Admiradora Secreta.

Capitulo 9

- Dulce, sobre o beijo de hoje mais cedo me desculpe. Eu não queria te beijar.

- Não queria? – entristeceu e encarou o chão.

- Não, eu fiz aquilo só para afastar Maite. Você sabe somos amigos, eu jamais avançaria o sinal com você, é como uma irmã para mim não é certo fazer isso.

- Irmã? Claro, não é certo. – Aquelas palavras foram como um soco no estomago de Dulce. Irmã. Ela sempre seria apenas uma irmã para Christopher, ele nunca á veria como uma mulher, uma garota pela qual pudesse se interessar. Era apenas a garotinha que ele achava que deveria proteger e ajudar. E Dulce deveria reprimir esse sentimento como já faz há tantos anos, nem com a carta Christopher mudou de ideia, malmente mencionou sobre a carta para ela. Todos seus esforços para ele a nota-lá era inútil. – Acho melhor irmos para a casa, estou muito molhada. – saiu andando na frente dele.

Dulce chegou em casa arrasada, por sorte sua mãe não estava e não iria levar um sermão daqueles. Foi para o quarto tomou um banho vestiu um pijama quentinho e se sentou de frente para a escrivaninha. Novamente as palavras de Christopher voltaram a sua mente. Irmã. Eu nunca faltaria o respeito com você. Porque as coisas precisavam ser assim? Porque ele não podia vê-la alem de uma irmã? Porque esse sentimento impossível não ia embora? Cansada de guardar tudo para si, pegou um caderno e uma caneta e começou a escrever.

No dia seguinte, Christopher estava disposto a contar a Anahí sobre todo o mal entendi e se declarar de vez para ela. Chegou mais cedo á escola e ficou esperando-a perto do portão. Estava ansioso demais para poder finalmente contar que sabia da carta para Anahí. Não demorou muito e ela logo apareceu na entrada do colégio sendo surpreendida por Christopher.

- Ai Ucker, que susto. – se afastou dele. – O que foi?

- Desculpa Annie. Será que podemos conversar? – Anahí assentiu. – Vamos sentar nos banquinho aqui. – Os dois foram até um dos bancos brancos perto do portão.

- O que foi Ucker? Aconteceu alguma coisa?

- Sim. – puxou o ar e soltou devagar. – Então Annie, eu to meio nervoso... – sorriu sem graça.

- É alguma coisa séria? É com você? Com a Dul?

- É com a gente.

- Nós? Com assim Ucker, do que está falando?

- Eu to falando sobre a carta Annie, eu já sei de tudo... – Anahí o olhou incrédula, do que ele estava falando? – Eu adorei a carta e eu quero muito ter algo com você, suas palavras me encantaram.

- Que carta Ucker? Esta maluco? Do que esta falando?

- Sobre a carta que você me mandou amor, você deixou no meu armário. Você disse que repara em mim há muito tempo, que me observa no treino e só pode ser você a garota da carta. Eu sempre tive uma quedinha por você Annie, e agora que sei que você corresponde a esse sentimento, vamos ficar juntos... – se aproximou dos lábios de Anahí, mas ela o empurrou rápido.

- Se afasta! Meu Deus, você pirou! Eu não escrevi carta nenhuma e pare com essas loucuras, somos amigos Christopher, somente amigos! Eu não tenho nenhuma quedinha por você. – se levantou pegou sua bolsa e saiu apressada dali. Christopher ficou a olhando se afastar decepcionado, não podia acreditar que tinha pagado aquele mico e ainda tinha sido desprezado. Ela não era sua admiradora secreta, então quem mais poderia ser? Quem iria escrever palavras tão bonitas para ele? Com certeza aquilo era alguma brincadeira, ninguém o amava tanto assim, e ainda esta fazendo passar vergonha com as garotas, primeiro foi obrigado a beijar Dulce e agora levou um fora de Anahí.

- Sua cara de animação é contagiante. – Dulce se sentou ao lado dele. – O que houve?

- Eu sou muito idiota Dulce, muito mesmo. – abaixou a cabeça. – Acabei de passar a maior vergonha da minha vida.

- O que você fez?

- Me declarei a Anahí. – o semblante feliz de Dulce mudou instantaneamente.

- Não sabia que estavam tendo algo... – também encarou o chão decepcionada.

- E não estamos... Tudo culpa da bendita carta!

- Que carta?

- Eu recebi uma carta, olha só. – tirou a carta da bolsa. – É de uma garota Dul. – ela pegou a carta e logo reconheceu aquelas palavras, ele havia então recebido a carta.

- Ah, é uma carta de amor... – tentou disfarçar. – Quem escreveu?

- É ai que esta, eu não sei quem escreveu. Olhe só não está assinado... Quem escreveria uma carta de amor sem assinar Dul?

- Alguém que não quisesse revelar quem era... Talvez tenha medo de revelar os sentimentos pessoalmente para você.

- Isso é loucura, escreveu palavras tão lindas e não tem coragem de dizer quem é? Pensei que era Anahí, mas ela deixou bem claro que não é. Acho que Alfonso estava certo, isso deve ser alguma brincadeira que fizeram comigo.

- Ninguém escreveria palavras tão lindas para brincar com você Ucker, às vezes você só não esta conseguindo perceber onde esta pessoa está e quem ela é o que representa na sua vida.

- Talvez você tenha razão Dul, eu já li e reli essa carta mil vezes e não consigo pensar em quem pode ser. – suspirou frustrado – Só queria ter mais pistas...

- Você queria que a pessoa escrevesse mais cartas?

- Sim, talvez assim eu conseguisse saber quem é.