16 Trouxa denovo, porém feliz

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Ficamos ali por algum tempo, comemos sentadas no sofá perto de sua janela, ela me contou mais sobre as festas que seu irmão dava e os motivos para deixar seu quarto trancado. Ela parecia nervosa no começo mas depois conversamos sobre livros, que por sinal temos um gosto parecido, e ela me pareceu relaxada e tranquila, continuamos a conversar sobre coisas que tínhamos em comum, trocamos os números de celular e eu pedi para usar o banheiro dela.

Era tudo muito chique ali, tentei não mexer em nada, fui até rápida, mas antes de sair escutei ela falar do lado de fora

- Ei vou lá em baixo resolver um problema para o meu irmão e já volto. - disse e eu escutei a porta do quarto se fechar.

Sequei as mãos e sai do banheiro, fiquei observando as coisas no quarto dela, penteadeira, mural de fotos e tudo parecia ter saído daquelas revistas chiques de decoração. Ela estava demorando para voltar então achei melhor descer, fui em direção a porta.

Tentei abrir mas parecia trancada, porque raios ela me trancou aqui? Não tinha necessidade eu não ia deixar ninguém transar na cama dela, a não ser que ela fez de propósito. Deixei as paranóias  e tentei abrir de novo a porta e nada. Gritei, bati na porta para ver se alguém ouvia mas ninguém deve ter ouvido nada, com o barulho lá de baixo...

"Que vaca por que ela me trancou aqui?"

Tentei ligar para o Nicolas e ele não atendia, tentei ligar para a Fernanda e nada também, já estava começando a ficar  estressada! Comecei a procurar algo no quarto que me ajudasse a abrir e porta. Voltei ao banheiro e não achei nada, fui até a penteadeira a procura de um grampo qualquer e por pouco eu não acho.

Corri de volta a porta e usei as técnicas que meu pai me ensinou, nunca pensei que precisaria mas ainda bem que ele teve paciência de me ensinar a abrir portas com coisas pequenas e afiadas. Assim que cosegui voei para fora dando de cara com alguém maior que eu.

- Uou gatinha vai com calma. - disse  era o Erick

- Foi mal.  - disse sem graça - E que eu estou com pressa. Eu fiquei trancada aqui dentro você por um acaso não me ouviu gritar não?- disse só pra ter certeza

- Não, mas por que alguém te trancaria aí?  - perguntou confuso

- Isso é o que eu vou descobrir agora. - disse já saindo

- Ei você sabe onde é o banheiro? - disse e eu me virei de volta para ele

- Aí dentro tem um, pode usar a vontade, e se mais alguém quiser pode indicar esse quarto tá liberado. - disse seria e fui em direção às escadas.

Caso eu não ache a Fernanda já estou vingada. Parei três degraus acima na escada pra observar a festa. Comecei a procurar o Nicolas ou até mesmo a Fernanda e não encontrei ninguém.

-Ei menina! Calça maneira. - disse um cara no final da escada

- Obrigada. - disse (deveia ta bebado) e voltei a observar a sala, olhei cada canto, e quando eu vi aquela cena preferi não ter olhado nada e sim só ter ido embora.

Lá no fundo perto da varanda onde estávamos antes, estava o Nicolas se agarrando com a Amélia. Se fosse pra fazer papel de trouxa eu teria ficado em casa, não preciso disso. Fui certa em direção a porta sendo parada pela Fernanda um pouco antes

- Ei? Como você saiu? - disse ela surpresa ao me ver

- Com a sua ajuda e que não foi. - disse e voltei a andar

- Mônica me desculpa e que eu estava devendo esse favor pra Amélia, foi mal mesmo..- disse meio arrependida e eu fiquei chocada! Claro que elas eram amigas.

Quase como nos filmes (EM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora