Capítulo 8

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Kemyly narrando:

O meu dia não está dos melhores. Acordei com umas pontadas no pé da barriga, meu bebê está muito inquieto e os meus pensamentos não saem do BH.

Toda vez que eu fecho os olhos, memórias de momentos bons ao seu lado invadem a minha cabeça. Eu sei que ele me fez mais mal do que bem, mas , aqueles simples gestos de carinho dele, despertou um amor em mim.

Eu sei que toda pessoa fria é resultado de alguma decepção, e eu queria saber o que o fez ficar assim. Será que foi por causa da morte dos pais? Ou será que houve mais coisas?

Me levantei , fiz minhas necessidades e desci para tomar o meu café da manhã. Quando cheguei na cozinha, apenas DR estava tomando o seu café.

Eu cheguei e não falei com ele. Já faz vários dias que não se falamos. Peguei um pedaço de bolo , um copo de suco e comecei a comer e com o passar dos minutos, noto que Amanda ainda não deu sinal de vida. Então eu quebro o gelo:

Kemyly: A Amanda não vem tomar café? - DR levanta a cabeça e me encara pela primeira vez desde que eu sentei a mesa.

DR: Não sei. - me responde seco.

Kemyly: Onde ela está?

DR: No quarto. - Ele se levanta como se minha presença o irrita-se, então se vira e caminha em direção a saída e eu me levanto também.

Kemyly: Ela está bem?

DR se vira e me encara. Seus olhos claros me penetraram como se fossem uma bala. Eu me encolho um pouco.

DR: Como? - fala como se não tivesse entendido, ou como se quisesse saber que tipo de bem eu estou falando.

Kemyly: Ela... Está doente?

DR: Não.

Com essas palavras, ele pega sua arma que estava em cima do sofá e se retira.

Eu subi para o meu quarto como faço todos os dias, mas hoje eu também estava inquieta, e desci antes mesmo do horário do almoço. Chegando lá em baixo, eu encontrei Amanda sentada na mesa tomando o seu café.

Eu fui até ela e me sentei em sua frente. Ela tinha uma expressão de choque no rosto ao me ver. Havia hematomas em seus braços e um arranhão em seu rosto. O arranhão não vai lhe deixar cicatriz, pelo menos não na pele, mas eu já não sei quanto ao seu coração.

Amanda: O que você faz aqui? Tá sentindo alguma coisa? -me pergunta com preocupação.

Kemyly: Não, eu estou bem. Senti umas pontadas no pé da barriga quando acordei, mas passou. Acho que era fome.

Ela me dá um sorriso e eu vejo ser verdadeiro. Mas algo ainda me preocupa.

Kemyly: O que aconteceu Amanda?

Amanda: nada. Estou bem. - Embora aquelas palavras não tenham me convencido, o que a entregou mesmo, foram suas lágrimas.

Kemyly: Oh Amanda! Pode contar comigo!

Amanda: Ele está me traindo... Ele não me ver mais como sua mulher...

Kemyly: Ei! Vai ficar tudo bem Ok? Eu vou cuidar de você!

Amanda:. Você é uma grande amiga!... E... O seu bebê? - diz enxugando umas lágrimas.

Kemyly: Como assim?

Amanda: Você sabe que já deve está entrando nos 9 meses, e que ele pode nacser a qualquer momento ja que você não fez nenhum pré-natal ,não é?

Kemyly: Sei... Eu queria está em casa.. na minha casa, você é uma grande amiga, me ajudou muito...

Amanda: Eu te entendo -falou me interrompendo- , mas o que eu quero dizer, é que o seu filho, não pode nascer aqui. Darlysson já está se mostrando ser pior que o BH, você tem que ir embora, fugir daqui!

Kemyly: Eu sei, mas como? Eu não posso mais nem sair de dentro dessa casa!

Amanda: Eu sei. Mas Olha, tem como , mas tem que ser hoje.

Kemyly: Do que você está falando?

Ela olha pra trás e depois olha pra mim. Eu sei que ela está com medo, e eu também estou. Então ela me puxa pelo braço e me leva até o meu quarto.

Nos sentamos na cama e ficamos bem próximas. Ela começa a falar por sussurros.

Amanda: Eu tenho família fora do Rio, se nós conseguirmos chegar no asfalto, nos estamos livres. -Ao ver o seu sorriso e o brilho no seu olhar ao falar em liberdade, eu não pude conter que um sorriso também se formasse em meus lábios.

Kemyly: Tá, mas como nós vamos chegar lá?

Amanda: Na troca de turno dos vapores! Quando dá o horário, eles vão embora, não esperam os outros chegarem, lógico que o Darlysson não sabe disso, então dá pra fugirmos nesse pequeno intervalo!

Kemyly: Então, tá. Como vamos fazer?

Amanda: Vamos fazer assim...

***

BH narrando:

Já estava tudo pronto, já era 3 da madrugada quando subimos rumo a Maré, em cerca de 40 minutos já estávamos todos lá. Deixamos os carros afastados cercando o Morro, e descemos com nossos armamentos.

Ficamos em pontos estratégicos observando a movimentação. Estava tudo muito parado, tinha uns vapores dormindo nas lajes, outros pontos sem ninguém, do jeito que era pra ser.

Menor: Então? Já estão todos aqui?

Sorriso: acho que não falta mais ninguém não.

Passei a vista pelos meus vapores, e eu sabia que alguns não iriam voltar.

Um vapor se aproximou de mim e me deu um toque. Eu me afastei dos demais e fui ver o que ele queria.

MM: Oh chefe! Vim da o papo pra tu sobre o Lucas.

BH: Solta a voz.

MM: O cara tá muito estranho, parece que está preocupado com a Maré, e tá afastado do grupo!

BH: Beleza, fica na cola dele que de hoje não passa! Esse filho da puta vai pagar pela traição!

MM: Já é!

BH: Fé aí.

MM: Fé - fizemos toque e ele voltou pro meio dos outros e eu voltei pro grupo também.

Sorriso: está tudo pronto. As armas já estão com os silenciadores.- fala ao me ver.

BH: Então, vamos acabar com eles?

Todos: Vamos! /Só se for agora!/ Ja é!/.

Separamos os grupos e assumimos os nossos postos. Foi só esperar um pouco e logo o primeiro já estava no chão, dando início a nossa invasão.

Gente, os capítulos estão demorando porque as aulas começaram, eu estou fazendo o 3º ano, e estudo no semi-integral, então eu passo o dia todo no colégio e só estou em casa a noite. Por favor, me compreendam !

Selva De PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora