A globalização trouxe tudo ao alcance das mãos. Ou ao alcance de um clique, melhor dizendo. A tecnologia fez maravilhas pelo mundo moderno e somos frutos de uma era onde tudo se encontra fácil e sem o menor esforço.
Por outro lado, estamos tão envoltos em rotinas cada vez mais apressadas que fazemos quase tudo no modo automático. Precisamos trabalhar, estudar, limpar a casa, cuidar dos filhos, resolver problemas pessoais, fazer compras, tudo em apenas vinte e quatro horas diárias. E, é claro, quando sobra tempo também queremos assistir ao futebol, ao filme novo ou à novela das nove.
E deixamos cada vez mais de pensar. Temos tudo tão fácil que o livre arbítrio, a vontade de buscar a essência da vida, de buscar conhecimento, é deixada de lado pelas necessidades e pelo supérfluo do dia-a-dia.
Deixamos de pensar na origem da vida, em nós mesmos, no conhecimento existente no mundo, que vai muito além de uma pesquisa rápida no Google. Pensamos cada vez menos em crescermos espiritualmente, como pessoa, como seres humanos pensantes. Esquecemos da onde viemos, não questionamos para onde vamos nem o que existe nesse meio tempo.
Nascemos da filosofia mas nos acostumamos com o "pão e circo" diário. Poderíamos ser mais, porém passamos a nos contentar com pouco, afinal, não nos sobra tempo para muita coisa além do básico da sobrevivência.
Deixamos de viver. Passamos a existir. Esquecemos o mais importante de nós mesmos. Não precisamos questionar tudo o que encontramos na internet, mas deveríamos pensar mais sobre as coisas. Como o mundo está, como deveria estar. Aprender sobre o nosso passado, a economia atual, a política que vivemos, sobre nós mesmos...
Não nascemos no automático. A tecnologia nos trouxe benefícios imensuráveis, a globalização tornou nossa vida moderna possível. Só não deixe a programação da tv desviar seus pensamentos do essencial. Precisamos pensar mais. Precisamos reaprender a questionar.
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Marcas Indeléveis - Crônicas
NonfiksiColetânea de crônicas extraídas do blog: marcasindeleveis.blogspot.com.br. "Tudo deixa marcas, meu caro leitor. Bem ou mal, inefável ou não. Estamos o tempo todo sujeitos ao registro de nossas vidas. As marcas em nossas peles, os respingos de chu...