Dix-sept

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Louis e Harry estavam deitados em suas respectivas camas, um ao lado do outro apenas com a largura da porta e das escrivaninhas os separando. Eles não estavam dormindo, Louis tinha sua mente sendo atacada por um turbilhão de pensamentos e Harry havia acabado de arrumar seus cobertores depois de beber uma caneca cheia de chocolate quente avisando Louis que quando estava no hospital ninguém o trazia o achocolatado quentinho que pedia.

O quarto estava escuro e a cortina escondia a vista dos floquinhos de neve caindo do lado de fora. Tudo estava silencioso e aquilo parecia confortável, menos para Louis, que não conseguia se livras das lembranças dos lábios, do garoto ao lado, tocando os seus de forma tímida e instigante.

- Harry? – Louis chamou e o mais novo que soltou um muxoxo sôfrego em resposta. – A clínica vai fazer um show de talentos dentro de alguns dias... você poderia participar...

- uhum. – Respondeu sem animo.

- Uhum tipo "claro, eu irei participar" ou uhum "vou pensar"? - Louis já estava animado com a ideia de Harry mostrar sua voz a todos daqui e provar a ele próprio o quão bom ele era.

- Uhum do tipo "vai dormir Louis". – Um "ain" vindo de Louis foi deixado por último na conversa.

"Esperanças indo para o ralo. Como sempre Tomlinson" – O subconsciente de Louis a ele e o mesmo e revirou os olhos para o escuro. "Que seja."

A0!zL--

Louis não queria admitir, mas a verdade era que ele estava fugindo de Harry desde que havia acordado. 

O café da manhã do cacheado foi entregue por uma das cozinheiras e aquilo foi extremamente estranho para Harry já que ele não viu Louis desde que acordará. 

Quando o almoço estava sendo servido Louis deixou sua idiotice de lado e subiu ao quarto de Harry levando para o mesmo uma bandeja com salada e prato principal que estavam acompanhados de um pudim ao lado junto com chá matte verde. Louis se considerou o melhor enfermeiro pela escolha saudável, mas na verdade ele só queria que Harry se impressionasse ou comesse um pouco mais do que o habitual. 

Abriu a porta do quarto meio desajeitado tentando equilibrar a bandeja cheia em uma mão. Ele tinha passado a temer o ato depois do acontecido, mas quando viu Harry sentado de perninhas de índio em frente a sua mala com uma cara emburrada e fofa, seu desespero passou. 

Deixou a bandeja em cima da unica mesa de canto do quarto e percebeu que a bandeja do café da manhã estava vazia e apenas uns restos estavam por ali.

- Primeiramente, você nem olha pra porta quando eu entro, isso não é estranho? - Louis indagou e Harry o olhou.

- Você é o único que entra aqui, Louis. - Respondeu irônico.

- Verdade, mas ainda é estranho..

- Prossiga. - Harry ficou curvado tentado procurar algo na mala e aquilo incomodou Louis já que a visão da bunda do mais novo estava estampada ali. 

- A-Ahn, parece que você gostou do café da manhã. - Louis se virou e foi até a janela abrindo as cortinas assim então dando a visão do grande jardim e o começo da floresta coberto da cor branca. 

- Ultimamente eu tenho sentido muito fome, - Harry falou parecendo chateado, mas Louis sorriu minimamente. - Isso é péssimo, não posso engordar. 

- Você deve engordar Harry, desde que entrou aqui você perdeu cinco quilos, - Louis começou seu discurso que para Harry parecia o de uma mãe. - Me sinto culpado já que sou seu enfermeiro e tenho que cuidar de ti. 

- Louis, eu estou comendo. Feliz? - Harry revirou os olhos, ele não queria ser grosso só não queria ouvir um sermão principalmente agora que não achava o que queria. 

Borderline - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora