Capítulo XIII - Verão

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Eu não estava com receio ou medo, apenas pensativo o bastante para minha mente não focar em mais nada.

Acordei com uma mensagem de 'bom dia' de Nathaniel, que dizia estar indo para o trabalho, e não me dera nenhuma pista do motivo de querer ir sozinho ontem naquele fim de tarde.

Respondi sua mensagem com um sorriso em meu rosto, e me espreguicei observando o céu com sua cor semelhante a uma folha branca, sem riscos ou amassados. Bocejei passando as mãos por meus cabelos vermelhos bagunçados.

De repente meus olhos se arregalaram com o pensamento que naquele dia, meus pais iriam chegar e eu teria pouco tempo para arrumar a casa já que havia tirado o dia de folga, então imediatamente prendi meu cabelo em um pequeno rabo de cavalo baixo e coloquei uma camisa preta e um avental ridículo florido.

Desesperado, primeiramente arrumei meu quarto do qual parecia que havia passado um furacão junto a um terremoto de grande escala, o que levou mais tempo que o esperado. Assim desci as escadas e lavei todas as louças que parecia impossível apenas uma pessoa fazer toda aquela bagunça.

Estava tão frio, mas tive que correr para limpar o piso tanto do primeiro e do segundo andar, do qual escorreguei e agradeci por ninguém ter visto aquela cena, assim que consegui tomar meu banho após a correria de deixar a casa do mesmo jeito impecável que meus pais deixaram, percebi que tinha certo talento em arrumação.

Olhei ansioso para o relógio da parede depois que desci as escadas e assentei no sofá de minha casa, e assim esperei o barulho da chave e a maçaneta girar, e esperei, como uma criança pelo seu presente de natal, tudo o que eu queria naquela hora era ouvi-los na porta, e esperei.

Depois de algumas horas, eu havia desistido, o telefone começara a tocar e atendi um tentando segurar algo em mim, respirei fundo.

— Alô?

Filho? — Já estava na espera da noticia.

— Sou eu mãe — Respondi em tentativa de esconder um pouco a tristeza.

Tivemos um imprevisto no trabalho do seu pai...

— Está tudo bem, contando que vocês estejam bem — Eu não podia culpá-los, é o trabalho deles, não tinham tantas escolhas assim.

Me perdoe filho, eu queria tanto estar com você agora — Ouvi seus soluços do outro lado da linha, segurei minhas lagrimas para não chorar junto a ela.

— Mãe, você não pode chorar, é véspera de Natal — Consequentemente meus olhos marejaram e tampava minha boca para não deixar qualquer som que me denunciasse sair. — Eu também queria estar com vocês, mas não se preocupem, meus amigos me convidaram para uma festa de despedida que irão fazer.

Castiel... Você sabe que nós te amamos muito, não é? — Limpei as lagrimas que caíam com as costas de minha mão.

— Mas como não amar um filho bonito desses? — Ri entristecido — Eu também amo vocês, tenham um feliz Natal.

Feliz Natal, filho — Havia demorado um pouco para desligar o telefone, apenas o deixei em cima da mesa depois de apenas ouvir o som da chamada sendo finalizada, pesei minhas costas sobre o sofá.

Impossibilidade, tudo o que sentia junto com uma tristeza que insistia em me abraçar contra minha vontade, me perseguia. Deite-me no sofá bege e percebi que escurecia apenas quando me dei conta da luz do meu celular que indicava a mensagem de alguém.

"De: Nathaniel

Seus pais chegaram bem em casa?"

Apenas respondi com a verdade, afinal, era apenas isso que eu tinha que fazer.

Dias de Verão em Tempos de Inverno (Amor Doce) REDIGITAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora