Capítulo 7

319 19 8
                                    

— A gente nem conversou aqui — Guilherme diz um pouco mais alto para que Gabriela pudesse escutar, já que a música tocada na balada era bem alta.

— A gente veio aqui para dançar, não para conversar — ela rebate.

Gabriela tentava de todas as formas não dar a atenção a Guilherme, porém, toda vez que tentava se afastar um pouco dele, ele parecia se aproximar ainda mais. Ele estava muito lindo. Ela tinha que resistir e estava sendo muito difícil. O pior era que ele parecia não colaborar.

— É que eu gosto de conversar com você.

Guilherme se achava um idiota ao lado da garota. Era como se ele não conseguisse manter uma conversa sem dizer algo bobo. Por mais que sua mente gritava para si mesmo que essa aproximação que ele tentava ter com Gabriela fosse errada, tentava convencer a si mesmo que só estava interessado na amizade dela, mas ele sabia que não era só isso.

E, fora isso, toda vez que ele tentava conversar com ela, Guilherme percebia que Gabi parecia repeli-lo, como se fosse algo ruim do qual ela não queria chegar perto.

"Claro, você é um babaca e ela não tem interesse nenhum por você."

— É... que bom — ela força um sorriso.

Não estava aguentando. Queria provar daqueles lábios. Daquela boca. Mas não podia. "Por que ele tinha que ficar tão perto?"

Precisava sair de perto dele. Não entendia o porquê dele estar tão perto dela. Mas também não era nada demais, afinal, ele e a Mel eram lindos juntos e se davam tão bem. O problema era si mesma, Gabriela pensava. Era ela que sentia uma atração descomunal por ele. Era ela que deveria se afastar.

Tentando mais uma vez se afastar de Guilherme, ela o viu. Estava chegando naquele momento com os já tão acostumados amigos. Chamava a atenção como sempre, afinal, esbanjava beleza, charme e sedução. Ele era a pessoa certa. Ele a faria parar de pensar em Guilherme. Era ele a solução. Era Wesley.

---

Enquanto beijava e mordia o pescoço da loira, Micael abria um pouco e lentamente o zíper do vestido da mesma. O vestido branco que o fez babar ainda mais por ela.

— Você está lindo — ele sussurrou entre um gemido e outro. — E sexy.

— Você também!

A voz dele era tão rouca. Sophia adorava aquela voz. Poderia passar o dia todo escutando ele falar e não se cansaria.

Não sabia bem o que estava acontecendo, só sabia que estava gostando.

Não acreditou quando viu ele com aquela ruiva. "Como ele podia?!", depois estavam brigando e no momento seguinte já estavam se beijando loucamente, como se não precisassem de ar para respirar. Talvez não devesse aceitar que ele a beijasse depois da forma como a tratou, mas estava com tanta vontade. Queria beijá-lo. Queria fazer tudo com ele.

Ao descer mais um pouco o zíper do vestido dela, Micael se lembrou de que estavam naquela balada ainda. Mas também percebeu o que estava fazendo. Como as coisas com ela podiam ser assim? Ele não tinha controle do que fazia e sentia ao lado dela.

— Não — ele sussurrou quando ela foi beijá-lo novamente.

Lentamente, de olhos fechados ele fechou novamente o zíper do vestido dela.

— O que foi?

— Não podemos fazer isso.

— Aqui não, mas podemos ir para sua casa — ela tentou beijá-lo novamente, mas ele virou o rosto. Não queria fazer aquilo, mas era necessário.

TENTANDO SABER QUEM SOMOS - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora