Apaixonada por Luke Houston?

1- Nova cidade

Estou olhando através da janela do carro, olhando para uma nova vida, pelo menos é isso que eu espero que seja. Minha mãe quer que eu me acostume aqui.
- Melly você está muito calada. - minha mãe fala.
Me viro para frente, olho para a minha mãe que me encara e depois para o marido dela que finge não me olhar através do retrovisor. Penso no que falar, antigamente eu não tinha que repensar mil vezes o que poder falar, mas agora depois de tudo que aconteceu eu penso muito.
- Só estava pensando. - falo, olhando para as minhas mãos.
Estou com medo, medo de que a minha mãe também me expulse da sua casa como meu pai fez.
- Hm.. Filha você vai gostar muito daqui, e do Luke o filho do Austin. - minha mãe fala.
Sei o que ela quer, que eu volte a ser como era antes, a garota de antes, mas ela morreu e já faz muito tempo.
- Legal. - falo.
- Sua mãe decidiu matricular você na escola antes de você chegar, então você vai para a escola amanhã. - Austin, o marido da minha mãe fala.
- Aram.
Eu volto a olhar para a janela, e finjo não notar o olhar da minha mãe e do marido dela.
                    
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- Chegamos a sua nova casa. - minha mãe fala animada.
Ela abre a porta, o seu marido entra logo em seguida e eu entro por último levando a minha mala.
Quando entramos na sala vejo uma garota seminua no sofá e um garoto nu, a não ser por um cobertor que cobria um pouco sua parte íntima. Olhei para a minha mãe e para o seu marido, vi suas expressões espantadas.
Minha mãe olha para mim.
- Mãe então esse é o famoso Luke "certinho" que você falava? - pergunto. Minha mãe me puxa da sala, enquanto Austin começa a xingar o seu filho e a garota.
Entramos na cozinha. Minha mãe começa a se desculpar por eu ter visto aquela cena, mas a cena não me incomodou,na verdade eu gostei de ver o Luke daquele jeito.
- Mãe não precisa pedir desculpas. - falo me sentando na cadeira na minha frente.
- Eu queria te dar uma boa impressão...
Interrompo ela.
- Mãe! Não precisa disso, posso ir para o quarto? - pergunto dando um sorriso para ela.
Ela sorri:
- Vou te mostrar ele. - ela fala.
Saímos da cozinha e andamos até a escada que fica perto da sala, então eu escuto um pouco a conversa.
- Luke eu falei para você que aqui não é lugar de trazer as suas prosti... Não interessa, eu só não quero que você fique trazendo esses tipos de mulheres para essa casa. - Austin grita nervoso. - Você estragou o dia da Liz.
Olho para a sala e o garoto olha para mim. Observo ele; cabelos loiros, olhos azuis, pele meio bronzeada. Seu sorriso é malicioso, Austin percebe que seu filho presta atenção em outra coisa e olha para traz, e me vê.
Me sinto um pouco invasiva, e subo as escadas atrás da minha mãe.
Minha mãe me mostra o "meu" quarto, e me deixa sozinha. Decido trocar de roupa, visto um short e uma camiseta.
Deito na cama e durmo.

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Acordo com outro pesadelo, passo a mão no meu cabelo e olho para o lado, talvez se eu dizer que é só um pesadelo eu paro de sonhar com isso, mas isso não é pesadelo, são lembranças e não tem jeito de escapar delas. Me levanto da cama e saio do quarto, vou até a cozinha e me sento em um banco perto da porta.
Rony é minha madrasta, ela tem quase a mesma idade do que a minha, uma vez ela tentou dar em cima de um amigo do Ian. Contei ao meu pai, porque eu não queria que depois ele sofresse por desilusão amorosa, mas ele não acreditou em mim, pra ele Rony nunca faria isso. Mas também isso não é mais da minha conta.
Austin entra na cozinha e me olha de lado.
- Oi.
- Oi. - meu oi foi seco e amargo, não foi a minha intenção, mas foi como saiu. Austin deve ter 1,95, ele é loiro, e tem olhos azuis, ele já é quase careca, ele não é feio, se não fosse pela careca dele eu diria que ele e o seu filho se parecem.
Dou uma desculpa qualquer para ele e saio da cozinha e volto para o meu quarto, fecho a porta e deito na cama e tento dormir.
Mas eu não consigo dormir, fico remexendo na cama, mais eu não durmo. Me levanto e vou até a janela, fico olhando para o céu e as suas costrelações pensando se eu vou continuar na casa da minha mãe. Fecho a janela e volto para cama, me cubro e espero o sono chegar.