Capítulo 5

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O destino adora brincar com nossa vida,adora nos presentear com surpresas mais que maravilhosas.

Saio da casa de vivi, ainda com aquilo tudo em minha cabeça, estava cheia de duvidas, cheia de pensamentos bagunçados, tinha que colocar tudo em seu devido lugar, não era só um simples sim ou um simples não.

Assim que saiu do segundo ônibus, sinto astoufinho vibrando no meu bolso, era mama me ligando.
- Mama? – falo no mesmo estante que atendo.
- Já saiu da casa de Vivian? – mama pergunta.
- Sim, já estou indo, não precisa se preocupar, vou direto pra casa. – falo por fim.
- Não, eu quero que você passe antes no mercado de seu João e compre ingredientes para eu fazer uma lasanha – quando mama terminou de falar só me passou uma coisa pela cabeça, meu pai ama lasanha, tipo muito, mas ele a preferida dele é a da mama, e raramente ela faz lasanha, só quando meu pai esta em casa ou seja...
- Mama isso significa o que eu acho que significa? – pergunto muito ansiosa.
- Sim, agora vê se não demora. - Ela fala ríspida.
- Esta bem. – desligo o telefone e vou o mais rápido que posso pra casa, porque o mercado de seu João fica cinco ruas da minha casa.
Não via a hora de chegar em casa e abraçar o meu pai, e contar sobre meu ultimo do ensino médio, como estava tudo muito puxado, e que eu já estava olhando alguns cursos, e que era bom estar com ele e que eu estava morrendo de saudades.
Estava tão ansiosa que nem vi quando cheguei no mercadinho, lá não era muito grande, mais tinha sempre algum ingrediente que a gente precisava de ultima hora lá em casa.Seu João estava no caixa, como sempre, passei por ele e o cumprimentei.
- Boa tarde seu João – falo com muita educação, seu João era muito geste boa.
- Boa tarde Mile, como que esta a vida menina? – ele perguntou sorrindo para mim.
- Bem. – adoraria ficar ali e conversar mais com ele, mas meu pai me esperava em casa, então saio logo a procura dos ingredientes.
Não era muito grande, dava pra encontrar tudo com uma grande facilidade, primeira coisa que enxergo de longe em uma prateleira com  mostarda, meu pai ama mostarda, e não pode faltar em sua lasanha, ando ate a prateleira, mas a mostarda esta muito alta, e se eu tenho um problema é na minha altura, vejo uma cadeira perto de uma porta no fundo do mercadinho, suponho que seja um deposito, ando até  a cadeira e a pego. Também tinha um pouco de medo de altura, mas era só não olhar para baixo,subo porem a cadeira não era tão alta, então depois de me esticar de tudo que é forma, não teve jeito tive que ficar na ponta dos pés, percebi os passos de alguém, devia ser seu João que vinha me ajudar, olho pra trás e acabo me desequilibrando, porque obvio que isso tinha que acontecer, eu me esparramar no chão, pelo menos consegui pegar a mostarda, só que ao invés disso eu cai em cima de algo macio e em seguida só consegui ouvir um grande e doloroso ai, que inclusive não era meu.

Primeira coisa que pensei
– pobre do Seu João – mas o problema foi logo após ter olhado pro lado e não ver o rosto de Seu João, mas sim um rosto lindo, de um garoto lindo que também me parecia familiar. Nesse momento não consigo esconder as bochechas vermelhas de vergonha.
Ele me da um sorriso de canto de boca, que não deixei de reparar como ele ficou atraente fazendo isso, então ele quebra o silencio.
- Anjo acha que nem preciso perguntar se você caiu do céu? – ele consegue me fazer rim um pouco.
- Acho que lhe devo um pedido de desculpas. – falo enquanto me levanto e ele faz o mesmo.
- Acho que um sorvete resolve. – coro com a proposta.
- Acho que minha mama não me deixaria sair com estranhos. – falo com tom de brincadeira, e ele ri.
- Não seja por isso, prazer Thiago. – ele fala e estende a mão para me cumprimentar.
- Prazer Milene – e retribuo o cumprimento.
- acho que não somos mais desconhecidos, certo? – ele fala com uma sobrancelha arqueada.
- Também acho. – falo por fim e sorriu, tinha me esquecido completamente da lasanha.
- então que tal um sorvete amanha? – ele fala todo animado.
- Já que estou em divida com você, é melhor aceitar – falo e dou um sorriso.
- Garota esperta. – ele fala enquanto me acompanha nas compras e aproveita e faz a dele também, passo no caixa e saiu do mercado e ele vem logo atrás de mim.
- Acho que seria legal te acompanhar em casa, e fazer meu papel de cavalheiro. –ele fala e não consigo segurar a risada.
- Você acha? – falo e ele ri.

Thiago, meu mais novo “amigo” me acompanhou ate a porta de casa, pegoumeu numero, conversamos por alguns minutos, ele me da um beijo na bochecha e sai.
Entro em casa e a primeira pessoa que vejo é meu pai, corro e lhe dou um abraço bem forte, mama sai com a sacola para começar a preparar a lasanha e eu fico sentada no sofá conversando com meu pai, colocando todos os assuntos em dia.

A vida surpreende a gente, a felicidade às vezes está ali na esquina e temos preguiça de ir atrás. Não tenha preguiça, faça tudo que puder e o que não puder também, não tenha medo de sair de seu mundinho e de se perder no caminho e não saber mais como voltar, saiba que a felicidade é o caminho certo, e se você esta feliz não tenha medo de estar errado, pois não existe ninguém correto no mundo...

E se o amor não for tudo isso?Onde histórias criam vida. Descubra agora