O que se faz naquele rio?

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Eu costumo ser um pesadelo, uma sombra esquecida, encoberta por sombras maiores, costumo ser um fracasso, um susto passageiro, costumo ser indescritível, adentrando os campos, os corpos e o particular a minha volta. Costumo ser uma praga, um equívoco, um crápula sem vida. Eu costumo ser assim, aqui e ali em cada barzinho, eu costumo transformar um vício em uma vida, e a minha vida em uma tremenda história mal vívida. Pretendo me inspirar a respirar, a me acalmar, a percebe os erros e se possível errar menos, pretendo me afastar, mudar e diferenciar o que sou do que serei, de todos os costumes, me acostumei ainda mais com seus costumes, eu diria que sou o que sou por quase ter me afogado te salvando naquele rio. O que fazia lá aliás? Eu não costumava ter costumes até te ver tendo o costume de se matar.

Sobre: Desinteresse e outros MalésOnde histórias criam vida. Descubra agora