Selva De Pedra

Capítulo 14

Já tinha se passado 3 dias que Kemyly tinha sido transferida para o hospital do asfalto, eu não pude ir lá visita-la, até já tentei, mas Menor e o Ricardo não deixaram.

Flashback On:

BH: EU VOU NO HOSPITAL!!

Menor: NÃO VAI PORRA NENHUMA! - Gritou Menor me segurando pelo braço, enquanto Ricardo deu a volta e ficou por trás dele fechando a porta.

Ricardo: DA QUI VOCÊ NÃO SAI!

BH: SAIAM DE MINHA FRENTE SUAS PORRAS! - eu gritava tentando me livrar de Menor.

Estávamos no meu escritório, eu queria ir no hospital vê a morena e eles negaram.

Todos deviam está escutando a nossa discussão, mas eu não me importava, eu só queria está lá com ela.

Menor: SENTA PORRA! VOCÊ FICOU LOUCO? PERDEU OS PARAFUSOS?

BH: PERDI NÃO, MAS VOCÊ VAI PERDER A CABEÇA QUANDO EU SAIR DA QUI!

Ricardo: PENSA UM POUCO CARALHO! TU NAO PODE PISAR NO ASFALTO NÃO PORRA!

BH: A MORENA TA LÁ PORRA!

Menor: EU JA MANDEI UNS VAPORES FIXA LIMPA FICAREM DE OLHO, ENTÃO SE SENTA E SE ACALMA FILHO DA PUTA!

Eu não tinha mais argumentos, então me rendi.

Flashback Off

Agora, o que me restava era esperar. O que eu fiquei sabendo, é que as primas dela estão indo visita-la, ela ainda não acordou, ainda está sedada.

A pequena está bem, só precisa tomar umas vitaminas e pronto, mas a morena ainda está recebendo sangue, ela ia fazer uns exames hoje para saber se a bactéria já tinha sumido de seu corpo.

A boca estava muito movimentada hoje, cheia de noiados, eu não estava afim de papo, hoje teria baile e eu tinha que resolver essas paradas ainda, então sai da boca deixando os meninos no comando e fui fazer meus corre.

***

Menor narrando:

Bruno Henrique se faz forte , mas na verdade ele nunca foi tão forte quanto sempre aparentou ser. Eu nunca gostei do fato dele causar dor nas pessoas para se esquecer das próprias dores.

Quando eu olho pra ele, eu sempre vejo aquele menino sujo de terra por ter caído após pisar na bola, lembro de nossa infância, de nossos primeiros corres... BH teve uma infância feliz, pelo menos quando ele tinha pais ele era feliz.

A Bíblia diz, que o homem foi feito de barro e após um sopro virou um ser humano, mas eu acho que continuamos a ser barro, não pelo fato de sermos mais sujos que barro, mas pelo fato que o barro pode ser moldado.

Não nos tornamos frios, assassinos, ladrões porque queremos, mas sim por que a vida nos moldou. Quem iria querer uma vida dessa se antes tivesse tido uma opção? Eu não. Ele também não.

Muitos dizem que o crime corre nas veias, outros nascem pro crime e tem nós: os que nascemos no meio dele e que não tivemos escolha. É a lei da sobrevivência: vive aquele que melhor se adaptar.

Eu sei que ele está transtornado por não poder ir lá no hospital, mas seria muito arriscado. Já que eu tenho fixa limpa, então resolvi ir no hospital.

Menor: Segura as pontas aqui Ricardo, vou lá hospital do asfalto.

Ricardo: Tá me achando com cara de corno pra mandar eu segurar as pontas? -falou zoando.

Menor: Vai ficar de gozação mesmo?

Ricardo: Quer que eu goze em tu Mona? E se tu engravidar?- falou rindo de minha cara.

Dei o dedo pra ele e sai de lá. Tem dias que o Ricardo Parece uma criança de 2 anos, a diferença é que se você der um tapa nela, ela se cala ou chora e o Ricardo não, parece que aumenta o volume.

Cheguei em casa e encontrei Emylle fazendo o almoço, me aproximei dela e a agarrei por trás cheirando o seu pescoço. Ela estremeceu em meus braços de susto, depois se rendeu.

Emylle: Tou... chateada com... vo...cê... -falou em meio a gemidos.

Menor: Ué? Porque? Não fiz nada. -virei ela de frente pra mim e a beijei.

Emylle: Você me trouxe pra cá,-me deu um selinho- dormiu comigo e depois de uma noite de amor , saiu de manhã sem nem se despedir de mim! -me deu um selinho e mordeu os meus lábios-.

Menor: Doeu... -💭Filha da puta! Cortou o meu lábio! 💭- não me despedi, porque não quis te acordar e eu saio cedo para trabalhar.

Emylle: Hmm -pareceu pensar um pouco e depois continuou-, falando nisso, porque você está aqui?

Menor: Pensei em vir te buscar para irmos ao hospital, mas depois de uma dessa, vai que eu entro lá e sou obrigado a ficar?

Emylle: Engraçadinho... Tou terminando o almoço, aí eu vou tomar um banho e vamos, Ok?

Menor: Beleza.

Após o que seria uma eternidade, ela desse e nós vamos para o hospital.

Emylle: Como está a Kemyly?

Kátia: Está bem, acordou , mas precisou voltar a ficar sedada, precisamos só ver o resultado de alguns exames e ela vai ser liberada se estiver tudo certo, mas a menina recebe alta amanhã, se o pai quiser leva-la, ele pode.

Emylle: Tudo bem. Podemos vê-la?

Kátia: Claro. Por aqui.

Acompanhamos ela até o berçário, a Kemyly estava fazendo exames, então não podíamos vê-la ainda.

Emylle: Ela é a cara do BH!

Menor: Verdade. Dá Kemyly só tem os olhos! Ela vai surtar!

Emylle: Literalmente!

Ficamos um bom tempo lá, após esse tempo, eu fui na casa da Emylle e a deixei lá, e fui resolver oque realmente estava me preocupando: Bruno Henrique.

Chegando na casa dele , eu já adentrei, não preciso de cerimônia. O encontrei na cozinha. Ao me ver ele me encara.

BH: O que foi?

Menor: Vim conversar com tu.

BH: Então fale...

Menor: Tua filha recebe alta amanhã, Kemyly Ainda vai ficar mais uns dias lá, mas logo sai. Eu tou pensando em ir buscar tua filha, tu não precisa ficar com ela até a Kemyly voltar, depois tu resolvi isso.

Ele ficou calado. Pegou uma maçã e se virou para a janela que dava acesso ao jardim. Com isso eu também me virei para ir embora, mas o esculto me chamando.

BH: Menor...

Menor: O que foi?

BH: Ela vai vim pra cá.

Menor: O que ?

BH: Ela é minha, ela vai ficar aqui. Eu vou busca-la amanhã e ninguém vai me impedir.

Fiquei sem reação.

Então, houve uns imprevistos, após eu ter ficado doente, eu tive que fazer uma cirurgia, mas estou bem.

Obg por tudo, pelas estrelas, pelos comentários, etc.

A publicação dos capítulos dependerá da interação de vocês.

Oque vocês acharam do Menor narrando? Querem mais narrações dele?