Let Me Sleep • Jøshler

10. When The Loneliness Leads To Bad Dreams (Josh)

Um mês depois

Eu não via Tyler há um mês. Nem mensagem nem nada. Imagino o que ele estaria fazendo. Se estava bem.
Eu me revirava na cama, dia após dia, tentando dormir, nunca conseguindo.
Meus olhos já tinham olheiras profundas pela falta de sono e minha cabeça estava me matando.
Eu só queria dormir.
Mas eu não podia.
Porque me falta ele. Sem Tyler, é impossível dormir, a noite me assusta.
Hoje, minha mente me levava ao dia em que essa confusão começou. Há quase 7 meses atrás, na noite em que nos beijamos e eu cantei para Tyler dormir.
Não me arrependia, de nada, de nenhum segundo.

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Eu levantei da cama. Eram seis da manhã e infelizmente, eu ainda tinha aulas.
Me arrumei, comi um pouco e sai de casa, para enfrentar mais uma manhã fingindo prestar atenção no que as pessoas diziam.
Até o final da aula.
Por alguma razão, força divina ou simplesmente destino, Jenna estava no portão da escola. Achei que ela estivesse lá por coincidência, mas percebi que não era isso, pois ela vinha até mim com passos apressados.

–O que você... –Eu tentei falar, mas ela me ignorou completamente, me interrompendo.

–Ty me pediu pra te entregar isso –Ela estendeu as mãos, cujas seguravam um papel cuidadosamente dobrado. –Ele disse que é pra ler quando estiver em casa. Ele sente sua falta.

–Por que você está fazendo isso Jenna? –Sorri ao pegar a carta, que naquele momento, era meu bem mais precioso. Jenna não tinha nenhum motivo para nos ajudar.

–Porque... –Ela engasgou. –Porque eu quero ver o Tyler feliz. Mesmo que seja com você. –Ela sorriu. Aparentemente eu não era o único que amava ele. Isso me fazia sentir algo estranho, talvez... Ciúmes. É, talvez fosse isso. Mas eu sabia que Jenna não tinha chance alguma com ele. –Amanhã eu vou vir aqui de novo e espero que o meu... Ou o seu... Enfim, o Tyler, receba uma resposta. –Ela se virou e saiu andando.

Eu olhei a carta nas minhas mãos e se tinha uma palavra que definia aquele momento, era saudade.
Saudade de Tyler e de tudo que ele significava para mim.
Eu mal podia esperar para chegar em casa e ler aquilo.

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Cheguei em casa e fingi que nada daquilo tinha acontecido. Almocei, passei um tempo com a minha família e fui para o meu quarto, como de costume.
Tirei a carta da mochila e me sentei na cama. Fitei o papel por poucos segundos, antes de desdobra-lo.

Olá, Josh.
Oi Jishwa.
Olá, meu amor.
Caro Josh,
Oi.

Escrever de caneta é ruim, devia ter procurado um lápis.
Enfim, faz muito tempo que eu não te vejo. As coisas estão cada dia piores sem você. Minha mãe está me dando aulas agora, ela é uma boa professora, mas briga comigo sempre que eu erro alguma coisa. Jenna vem aqui em casa as vezes, gostam dela. Se tudo der certo, ela deve ter te entregado isso.
Eu sinto tanto a sua falta. De verdade, Jishwa. Eu estou triste sem você.
Ontem, falei de você sem querer e meu pai me bateu. Ganhei um olho roxo. Pelo menos não dói mais como nas primeiras vezes, acho que você se acostuma com o tempo.
Como você está? Está dormindo direito?
Espero que sim.
À propósito, eu te amo.

Tyler.

Suas palavras latejaram em minha cabeça pelo resto do dia. Eu esperava que ele dissesse que estava bem, que não era tão ruim, que não era para eu me preocupar
Que ele estava feliz.

Busquei pela casa inteira um papel branco decente e depois de alguns minutos, encontrei. Me tranquei em meu quarto e me pus a escrever uma resposta para Tyler.

O dia se seguiu em slow-motion.
Tudo parecia demorar 3 vezes mais.
Eu queria entregar logo a carta para Jenna e receber resposta de Tyler.

Naquela noite, adormeci cedo, enquanto a chuva da madrugada caia lá fora. Poderia ter sido a primeira boa noite de sono desde aquele dia, mas infelizmente, eu tive meu sono perturbado por pesadelos horríveis.

Eu nunca tinha me sentido tão sozinho assim.