Quando passei por aquela porta, foi inevitável não me apaixonar por ela de novo, e isso já acontecia todas as manhãs em que eu acordava do lado dela. Mas hoje fora especial, ela estava deslumbrante, com o seu cabelo preso, sua blusa com uma jaqueta sem manga por cima, se short que não cobria e nem mostrava suas pernas — era uma beleza sem vulgaridade — Seu batom de tom vermelho. Era reconfortante saber que tanta beleza pertencia a mim, não como um domínio, mas por fazer ela se apaixonar por mim todos os dias. Creio que não se apaixonar por sua beleza sem vulgaridade seja impossível. E aquele sorriso que ela tem que irradia o dia e o torna o mais belo dos dias, acostumei a ter esses dias só pra mim, envolvido nos gracejos desta moça que faz com que eu me apaixone mais e mais. Talvez perdidamente, ou perdido eu já esteja, amar está mulher é amar e contemplar o amor da melhor maneira possível. E á quem julgue isto, mas eu nem ligo, o importante é que eu a amo e nada mais importa pra mim.
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Sobre: Desinteresse e outros Malés
Historical FictionLivro de Crônicas. Escreverei uma crônica por dia sobre as tragédias da vida, sobre os males que alguns não sabe, entre outras coisas que entre a vida e a morte, desconheço.