Capítulo 01

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Sou Lucas, sou do interior do meu estado, e mais um ano começou!

Com uma grande mudança em minha vida, fui aprovado na Universidade e tive que sair da minha pacata cidade em busca do meu sonho na cidade grande, fui aprovado em engenharia, ganhei um pequeno apartamento do meu pai e fui começar a tocar a minha vida. Tudo novo, cidade nova, ao descer do carro do meu pai, olhei para o céu e já abri o sorrisão, afinal qual jovem não sonha em morar só? Fui ao meu apartamento, pequeno mais bem aconchegante ficava no 2° andar, já estava tudo pronto, pois meus famíliares se propuseram em comprar tudo, móveis, eletrodoméstico etc.
Entrei e fui logo ver meu quarto.

Pai - Gostou cara?

Eu - Muito pai, nossa não vejo à hora de fazer festas aqui.

Pai - Olha lá hein, não vou manter ninguém, lembre-se do nosso acordo, apenas três meses (Meu pai deu esse período para eu arrumar um emprego, ele disse que tinha que amadurecer e saber quanto custa às coisas sabe como é conversa de pai).

E o final da tarde foi apenas isso, arrumar as roupas, meu pai foi embora e fiquei em casa sozinho, liguei a TV, de repente ouvi uns sons do lado de fora, era o uns garotos conversando alto e bebendo, fiquei lá olhando por um bom tempo, até que ELE chegou, assim que eu o vi, me chamou muita atenção, seu jeito, aparentava ser um pouco mais velho que eu, (tinha 21 anos), branco, um pouco malhado, com uma tatuagem no braço esquerdo, pena que eu não identificava o que era, cabelos pretos estilo espetadinho, bermuda branca e camisa preta regata, na hora que ele chegou roubou a minha atenção e fiquei o observando, pairou uma nuvem cheia de perguntas: Será que ele mora aqui?
Qual será o seu nome?
Será que é solteiro?

Sabe como é aquele misto de sensações?. Muito bom, de uma hora pra outra ele sai da turma e um garoto grita: "GUILHERME trás mais cerveja", na hora meu coração começou a acelerar não sabia o que fazer, o por que estava acontecendo aquilo, puts nem conheço o cara e já estou assim? Pois é, sou muito bobo mesmo, fiquei a espera na janela e era ele mesmo, aquele menino que ofuscou a minha visão, ele chegou com as cervejas e a tarde toda, a galerinha ficou lá bebendo, e eu só ouvindo as gargalhadas.

O meu domingo inteiro foi o mais tranquilo possível, ouvindo os gritos dos meu vizinhos lá em baixo, e eu vendo tv, até que minha mãe liga toda preocupada explicando um montão de coisa sobre alimentação, o que tinha na geladeira pra colocar no micro.
O domingo acabou. Eu só pensando no amanhã, meu primeiro dia de aula, eu estava ansioso.

Segunda começou, me arrumei bem, afinal, meu primeiro dia de aula, coloquei uma calça tom claro, uma camisa que fica bem apertadinha e meu tênis, dei um trato no visual antes de sair, me perfumei todo, olhei no relógio 6h55 tinha que estar lá, às 7h30 na faculdade, abro a porta do AP, desço as escadas, quando chego ouço o motor de um carro e olho na direção pra não correr o risco de ser atropelado, quando vejo, pronto, meu coração disparou, era ele, o Guilherme, ele tava lindo no carro, camisa branca, óculos escuro e gel no cabelo, fiquei nervoso e virei o olhar, ele segue e vou pra a Faculdade, meu dia lá foi tranquilo, até normal, nem trote teve, pelo menos não  comigo, tudo muito bom, varias pessoas conheci algumas, voltei pra casa. Meu dia foi isso casa pra faculdade, e vice versa, e todos os dias a mesma cena, sempre via o Guilherme, parecia que ele me esperava descer, só pra mim deixar louco. Na quinta à noite resolvi ir no shopping ver um filme, com minha prima, quando voltei, estava aquela galera na frente do prédio, o Guilherme também, quando notei ele lá, me deixou nervoso, fui em direção as escadas, percebi que todos pararam de conversar e me viram passar, não olhei pra ninguém e muito menos falei, sou um pouco tímido.

Na sexta a semana acabando, acordei um pouco cedo, e fui à padaria, na volta o encontrei, nossa ele tava sem camisa, de bermuda e chinelo, estava lavando o carro, aquele clima quente para o horário das 8h, ninguém por perto, só o som do meu caminhar, foi aê que ele começou a olhar pra mim, e como se fosse uma força maior do que eu, comecei a olhar pra ele, quando cheguei perto, ele me deu BOM DIA retribui com BOM DIA e um sorriso, estava estampada na minha cara a felicidade, corri pra o AP, e comecei a pular de alegria LITERALMENTE (risos), corri pra cozinha, onde dava pra ver a garagem, ele ainda estava lá, vejo ele saindo em direção ao nosso prédio. Tomo um café ótimo, sem pressa e lembrando o bom dia e os olhares dele. Lavo a louça e sigo pra facul, no caminho, sinto uma presença, era ele, vindo com carro e diminuindo a velocidade, comecei a me concentrar pra não passar vergonha, caso ele parasse, pois eu fico estático quando estou nervoso, no fim ele parou perto de mim e disse:

O Terceiro AndarOnde histórias criam vida. Descubra agora