Capítulo 1

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A loira começa a se mexer pela cama. Mesmo sem abrir os olhos ela já sentia a dor de cabeça absurda que era resultado da noite anterior. Abrindo os olhos lentamente, como se isso fosse piorar a dor que sentia, Sophia foi olhando ao seu redor, enquanto o medo lhe atingia.

Onde estava? Como fora parar ali? Aquele não era o seu quarto e ao tentar se lembrar de qualquer coisa que pudesse explicar o que estava fazendo ali sua dor de cabeça piorou.

Ao se levantar da cama, Sophia sentiu o braço do homem que dormia ao seu lado à sua volta. Meu Deus... tinha como ficar pior. Como não poderia se lembrar de nada. Quem era esse homem ao seu lado? Para piorar a situação, estava nua e provavelmente o homem também já que o lençol cobria suas pernas.

Não sabia o que fazer, não sabia onde suas roupas estavam e precisava de um banho gelado para passar essa ressaca de noite de farra, bebidas e... não se lembrava, mas sabia o que tinha acontecido com o desconhecido adormecido na cama.

Sophia entra no banheiro do quarto. Não sabia onde estava, o que tinha acontecido, mas mesmo assim precisava de um banho e depois de provavelmente ter dormido com aquele homem, tomar um banho não era nada.

Sentido a água escorrer pelo seu corpo levando consigo o cansaço, a ressaca e o que tivesse acontecido consigo na noite anterior, Sophia forçava sua mente a se lembrar do que aconteceu. Mas não conseguia. Tinha ido para a balada com a Lua e a Mel, estavam a fim de beber como todas as outras vezes, mas Sophia sempre exagerava mais. Dançando, a loira observou o moreno que estava no bar ao lado de outro homem e não parecia tão à vontade naquele local. Era bonito. Muito bonito.

Depois disso não se lembrava de mais nada. Voltou a se lembrar do homem, ele era o mesmo homem que dormiu com ela? Não reparou o suficiente no homem adormecido para ter certeza.

Enrolada na toalha, Sophia estava em um impasse, precisava vestir algo, mas não sabia onde suas roupas estavam. Tinha que sair do quarto para encontrar algo para vestir – de preferência a sua própria roupa –, entretanto, não queria sair só de toalha do banheiro. Porém, não tinha outra opção. E também, pelo sono pesado que o homem se encontrava, provavelmente estava dormindo ainda.

Mas não. Ao sair do banheiro deu de cara com o homem sentado na cama apenas de cueca. Sophia sentiu suas bochechas ficarem vermelhas, sua vergonha estava tão espantada que o homem sorriu. Não um sorriso malicioso, mas um sorriso tímido e fofo que Sophia não conseguiu não reparar.

— Bom dia — ele disse sorrindo. — Dormiu bem?

Sophia afirmou positivamente com a cabeça.

— Cadê as minhas roupas? — A voz era tão baixa que ele quase não escutou.

— Estavam sujas de bebidas que você derramou ontem, acho que a Cida já deve ter colocado para lavar.

— Como vou embora? Não posso ir para minha casa enrolada em uma toalha — reclamou.

— As roupas da minha irmã devem servir em você.

Ele pegou na mão da Sophia e a puxou para fora do quarto, como se ela não tivesse enrolada apenas na toalha branca. No corredor, indo em direção à outra porta, Sophia disse:

— Não posso entrar e pegar roupas no quarto da sua irmã.

— Ela não vai ligar — afirma ele. — Além do mais, ela está na casa em Londres, de férias.

Mesmo sentindo vergonha e não entendo nada, Sophia pega um vestido preto no grande closet da irmã do homem que ainda nem o nome sabia.

O vestido ficou ótimo em mim. Quando volto ao quarto dele, ele já está vestido e ao me ver, sorri.

TENTANDO SABER QUEM SOMOS - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora