The Life

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Olá lindos leitores, como vocês estão? Esse capítulo lindo de maravilhoso foi escrito por uma autora incrível que está ansiosa (assim como todas as outras autoras) para saber o que vocês acharam desse capítulo!! Então não se esqueçam de votar e comentar, assim todas nós podemos ter uma noção mais concreta da opinião de vocês da história!

Agradecemos desde já todas as visualizações, comentários e votos do capítulo passado, estamos lendo tudo e apreciando todo carinho e apoio!!

Um super beijo na bunda, um 'chêro' e uma boa leitura, Unbroken Squad ♥


- Os sons estão à nossa volta, e por isso, escutar está além de ouvir, é perceber o real sentindo do que é transmitido sonoramente, é desvendar sua mensagem. Mas o que seria o som? Nada mais é que uma onda longitudinal que só se propaga em meios materiais, pois todos os fenômenos sonoros estão relacionados às vibrações dos corpos materiais... – Lauren desligou-se completamente do que o senhor, na casa dos cinquenta anos, falava.

E era sempre assim toda vez que a batida ritmada do seu coração e seus pensamentos se tornavam mais alto que a explicação do seu professor.

Lauren percebia o mundo de uma forma diferente, muitas vezes era difícil conviver em outros momentos ela apenas desconectava-se do mundo.

A morena de olhos verdes nasceu com a audição hipersensível e até os cinco anos, por ser dotada de uma acuidade peculiar, sofria diariamente com o menor ruído que ouvia. Certa manhã de domingo seu pai a levou ao parque e ela ficou encantada e ao mesmo tempo assustada com um grupo de artistas que faziam música com colher, tampas de garrafa, lápis e os mais variados utensílios menos com instrumentos musicais.

Nesse dia Lauren compreendeu a beleza da música, que poderia ser encontrada no inimaginável, em várias frequências e batidas.

Desde esse dia, a garotinha transformou sua sensibilidade sonora em música, toda vez que os sons ou o menor ruído a incomodava, ela tratava de dar sentido ao seu algoz, transformando aquela irritação em paixão.

Para ela tudo era música, o vento soprando, o coração batendo, o sorriso e o choro de uma criança, a buzina de uma bicicleta, sua audição captava tudo e seus neurónios entrelaçava os sons em uma batida ritmada, criando vibrações sonoras conectadas em um único arranjo ou vários arranjos. Aos quinze anos Lauren sabia o que queria ser profissionalmente, musicista.

- Lauren, viajando de novo? – Ela sentiu um leve esbarrão em seu ombro, então olhou para o lado e viu sua amiga Normani lhe avaliando, rolou os olhos, detestava quando viajava em sua música interna e sua amiga a analisava minuciosamente. – Quais os sons dessa vez? – Normani perguntou já sabendo que Lauren fugia da realidade quando sua sensibilidade se fazia muito presente.

- A garota ruiva que não parava de coçar a cabeça... – Indicou com a cabeça uma menina que juntava seu material, só então Lauren percebeu que a aula havia terminado. – Nunca lembro o nome dela. – Deu de ombros. – Alex, no fundo, que não para de mascar chiclete. Dan, que não para de batucar com o lápis no caderno, em um tempo desconexo e a sola dos sapatos do professor Octávio, detesto quando ele usa esses calçados. – Resmungou juntando seu material.

- Sabe, eu faço essa pergunta todos os dias. – Normani colocou sua mochila nos ombros, esperando impacientemente Lauren arrumar suas coisas. – Porque música? Se você claramente tem problemas de irritação sonora, por causa de sua sensibilidade.

- Eu já expliquei tantas vezes que já perdi a conta. – Lauren fechou sua bolsa e colocou em seu ombro, indicando a amiga que já estava pronta para ir. – Eu transformo o veneno em antídoto, sem a música, meu ouvido capta vibrações sonoras que me irritam, eu organizo essas vibrações e o silêncio em uma sequência ordenada. – Começou a caminhar com a amiga. - Eu faço uma vitamina com esses barulhos e busco acrescentar melodia, harmonia e ritmo... E temos minha música interna! – Completou orgulhosa.

7/27Onde histórias criam vida. Descubra agora