Selva De Pedra

Capítulo 2

Uma semana após a fuga do Alemão:

Kemyly narrando:

Acordo e fico deitada na cama fitando o teto e como todas as manhãs, BH é a primeira pessoa que me vem à mente. Por mais que eu esteja magoada com ele, eu o amo, e gostaria de saber como ele está.

Várias cenas se passam em minha cabeça, eu lembro de vários momentos felizes ao seu lado, mas logo eu também lembro de todo o mal que ele me fez, e uma raiva me toma.

Meu bebê começa a se mexer, afastando todos os meus pensamentos de ódio, e me trazendo de volta pra realidade. Agora ele é tudo que eu tenho, o meu bem mais precioso.

Ele está inquieto, deve ser fome. Me levanto e olho no relógio, já são nove e meia. Nunca dormir tanto assim desde que cheguei.

Me levanto, tomo um banho e desço para tomar o meu café.

Quando cheguei na cozinha, DR e Amanda já estavam sentados a mesa.

Kemyly: Bom dia!

Amanda: Bom dia flor! Como foi a noite? Dormiu Bem?

DR: Bom dia.- fala seco.

Kemyly: Sim. Muito bem e vocês?

DR: Bem.

Amanda: Dormir muito bem também.

DR: Tou saindo. - Fala e se levanta.

Vejo a expressão de Amanda mudar assim que ele passa pela porta.

Kemyly: Amanda... Vocês estão bem?

Amanda: Já me acostumei... Ele não é mais o mesmo.

Kemyly: O que aconteceu?

Amanda: Ele mudou muito... As vezes brigamos e ele chega muito perto de me bater, sai e não fala pra onde vai, as vezes acho que ele até está me traindo...

Kemyly: Nossa... Veja o lado positivo: Ele só chega perto de bater, mas, ele não bate.

Amanda: Pelo menos isso... Nossa relação está tão fria, que eu nem sei qual foi a última vez que transamos...

Kemyly: E eu?

Amanda: Mas você está grávida!

Kemyly: Por isso que o meu tensão é maior! Eu tenho os hormônios gravidez!

Amanda: Palhaça! ... Deve ser horrível transar grávida...

Kemyly: Pior que eu nem sei te dizer...

Amanda: A última relação que tu teve foi a que você engravidou? -me pergunta assustada.

Kemyly: Mais ou menos. Minha barriga não estava muito grande. Quase não se percebia muito.

Amanda: Em fim... Vamos dá uma volta no Morro?

Kemyly: Só se for agora!

Deixamos a louça na pia e fomos da nossa volta.

***

BH narrando:

Não dá mais pra fingir que não me importo. Desde que ela foi embora, minhas noites tem sido conturbadas. Já cheguei até a sonhar que DR tava fazendo mal a ela.

Toda vez que me deito eu me lembro lembro dela. Do seu sorriso, do seu abraço, dos beijos. Ela se foi para se proteger de mim. Eu não aguento mais essa situação. Eu a quero de volta. Eu gosto muito dela.

Não posso dizer que a amo, porque até mesmo se eu a amasse eu não saberia. Nunca amei ninguém. Talvez meus pais....

Eu estava na boca, novamente no mundo da lua. Ou talvez sem a lua já que ela se foi me deixando na escuridão.

Menor: Porra Bruno Henrique! - A voz do Menor entra em minha cabeça me tirando dos desvaneio.

BH: O que foi agora?

Menor: Desde que a morena foi com DR Tu fica no mundo da lua e com essa cara de fresco! Porra BH, ela foi porque quis, tu não deu valor a ela, eu cansei de te dizer para trata-la melhor, para pensar mais em tuas ações, mas você não me escultou!

BH: Eu sei que errei! Mas não precisava ela ter ido embora!

Menor: Ela cansou de ouvir ameaças tuas! Você a todo momento falava que ia matar a criança, que não a queria..

BH: Chega Menor! Deixa de zuada , isso já me dando dor de cabeça! Eu sei que errei, mas agora eu tenho que tirar ela de lá!

Menor: E como tu quer fazer? Chamando o cara para tomar um chá e pedi-la de volta?

BH: Eu ainda não sei, mas Eu you tirar ela e meu filho de lá, antes que ele os mate!

Menor: E tu num já ia matar a criança de qual jeito?

BH: Não.. sim, espera!

Menor: tá vendo? Tu nem sabe o que quer! Se ele não está machucando ela é melhor deixa-la lá.

BH: Ele vai mata-la logo que a criança nascer!

Menor: O sentimento de culpa está te corroendo não é?

BH: Olha, eu só quero eles de volta.

Menor: Tu ama ela?

BH: Eu sinto uns bagulhos louco... Talvez eu goste dela, eu só não quero aquela traste tocando nela!

Menor: Isso se chama ciúmes. Adiciona aí ao teu dicionário!- Fala se levantando e saindo.

Após essa conversa eu tenho que admitir: tou amarradão nela.