Finja que eu sou o único e você pode me mostrar em volta - So Far (It's Alright)
Duas semanas depois, Louis estava olhando paras as ripas do teto, com a boca meio aberta para poder respirar. A mãos estavam espalmadas sobre os ombros de Harry, enquanto sentia o peso sobre o corpo, junto com os músculos repuxando. A pele estava suada, vermelha e quente contra a dele.
E Harry... ainda ali, dentro, a respiração pesada, cabelos suados. Ainda muito perto de todas as coisas que Louis pudesse pensar. E meu Deus, era nesses momentos em que Harry se tornava tudo – os pensamentos – e Louis não era mais ninguém.
Porque não havia mais nada para pensar e discutir. Era isso. É isso, Louis. É assim que acontece.
Ele tinha certeza que deveria estar fazendo outra coisa. Deveria estar preenchendo todos os formulários para bolsa e fazendo o relatório sobre Pickwick, deveria estar concentrado em alguma outra coisa educacional.
Mas quando Harry esfregou o rosto contra sua clavícula, ele esqueceu de tudo novamente. E depois, quando ele levou a boca até a sua, deixando que a língua deslizasse para dentro e massageasse a sua, Louis apertou os ombros de Harry novamente, soltando um murmúrio alto.
Ele só estava dissipando a energia, dissipando a tensão. Nas ultimas duas semanas, ele nunca sentiu tanta tensão. E tudo que fazia, desde Harry a faculdade, estava o deixando cada vez mais nervoso, porque não conseguia conciliar.
Tinha Harry no pé do ouvido, dizendo tudo o que queria ouvir. Mas também todo o resto, tudo o que fazia perder a cabeça. Toda a desconfiança.
William ainda estava como namorado oficial de Harry, mesmo com tipo, nada de namorados ali. Louis achava que a única vez que eles se viam no dia era quando Harry buscava William na hora de ir para a escola, porque no geral, Harry gastava o tempo com Louis.
"É devagar", Harry sussurrou um dias desses, com a boca perto demais da de Louis. "Estou quase acabando."
E Louis queria mesmo que fosse devagar, porque não iria aguentar se fosse tudo de uma vez. Mas talvez, assim, no fundo, ele quisesse ter Harry inteiro. Sem nenhuma ligação com William. E que não ficassem o dia inteiro no quarto de Louis.
Só que agora, enquanto sentia Harry dentro, tudo o que queria era ficar ali. Sentir o corpo relaxar calmamente, a respiração voltar ao normal. O que não acontecia, porque Harry não parava de beija-lo, de tocar da cintura até os quadris com a ponta dos dedos.
E quando ele segurou o rosto de Louis e deslizou para dentro novamente, tudo o que conseguiu fazer foi gemer e arquear as costas, contorcendo o corpo enquanto Harry fazia o movimento mais uma vez. De novo.
"Você não... foi até o final?", Louis perguntou, num ranger de dentes.
Harry balançou a cabeça repetidas vezes, confirmando, com o cabelo caindo molhado pelo rosto. Ele estava com a boca vermelha e aberta, olhos pressionados e mãos segurando Louis firmemente.
"Eu... quero ir de novo", a voz dele estava dura, saindo do fundo da garganta. "Você quer ir de novo?"
Meu Deus do céu.
Louis jogou a cabeça para trás, afundando no travesseiro. Ele fechou os olhos, controlando a respiração.
"Sim, sim, sim", ele disse, a boca aberta. "Por favor."
E então Harry beijou suas costelas, lambendo a pele e chupando, roçando os dentes. Depois, esticou as mãos a cima da cabeça de Louis, e voltou com a embalagem de lubrificante na mão quase tremula. Ele estava ofegante e vermelho, a testa franzida; todo vermelho.
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REFLECT | l.s » twin!louis
Hayran KurguLouis e William são gêmeos idênticos, e William namora Harry. Em uma noite que William coloca Louis em seu lugar, Harry aparece e as coisas fogem do controle. E depois dessa noite, Louis se vê preso em um jogo de Harry, mas ele nem imagina o porquê...