1000 Hands

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Olá, caralho.

Como estão nesta entediante e sem graça tarde de sábado?????? Espero que bem.

Estamos aqui para postar o penúltimo capítulo de 7/27, com muita alegria e um pouco de tristeza por estar chegando ao fim.

Obrigada por todo o carinho BLÁ BLÁ BLÁ NÃO SEI PORQUE ME COLOCAM PRA POSTAR ESSA PORRA SE EU NAÕ SEI ESCREVER NOTA

UNBROKEN SQUAD, VAI SE FODER

FODA-SE

BOA LEITURA PORRA


O vento sussurrava levemente, soprando música para ouvidos apurados. Era mais uma tarde de sábado qualquer, talvez uma tarde de verão em que o sol aquece deliciosamente a Terra, ou talvez fosse uma tarde de outono em que o cheiro das flores invadia o peito sem autorização. Não era dia e nem noite, o crepúsculo anunciava docemente a linha de transição, esta que traz inquietação, que excita os loucos e apaixonados, o algoz e salvador dos escritores.

Lauren estava na sacada do seu apartamento segurando uma caneca quente de achocolatado, a sua frente, a frenética cidade se preparava para receber a noite, a Lua brilhava de um lado enquanto o Sol, retirava-se de campo descendo lentamente em um céu sem nuvens. A morena suspirou profundamente, o ar enchendo seus pulmões e o aroma doce aquecendo seu peito, enquanto sua pele nua se arrepiava por causa do vento um pouco mais frio, que anunciava a chegada da noite. O crepúsculo trouxe a sua memória momentos que ela julgava ter esquecido, talvez a culpa das lembranças repentinas fosse do céu alaranjado e a presença do sol e da lua, que desenterram lembranças intensas.

- O sol, após um dia carregado, busca descansar, desaparecendo sobre a linha invisível do horizonte. – Lauren ouvia atentamente a outra contar. - Ele, astro-rei, exausto de mais um dia, cede lugar à noite, onde a Lua, rainha da noite, e seu grande amor, o substituirá. Os dois são amantes, mas não podem ficar juntos, não por muito tempo, então sempre antes de dormir, com os olhinhos pesando, o Sol contempla sua amada chegar para reinar sobre a noite. – Lauren beijou rapidamente a bochecha da outra e ganhou um leve tapa em sua mão. – Preste atenção! – a outra ralhou, voltando a contar. - O céu enche-se de um laranja avermelhado, como se ali tivesse sido palco de uma batalha sangrenta, mas a única batalha que existe é a do Sol que não quer partir, mas ferido, resignado,cansado, retira-se para voltar num outro dia, recuperado para tentar ficar junto ao seu amor.

- Por que eles não ficam juntos? – Lauren indagou curiosa, sem saber em que ponto aquela história iria chegar e o porquê de sua namorada contar.

- É uma história que aconteceu há milênios... – começou a explicar, tendo a total atenção da namorada voltada a si. – Isso foi antes da existência de qualquer planeta, antes mesmo do tempo existir, tudo era escuro e vazio... Não havia galáxias, apenas escuridão. O Sol, antes de conhecer a Lua, vagava pelas trevas, andava a esmo, de olhos fechados sem ter luz, mergulhado na sua própria escuridão e ausência de sentimentos. Certo dia, que não se sabe quando, não há uma delimitação humana para quando isso aconteceu. Ele tropeçou em uma princesa, ao abrir seus olhos sentiu algo vibrar e irradiar do seu peito, a jovem à sua frente tinha os olhos mais negros que já tinha visto na vida. A Lua, por sua vez, estava encantada com os olhos dourados do Sol. Ambos se apaixonaram intensamente, e ele a cortejou por anos, talvez séculos, quanto mais o Sol amava mais ele irradiava, brilhava... Tornava-se poderoso. O passar do tempo trouxe as galáxias, os planetas, e eles continuavam fortes e fieis em seu amor, inseparáveis. Deus durante suas criações colocou a Terra, esta que trouxe um brilho cândido e terno à Lua, bem como um brilho descomunal ao Sol, porém o brilho foi tão forte que era preciso fechar os olhos na sua presença. Deus, triste com a situação, e percebendo que a Lua estava ficando machucada por causa do brilho do Sol, resolveu separar os dois. O Sol quando soube chorou tristeza, lágrimas em uma coloração vermelho alaranjado, e uma parte da Lua se tornou escura sem a presença aconchegante de seu amado, sentia-se triste e deprimida. Ela passou a ter fases e mesmo tendo as estrelas como companhia não se sentia como antes. Ambos tentaram esquecer um ao outro, porém o amor que tinham era indizível. Destemido, atrevido e com o peito clamando pela Lua, o Sol, com uma saudade dolorida em seu peito, encontrou um jeito de burlar a separação imposta por Deus. Em certos dias, mesmo de longe, conseguia aparecia mais cedo, durante a aurora, apenas para admirar sua amada, a Lua também procurava sair mais cedo para admirar seu amante e mesmo que não pudessem ficar juntos por muito tempo, eles quebravam as regras e leis do céu em nome do seu amor.

7/27Onde histórias criam vida. Descubra agora