poderia voltar a Balby Carr, pelos corredores lotados e aulas chatas. Poderia voltar para o tempo em que tudo ocorria bem (mentira, mentira e mentira – naquele tempo, às vezes, nada ocorria bem).

“Chá”, Niall virou para a menina no caixa.

Então todos eles compraram copos enormes e com protetores para os dedos, porque tudo estava com extra quente.

O Natal havia passado – os poucos parentes que vieram já tinham ido, menos a avó. As ruas continuavam enfeitadas e cheias de luzes, contrastando com o branco do chão e o cinza do céu. Às vezes Louis se sentia tonto.

Como se as coisas estivessem se chocando contra ele e ele nem percebesse.

“Então”, Niall começou, “e a virada do ano?”

REFLECT | l.s » twin!louisOnde histórias criam vida. Descubra agora