Capítulo 3 | Damien

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Porra de mulher.

Não tem outra explicação. Aquela mulher jogou alguma praga em mim, só pode. Não é possível que depois de anos sem nunca falhar com ninguém, justo agora, meu pau decide me deixar na mão.

Eu estava no quarto com uma loira espetacular, do tipo que qualquer um daria tudo para passar uma noite, e o que acontece? Nada. Zero reação. Mas é só fechar os olhos e lembrar daquela noite com a Natasha... pronto, tudo volta ao normal.

Não, não foi só bom com ela. Foi absurdo. Uma loucura. Aquela mulher me levou para o paraíso enquanto eu levei ela direto para o inferno. A maneira como ela me olhava com aqueles olhos cheios de provocação, o jeito que aquela boca deliciosa envolvia meu pau, e os gemidos... puro prazer. Só de lembrar disso, eu já estou duro de novo.

Ah, agora sim, né?

Não tem jeito, é uma praga. Estava tudo normal até ela aparecer. Natasha, Natalia, Natalie... é, Natasha. É esse o nome. Foi só pensar nela que tudo voltou a funcionar perfeitamente. Mas antes? Nada. Cacete, é como se meu corpo todo tivesse sido enfeitiçado por essa mulher.

Desisto. Fico andando pelo quarto, tentando entender que droga aconteceu. Porque uma coisa é fato: aquela loira foi embora e eu estou aqui, meio irritado, meio obcecado, querendo de novo aquela energia que só a Natasha tem.

(...)

Entro no escritório e sou recebido pelo sorriso eficiente de Melissa, minha secretária. Ela sempre tem aquele ar de quem sabe tudo o que vai acontecer no meu dia antes mesmo de eu pôr os pés aqui.

— Bom dia, senhor Rodgers.

— Bom dia, senhorita Wonderston — respondo, dando um leve aceno.

Ela revisa minha agenda, que é uma obra-prima de organização, e finaliza:

— Ah, e sua nova assistente pessoal, senhorita Willdarth, chega às oito.

Sinto um breve arrepio de curiosidade ao ouvir o nome. Senhorita Willdarth... Será que ela é mesmo a herdeira que vendera a empresa dos pais por milhões? Só de pensar na ironia de ter uma bilionária como assistente pessoal, já sinto vontade de rir.

Mal me sento à minha mesa, e Paul, meu investigador, já está de pé ao meu lado, como se tivesse emergido das sombras.

— Achei três Natashas de olhos azuis que estavam na boate Sexy Hot entre dez e onze horas.

Sim, eu botei um investigador atrás dela. Não vou sossegar enquanto não encontrar a mulher que me fez perder o controle daquele jeito. E quem não perderia, com aquele rosto e aquele olhar desafiador?

— Vai, diz o que encontrou.

Ele me entrega três pastas amareladas. Abro a primeira e vejo uma foto de uma mulher loira de olhos azuis, bem mais velha.

— Sério, Paul? Ela tem uns quarenta anos.

— Ei, com seu histórico, nunca se sabe — ele responde com um sorriso de canto.

Reviro os olhos e abro a segunda pasta. Dessa vez, uma garota jovem demais, com carinha de dezoito anos. Balanço a cabeça.

— Também não é essa.

Quando abro a terceira, meu coração dá um salto. Lá está ela: cabelo castanho claro, olhos azuis profundos, e aquele sorriso de quem já sabe que tem o controle da situação.

— É ela — digo, segurando a foto e tentando manter o rosto impassível.

— Natasha Willdarth — Paul pronuncia o nome como se estivesse anunciando um prêmio.

Natasha: Quente como o fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora