Capítulo 15

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 Não sabia onde Vivi estava conversando, mesmo assim fui em direção ao carro, achei que lá eu me sentiria mais segura, entro no carro e fico esperando Vivi aparecer, não demorou muito para ela chegar, e pelo jeito a conversa não foi muito agradável, pois ela chegou chorando.

- E ai? Como foi? - Pergunto para cortar o silencio. 

- Só tirei a certeza que ele é um cretino. - Ela coloca o cinto de segurança e enxuga as as lagrimas.

- O que ele falou? - Ela começa a chorar novamente.

- Que não tinha planejado isso, e que não esta no planos dele ser pai agora. - Ela faz uma pausa para conter o choro. - E que se eu quiser seguir com essa gravidez ele não ia arcar com nada.

- Como assim se você quiser continuar a gravidez? - Não estava entendendo nada.

- Ele me sugeriu o aborto. - Ela começa a chorar novamente e eu fico sem acreditar. - Ele disse que conhecia uma clinica que faz isso ilegalmente, e ainda falou que pagava as despesas. - Ela falava em meio a soluços.

- Não posso acreditar nisso. - Eu enxugo as lagrimas do rosto dela. - E você disse o que? - Pergunto por fim.

- Eu dei um tapa na cara dele e mandei ele me esquecer e que meu filho nasceria apenas com mãe. - Sorri, e ela também.

- E com madrinha também! - Falo e ela sorri um pouco mas as lagrimas não param de cair.

- Você vai ser a melhor madrinha do mundo! - Ela fala por fim, pego suas mão e olho nos seus olhos.

- Você sera uma ótima mãe e essa criança sera muito amada. - Ela me abraça com muita força.

- Me desculpa pelo papelão com o seu namorado. - Ela sorri e eu não consigo disfarçar o olhar triste. - O que aconteceu Mile?

- Acabou que ele nem era o que eu pensava. - Tento não deixar nenhuma lagrima cair, a Vivi precisava de mim intacta para lutar por ela. - Não vale apena falar dele, agora eu só quero saber do meu afilhado ou afilhada.

Ela sorri e seguimos viagem, saindo daquela rua que só nos trouxe decepção, Vivi não tinha contado sobre a gravizes para a dona Olga, e não seria nada fácil enfrentar aquele dragão, chegamos em casa por volta das onze horas da noite, mama já estava dormindo, então fomos para meu quarto.

- Deita na cama, que vou pegar um colchão. - Falo para vivi que não escondia o cansaço.

- Não eu deito no colchão. - Ela fala tentando ser legal.

- Esqueceu que agora você tem prioridade e que tem que dormir bem confortável. - Ela sorri e eu vou atras do colchão que estava no quarto da mama, tento entrar o mais calmamente possível para não acordá-la, mas a mama tem um sono muito leve.

- O que aconteceu com a Vivian? - Mama pergunta e acende o abajur que ficava do lado da cama.

- Ela esta gravida! - Falo de vez e me sento de vez na cama.

- Ha meu Deus! - Minha mãe fala e coloca a mão na boca, de tão surpresa que ficou.

- Isso não é nem a metade, mas agora eu estou muito sonolenta para poder falar. - Mama passa a mão por meus cabelos e me da um beijo na testa.

- Boa noite meu anjo. - Ela volta a deitar e apaga o abajur.

- Boa noite mama! - Falo e pego o colchão e me retiro do quarto. 

Quando volto para o quarto a Vivi já tinha capotado de sono, e eu seria a próxima, aquela noite havia sido longa para mim e para ela, e os próximos dias e meses e anos não seria diferente, agora ela seria mãe e eu madrinha, responsabilidades que só quem já foi ou é consegue entender, agora só não a vida dela, mas a minha também estaria voltada para aquela criança que já era mais que amada.           

E se o amor não for tudo isso?Onde histórias criam vida. Descubra agora