Capítulo 4

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"Deixar ir, deixar partir, não guardar rancor" será que é tão fácil cumprir isso, será que é tão fácil não querer se vingar de alguém que te fez tanto mal, deixar ir sempre é doloroso, mas se aquela pessoa estiver disposta a sair de sua vida, a deixe ir, não a prenda, libere essa vaga pra alguém que valorize mais sua presença. Não insista em alguém, que não da a mínima atenção pra você, que não se importa se você esta bem ou não, nem todos estarão ali, sempre do seu lado te apoiando, te encorajando, por isso de valor aquela pessoa que nota de cara quando você não esta bem, ou aquela pessoa que vai te estender a mão quando você cair, mesmo morrendo de rir mas ela vai estender a mão, e vai falar que vai ficar tudo bem.O maior erro cometido pelo ser humano é tentar mudar alguém, ver alguém ali no seu cantinho, feliz da vida, vivendo sua vida, do nada você chega e tenta mudar a realidade dessa pessoa, já parou pra pensar se ela quer mesmo mudar? Não seria melhor você mudar? Nunca tente mudar alguém só porque você acha que ela não parece com você, ou porque ela não vive no seu mundinho, não é porque ela não vive no seu mundinho que ela não é feliz. Ser certinha o tempo todo, é muito chato, tente colocar mais cores em sua vida, não viva só de preto e branco, as vezes um vermelho ou um amarelo bem gritante, te faça se sentir livre, não viva sua vida seguindo o padrão proposto pela sociedade, seja diferente, o diferente é bom, seja algo construtivo, se sinta bem, quando você esta bem consigo mesma, você consegue passar esse bem estar para quem esta do seu lado. Seja sincera, sinceridade é tudo, às vezes as pessoas podem não entender essa sua sinceridade, é normal, não devia ser, mas é, a verdade doí, mas a mentira doí mais ainda, prefiro estar perto de pessoas verdadeiras, é mais fácil ser transparente, não viva uma vida monótona, o mesmo sempre acaba sendo chato e entediante.

Passei o dia pensando em como destruiro o Gustavo, em como acabar com aquela popularidade toda dela, ou ate mesmo sua confiança,mas estava difícil. Meu celular vibra, pego e olho, era uma mensagem de vivi.

Vivi: Ei
Milene Reges: Fala.
Vive: Tive uma otima ideia, estou esperando você aqui em casa.
Milene Reges: Que ideia? Certo, estou indo.

Mama ainda estava no trabalho, então resolvo pegar uma folha e uma caneta e escrever um bilhete para ela."Mama preciso resolver um assunto urgente com Vivi vou pra casa dela e não tenho hora pra voltar, qualquer coisa me liga." Pego meu casaco e amarro em volta da cintura, passo a mão no bolso para confirmar que astoufinho esta nele, porfim pego o chaveiro em cima da mesa, abro a porta e saio. A casa de Vivi é muito longe da minha, ela mora em um dos condomínios chiques da cidade, e em bairro chique não entra em minha realidade diária de vida, pego dois ônibus lotados, no primeiro foi de boa, mas no segundo tinha um menino lindo de olhos castanhos e cabelo escuro, que não parava de olhar pra mim, cheguei ate a pensar que eu estava com a roupa suja de comida, bom ele foi só mais uma paixonite do ônibus que você sabe que nunca mais vai ver na vida.Chego na casa de Vivi e toco a campainha, a mãe dela não gosta muitode mim, acho que pelo fato de ela achar que eu não me encaixo no padrão de amizade de sua filha, torço para que Susana, a domestica, atenda a porta, mas que eu me lembre ela tinha folga nas sextas, então eu teria o desprazer de ser recebida por Dona Olga. Ela abre a porta e me olha de cima abaixo, como se tivesse algo de errado em mim.
- Boa tarde Dona Olga! - falo com muito medo da cara que ela faz para mim - Vivian está em casa? - nunca chamava Vivian de vive quando estava com ela.
- Boa tarde! Vivian está sim, mas espero que seja uma visita rápida, porque esse é seu horário de estudo - ela não gostava de mim, e não fazia questão de esconder isso. Vejo Vivi descendo a escada e vindo ao meu encontro.
- Mile! que bom que você veio. - ela me abraça - vamos pro meu quarto - ela fala por fim e me puxa escada a cima, deixando sua mãe para trás. Quando chegamos no quarto de Vive, é inevitável não olhar pra cada canto e não deseja um quarto daqueles pra você, era um lilás meio violeta a cor que estava nas paredes, varias fotos coladas em um mural, inclusive havia algumas fotos de nos duas.
- Então vive estou super curiosa para ouvir o sua ideia - eu falo com uma cara de entusiasmo. - Nós duas sabemos que o Gustavo adora ter sempre mais um "troféu"em sua coleção - Ela parou por um segundo, enquanto isso eu estava atenta, ouvindo tudo - Então precisamos de algo que o deixe queimado para todas as garotas do mundo inteiro.
- Tá, mas como fazer isso? - perguntei por fim.
- Simples, precisamos de alguma garota, que esteja disposta a iludir o Gustavo. - Fico sem saber o que falar. - Mas tem que ser uma garota de confiança, e que não caia na lábia dele.
-Esse é o problema, uma garota que não suporte ele, e que nunca ira se apaixonar por ele,é meio complicado - falo por fim. Vivi não perde tempo e fala. - Mas quem disse que não tenho uma garota pra esse plano. - vivi fala por fim. Fico bem surpresa, e pergunto - Quem? - Vive ri um pouco e fala- tem que ser uma garota pé no chão, que nunca cairia no papo do Gustavo, uma garota que conheça todos os truques e que seja uma ótima atriz. - Vive me olha com uma cara, a cara que quando ela tem alguma ideia.- você pode ser essa garota! - ela fala dando um salto na cama, fico paralisada - pense bem, você odeia ele, você conhece todos esses papos de cafajeste, você sabe enrolar alguém, tem que ser você, e eu só confio em você para seduzir o meu ex. - me vi paralisada na frente de Vivi, como eu poderia ser essa garota, tudo bem que ele não me conhecia, não pessoalmente,não por falta de oportunidade, mas por falta de vontade, ele filhinho de papai, não queria sair de seu mundinho superficial, e eu, eu só não queria ter que estar no mesmo lugar que aquele garoto, respirando o mesmo ar que ele. - faz isso por mim, por favor! Em nome de nossa amizade. - ela fala por fim, e eu só consigo ficar de boca aberta.
- Preciso pensar Vive, eu não suporto ele, nunca daria certo isso - falo e em seguida levanto da cama - preciso ir, tchau. - ela continua deitada e faz um sinal de tchau com a mão. Saio do quarto e desço as escadas torcendo para não me encontrar com Dona Olga, por sorte ela não estava lá, sai sem ter que receber mais um olhar torto dela.

O mundo estava a minha espera, um plano super bem bolado estava em minhas mãos, mas o medo se tornara duvida, e se eu não conseguir, e se ...

E se o amor não for tudo isso?Onde histórias criam vida. Descubra agora