A presença que nos pegou incrivelmente desprevenidos sorria, nos levantamos envergonhados. Quando dei-me por mim, meus passos instintivamente se direcionaram a ela que me abraçou fortemente e pude sentir o calor que a muito fazia falta.
— Disse que não poderia vir — A olhei surpreso após um longo abraço.
— Digamos que dei meu jeito no último minuto — Seu sorriso tornou-se largo, era de se esperar de uma mãe perspicaz.
— Nathaniel... — Pigarreei procurando não deixar transparecer meu nervosismo — veio passar o Natal aqui — Que me entregou assim que a mulher em minha frente me olhou como se já soubesse de tudo que se passava ali.
— Você cresceu tanto — Suas mãos com unhas pintadas em vermelho pousaram em minha face. — Vocês dois — Olhou para o loiro ao lado de meu ombro após inclinar um pouco sua cabeça e ela fora em direção a ele, o admirando, elogiando-o em uma conversa tímida. — Graças a Deus nada de grave aconteceu com vocês — Disse com um tom preocupado, mas logo depois se mostrou aliviada.
Meu pai chegara logo depois, carregando as malas que vendo a dificuldade com o peso imediatamente o ajudei, percebi seu olhar de superioridade que sempre tivera, mas sorriu mesmo não acostumado a fazê-lo a não ser que realmente estivesse realmente feliz.
— Fico contente que esteja bem, filho, não consigo imaginar pelo que passaram — Eu conhecia seu jeito que dificultava a sua demonstração de sentimentos, mas pude saber que estava contente assim que largou a bagagem no chão para me abraçar.
— Eu digo o mesmo, pai — Sorri colocando a mão em minha nuca assim que nos afastamos. — Eu comprei bolo, mas não presentes, pois achei que não viriam — Proferi arrependido.
— Não precisa se preocupar com isso, é só não deixar Valérie cozinhar, e se acontecer, deixe o extintor a postos — Puxei isso de minha mãe, sem duvidas.
Quando chegamos à sala após guardar as malas, vi Nathaniel com as mãos nos joelhos e rosto avermelhado enquanto conversava algo com minha mãe.
— Vai assustar ele desse jeito — Debochei assentando em outro sofá.
— Não seja tão rabugento, Castiel — Se emburrou. — Parece seu pai — O homem mais velho revirou os olhos.
— Por que não quer passar o Natal com sua família? — Disse meu parente, que o mais baixo, mesmo não demonstrando parecia desolado .
— É complicado — Sorriu amarelo.
— Vamos parar com essa conversa, já passou da meia-noite e é Natal — A mulher tentava mudar de assunto.
— Castiel, já está namorando? Quem é a menina de sorte? — Me perguntei onde meu pai havia ouvido isso, minha mãe já estava ciente da situação como se fosse um instinto materno.
Os olhos coloridos de Nathaniel me olhavam, sua respiração tentava se manter calma assim como a minha, dizer para meu pai era como não saber o que estivesse pensando, como reagiria.
Fora quando em minha mente tudo me impulsionava a querer o loiro junto a mim, independente do que minha família pensava sobre os sentimentos de ambos, respirei fundo, como fiz nos dias do inverno quando pensei que estivesse tudo se despedaçando, e quando o via, juntava meus pedaços, mesmo que esse alguém usasse uma gravata horrível e várias canetas em seu bolso.
— Pai — Ele fitou-me de forma intensa. — Eu não sei se irá me aceitar, mas quero que fique claro que não vou mudar por nada, mesmo se me expulsar, ou me bater — Levantei-me do sofá e me aproximei de Nathaniel, do qual a expressão era forte como se estivesse ali apenas para mim. Segurei sua mão e a senti por um momento até virar-me para observar o homem assentado. — Não vou deixar de amar essa pessoa.
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Dias de Verão em Tempos de Inverno (Amor Doce) REDIGITAÇÃO
RomansaCastiel nunca foi bom em expressar sentimentos e rejeita a sua paixão por Nathaniel por não conseguir aceitar isso. Alexy, sua amiga Lolla e Rosalya descobrem o amor pelo loiro e ao mesmo tempo Castiel acaba por saber um segredo da família do repres...