Capítulo 15 - Prophecy

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Lily caminhava de um lado para o outro, roendo as unhas, nervosa.

Os integrantes da Ordem da Fênix tinham enfeitiçado alguns medibruxos, e estavam tomando conta do hospital St Mungus, para o caso de os Death Eaters serem notificados da lesão de James, e quisessem aproveitar para levá-lo.

Se Arabella Figg não foi capaz de dizer o que tinha de errado com James, Lily sentia-se no direito de estar o quão nervosa que pudesse.

— Justo agora! — ela choramingou, dando uma pisada forte no chão — Justo agora que ele estava se recuperando!

— Ei! Ei! Ei! — Sirius largou as canecas de cerveja amanteigada em uma mesa, aproximando-se dela para abraçá-la — Isso não significa nada! Está me ouvindo? Nada! Ele só teve uma crise de dor por causa da marca negra, e estamos vendo como faremos para tirá-la.

— Ela não pode ser tirada! — disse Lily, irritada — O que planejam? Arrancar o seu braço? Por favor! Eu não vou permitir!

— Essa não é uma decisão sua — ele interrompeu-a — Sinto muito, Lily, mas só James é responsável pelo que farão em seu corpo.

— Ele não está consciente do que está acontecendo! É imoral colocarem nas mãos dele uma decisão dessas, nesse momento de nossas vidas!

Remus pegou as canecas de cerveja amanteigada, entregando uma para Sirius e outra para Lily, que segurou por costume.

— Vamos nos acalmar — ele disse, pacifista — Se estressar faz mal pro bebê.

Lily abaixou o rosto, olhando para a barriga quase que invisível, antes de entregar a caneca de volta para o lobisomem.

— E cerveja amanteigada tem álcool — disse, sentando-se — Não posso beber.

— Que triste — disse Sirius, bebendo um gole longo da sua caneca.

— Aquele lugar onde James está... — Lily balançou a cabeça — É horrível! Ele dorme sentado na cadeira! Está melhor em um hospital do que no porão da casa!

— Você sabe como Moody é — disse Remus.

— Falando na criatura, onde está? — perguntou Sirius, olhando ao redor — Dumbledore apareceu por aqui, mas sumiu logo depois, com Moody e Screw-Doe.

Remus colocou a mão na testa, ao escutar o apelido da mulher.

— Vocês não têm remédio — murmurou para si mesmo, exasperado.

— É um apelido legal! — exclamou Sirius, defendendo-se — E o James lembrou-se dela por causa dele! Levou o maior tapa na cara.

— Ela fez o quê? — Lily levantou-se de sua cadeira, furiosa, mas logo Remus sentou-a novamente, com delicadeza.

— O que é um tapa para um auror? — disse, conciliador.

Mesmo assim, Lily não se conformou, cruzando os braços.

Membros da Ordem passavam por ali, tentando convencê-la a voltar para casa, mas ela se negava a ir sem notícias de James. De quê serviria? Apenas uma noite de sono perdida, estivesse onde estivesse. E a casa estava tão vazia sem ele, apenas Antrax que esgueirava-se pelos mínimos lugares que conseguia encontrar.

Uma medibruxa parou em frente a eles.

— Familiares de James Potter?

Lily levantou-se imediatamente.

— Siga-me, por favor — ela pediu — Os senhores podem vir também. Quanto mais opiniões, melhor.

Seguiram caminhando por mais alguns corredores, antes de a mulher bater a sua varinha em uma porta, destrancando-a. Uma placa na porta dizia "Felicity O'Mayer".

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