Capítulo 9

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Quando se passou 10 minutos que o grupo do Menor entrou, eu entrei com o meu. Havia vários corpos no caminho, avistei três vapores meus caídos no chão, dois estavam mortos, então mandei dois caras levarem de volta o que ainda estava vivo.

Subi com os demais por um beco, então o meu rádio toca e Menor começa a falar:

Radinho On:

Menor: BH, as lajes tão live, pode subir!

BH: Beleza, como está aí?

Menor: estamos indo bem, não perdemos muitos homens, os pegamos desprevenidos!

BH: Já é!

Radinho Off

Saímos do beco e demos de cara com um grupo da Maré, metemos balas neles!

BH: Vamos cambada!

O Lucas se aproximou de mim e disse que ia por outra rua, mandei 3 vapores com ele. De hoje ele não passa!

O barulho dos tiros eram atordoante , eram muitos tiros, dois vapores que estavam comigo foram atingidos no braço ou na perna, estamos subindo em direção a casa do DR, mas estávamos indo por trás, era mais seguro.

Ouço o rádio de um dos vapores tocando e logo a voz do Ricardo sai:

Radinho On:

Ricardo: Bora tomar essa porra mano ! - Fala rindo.

O vapor me passa o rádio e eu falo com ele:

BH: Não porra! Eu só tenho um objetivo!

Ricardo: Ah! Qual é BH? Nós já estamos aqui, estamos ganhando, então porque não?!

BH: Se preocupe só em abrir o caminho pra mim caralho, eu não quero saber em tomar a porra dessa favela! Eu só quero a Kemyly!

Ricardo: Já é!

Radinho Off

Continuei subindo com os meninos, mas a medida que nos aproximava da casa dele , mais vapores rivais iam aparecendo, tivemos que entrar em outro beco quando já estávamos muito próximo.

BH: Caralho! Vamos ter que nos dividir!

MM: Como vamos fazer?

BH: eles dois vão por aquele beco - apontei pra um beco que ficava mais em baixo- vocês vão por aquele e eu e MM por essa.

Eles: Já é!

O tiro estava comendo de esmola, tinha muita bala voando, todo o cuidado é pouco. Quando eu e MM entramos no beco , eu avistei duas pessoas encolhidas por trás de uma pequena parede de concreto, aquilo não ia protegê-las.

Eu me aproximei das duas pessoas que estavam bem encolhidas e de cabeça baixa e dei um toque no braço da que estava com os braços por cima da outra. Era a mulher de DR.

Quando ela me viu, os seus olhos se arregalaram e ela ficou me encarando. O meu sangue ferveu na hora que eu a vi. Minha vontade era de meter um tiro bem no meio da testa dela, mas antes que eu pudesse mirar em sua cabeça, a outra pessoa que estava com ela levanta a cabeça e eu reconheço ser a Kemyly.

Kemyly narrando:

Estava tudo pronto, Amanda tinha colocado boa noite cinderela no suco de DR e antes das quatro horas, os vapores largaram os turnos, então aproveitamos este momento para sair da casa. A rua estava vazia, então começamos a correr, quando já estávamos a três ruas depois da casa de DR, um vapor surge do nada e nos para.

Selva De PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora