Eu não estava com receio ou medo, apenas pensativo o bastante para minha mente não focar em mais nada.
Acordei com uma mensagem de 'bom dia' de Nathaniel, que dizia estar indo para o trabalho, e não me dera nenhuma pista do motivo de querer ir sozinho ontem naquele fim de tarde.
Respondi sua mensagem com um sorriso em meu rosto, e me espreguicei observando o céu com sua cor semelhante a uma folha branca, sem riscos ou amassados. Bocejei passando as mãos por meus cabelos vermelhos bagunçados.
De repente meus olhos se arregalaram com o pensamento que naquele dia, meus pais iriam chegar e eu teria pouco tempo para arrumar a casa já que havia tirado o dia de folga, então imediatamente prendi meu cabelo em um pequeno rabo de cavalo baixo e coloquei uma camisa preta e um avental ridículo florido.
Desesperado, primeiramente arrumei meu quarto do qual parecia que havia passado um furacão junto a um terremoto de grande escala, o que levou mais tempo que o esperado. Assim desci as escadas e lavei todas as louças que parecia impossível apenas uma pessoa fazer toda aquela bagunça.
Estava tão frio, mas tive que correr para limpar o piso tanto do primeiro e do segundo andar, do qual escorreguei e agradeci por ninguém ter visto aquela cena, assim que consegui tomar meu banho após a correria de deixar a casa do mesmo jeito impecável que meus pais deixaram, percebi que tinha certo talento em arrumação.
Olhei ansioso para o relógio da parede depois que desci as escadas e assentei no sofá de minha casa, e assim esperei o barulho da chave e a maçaneta girar, e esperei, como uma criança pelo seu presente de natal, tudo o que eu queria naquela hora era ouvi-los na porta, e esperei.
Depois de algumas horas, eu havia desistido, o telefone começara a tocar e atendi um tentando segurar algo em mim, respirei fundo.
— Alô?
— Filho? — Já estava na espera da noticia.
— Sou eu mãe — Respondi em tentativa de esconder um pouco a tristeza.
— Tivemos um imprevisto no trabalho do seu pai...
— Está tudo bem, contando que vocês estejam bem — Eu não podia culpá-los, é o trabalho deles, não tinham tantas escolhas assim.
— Me perdoe filho, eu queria tanto estar com você agora — Ouvi seus soluços do outro lado da linha, segurei minhas lagrimas para não chorar junto a ela.
— Mãe, você não pode chorar, é véspera de Natal — Consequentemente meus olhos marejaram e tampava minha boca para não deixar qualquer som que me denunciasse sair. — Eu também queria estar com vocês, mas não se preocupem, meus amigos me convidaram para uma festa de despedida que irão fazer.
— Castiel... Você sabe que nós te amamos muito, não é? — Limpei as lagrimas que caíam com as costas de minha mão.
— Mas como não amar um filho bonito desses? — Ri entristecido — Eu também amo vocês, tenham um feliz Natal.
— Feliz Natal, filho — Havia demorado um pouco para desligar o telefone, apenas o deixei em cima da mesa depois de apenas ouvir o som da chamada sendo finalizada, pesei minhas costas sobre o sofá.
Impossibilidade, tudo o que sentia junto com uma tristeza que insistia em me abraçar contra minha vontade, me perseguia. Deite-me no sofá bege e percebi que escurecia apenas quando me dei conta da luz do meu celular que indicava a mensagem de alguém.
"De: Nathaniel
Seus pais chegaram bem em casa?"
Apenas respondi com a verdade, afinal, era apenas isso que eu tinha que fazer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dias de Verão em Tempos de Inverno (Amor Doce) REDIGITAÇÃO
RomanceCastiel nunca foi bom em expressar sentimentos e rejeita a sua paixão por Nathaniel por não conseguir aceitar isso. Alexy, sua amiga Lolla e Rosalya descobrem o amor pelo loiro e ao mesmo tempo Castiel acaba por saber um segredo da família do repres...