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— Isso não faz sentido.

— Na verdade faz, eu sei onde ela está.— sussurei de volta para minha tia.— Só não posso levar Chonan.

— Porque não?

— Meu irmão não compreenderia, Down e sua filosofia de vida, afetaram as crenças do Chonan. — e mesmo que não admitisse em voz alta, um pouco de dúvida inflamava meu coração. Não podia arrisca-lo.

— E o que ira dizer a ele?—Perguntou tia Rose.

— Uma parte da verdade.

  *

—Me deixe ir com você, Zeya.

— Não, fique aqui, com tio Thomas e a tia Rose.

— Não me trate com criança!— Gritou o menino vermelho de raiva.

— Não estou te tratando de tal forma.— Não estava, Chonan não era criança a muito tempo. Por mais que eu tenha me esforçado, ao longo dos anos, não pude evitar que Chonan crescesse prematuramente.

— Sim está. Age como se eu não fosse forte o suficiente para suportar seja lá o que venha pela frente.

E se não for isso Chonan?
E se for porque você não pode ver o que está a sua frente?
Já pensou nisso garoto? Que telvez eu não o leve porque você não aceitaria? Não compreenderia?

—Não é bem assim.

— Então me leve.

— Não.

A raiva nos olhos no meu irmão ainda estavam lá, porém agora havia mágoa também.

— Uma vez você disse que para ficarmos bem, precisaríamos confiar um nos outros. Eu acho que sei porque estamos aqui, nessa situação, você não confia em nós.—Eu quase sorri para ele.
O menino era quase tão teimoso quanto eu.

— Cho, quando eu voltar vamos conversar. Tá bem?

Com mais calma me abaixei para ficar no nível dos seus olhos para ele ver a sinceridade nos meus.

— Agora eu tenho que ir. Eu te amo!

Se não estivesse com tanta pressa, para saber o porquê do Lochen ter levado minha irmãzinha, teria me magoado muito, Cho não me responder. Não que eu dúvida-se do amor dele ou algo assim.

***

— Onde ele está?— Perguntei para o mordomo que me atendeu, e agora me guiava pelos corredores da mansão do Lochen.

—No pátio principal senhorita, a sua espera.

—Ótimo.—Foi tudo que respondi.

— Aqui senhorita.— Disse o homem parando em frente a portas de vidro que davam para um jardim colorido.—O senhor a espera perto dá fonte. No centro do jardim.

— Está bem, obrigada!

Não esperei mais.
Apenas não corri para guardar toda minha energia, para socar Lochen.

Na metade do caminho já podia ouvir as vozes, vozes que estavam longe de mais para identifica-lá.

Por cima dá cerca viva, pude ver a cabecinha loira correndo de braço para cima. Quando ela me viu gritou meu nome é correu para mim.

Nunca disse a nenhum dos meus irmãos, que eu era sua mãe. Nunca me senti muito como mãe.Mas agora, acho que sei como é.
Talvez o alívio que senti com o pequeno corpinho entre meus braços, fosse tanto materno como fraterno. Ele atingiu tão violentamente, como um soco no estômago. Que mais uma vez naquele dia, perdi as forças das​ pernas. Caindo de joelhos na grama verde e macia.

O Lobo que Eu Amo [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora