— Sabe, as vezes eu tenho medo.
— De que?
— De mim. De me achar forte o suficiente para nunca desistir de você e um dia descobrir que não é bem isso o que eu sinto.
— E você acha que isso pode acontecer um dia?
— Eu não sei amor, tenho medo. - ela abaixou a cabeça e deixou levemente uma lágrima escorrer. - Mas saiba que jamais irei te abandonar.
— Você promete?
— Prometo.
As vezes o medo torna-se estranho, você passa a ter medo de si mesmo, medo do que você pensa e do que pode ser real, passa a perceber que você um dia pode se cansar de coisas que ama. Porém eu não quero me cansar do que eu gosto, não quero ser uma metamorfose de relações. Quero poder estar em uma relação com a mulher que amo para sempre, fazer disso a melhor coisa do mundo e por mais que exista problemas, quero fazer os problemas se tornarem quase nada. Quero poder estar velhinho e amando cada vez mais a minha esposa, fazendo dela a minha vida e sendo a vida dela. E passar essa historia de amor através das gerações de minha família, mostrar superação e convivência para aqueles que não acreditavam em mim ou nela, se minha força de vontade de amá-la for maior do que a energia ruim que me cerca, o medo vai torna-se um nada em breve.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sobre: Desinteresse e outros Malés
Ficción históricaLivro de Crônicas. Escreverei uma crônica por dia sobre as tragédias da vida, sobre os males que alguns não sabe, entre outras coisas que entre a vida e a morte, desconheço.