Capítulo 2

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- NÃAAAAO, POR FAVOR, NÃAAAAO!!!! - grito me debatendo assustado e todo suado, abro os olhos, sento olhando para todos os lados e percebo que estou no meu quarto, cai de costas na cama, pela primeira vez na vida tive um pesadelo. Nele os mesmos homens que estavam seguindo eu e Theo na sexta, tentam me matar.

Ouço passos subindo a escada correndo, vem as batidas na porta e logo ela se abre e Theo entra só de cueca ofegante e assustado olhando ao redor e depois para o seu olhar em mim.

- Foi apenas um pesadelo, estou bem! Não se preocupe, pode voltar a dormir.

- Cara, você me assustou, pensei que alguém tinha invadido seu quarto brother!

- Fica tranquilo nada aconteceu!

- Beleza, vou deitar, amanhã conversamos.

- Obrigado.

Theo fecha a porta e volta para o sofá. Levanto e vou no banheiro, necessito um banho gelado para espantar essa sensação que veio com o pesadelo. Depois do banho não consigo mais dormir e ainda são 4 horas da manhã, fico deitado virando de um lado para o outro e nada de voltar a dormir.

Lembro de tudo o que aconteceu, como minha vida mudou em apenas uma semana e já não choro mais, só sinto uma dor insuportável em meu peito. O pesadelo ainda está fresco em minha mente, será que foi um aviso? O que aqueles homens queriam comigo e Theo?

As 7 horas levando e escovo os dentes, coloco uma bermuda e desço para a cozinha, Theo ainda está roncando no meu sofá. Passo um café fresco e faço um sanduíche, logo o Theo entra coçando os olhos e colocando café em uma xícara.

- Agora vai me contar o seu pesadelo? - pergunta bocejando.

- Nada demais, apenas aqueles caras que seguiram a gente no dia que fomos no escritório do Dr. Almeida.

- Mas eles estão mortos! Como você sabe que eram eles se você nem os viu? – pergunta incrédulo.

- Sei lá cara, apenas sei que eram eles ou da turma deles, não sei, apenas sei que tinha relação com eles. - levanto da mesa e vou lavar a louça suja na pia - acho que esse pesadelo foi um aviso.

- Como assim?

- Sei lá Theodore, não sei explicar nada, apenas sinto. - já estava ficando bravo com tantas perguntas.

- Ta cara, desculpa, não pergunto mais, só quero ajudar.

- Eu sei. - termino de lavar a louça e saindo da cozinha completo - já tomei uma decisão!

- Já estou pronto! - ele fala alegre como se soubesse qual foi a decisão.

Arrumo uma mala de roupas e pego meus produtos de higiene, algumas fotos e recordações da minha família, tomei um banho rápido, escovei os dentes e passei o desodorante, coloco uma calça jeans escura, uma camiseta polo roxa e um tênis, pego o meu perfume que mamãe me deu de natal e passo, coloco o que falta na mala e saio do quarto olhando tudo e guardando apenas as lembranças boas em minha mente.

Quando chego na sala, Theodere já está pronto sentado no sofá com uma mala do lado. Ele não fala nada, apenas levanta, pega a mala e sai da casa, olho tudo ao redor, vou até a cozinha, fico parado na porta olhando para o ambiente que serviu de plano de fundo dos vários momentos que passei com minha família, essas lembranças levarei comigo, aqui nos encontrávamos todas as manhãs para o café e ríamos das palhaçadas dos gêmeos e compartilhamos nossas alegrias e tristezas.

Deixo a casa trancando a porta e encontro Dna Maria, ela foi minha babá e era a babá dos gêmeos, cuidava da nossa casa junto com mamãe. Entrego a chave para ela e a abraço forte, uma explosão de sentimento acontece em meu peito e uma lágrima solitária cai de meus olhos, limpo rapidamente. Saio dos seus braços e beijo seu rosto, ela segura o meu rosto e beija minha testa.

Máfia: O Herdeiro SartoriOnde histórias criam vida. Descubra agora