Capítulo 18

15 2 0
                                    

Queria pular em seu pescoço e lhe dar vários e vários beijos, queria me prender em seu abraço e não sair nunca mais, queria esquecer tudo, mas não adiantava, aquela garota que nem sabia o nome, não saia da minha cabeça, quem era ela? Jamais confiaria nele novamente? Não queria perder aquilo tudo, mas também não podia me perder.

Ele para o carro em frente a uma sorveteria com a fachada rosa com um azul marinho e com um nome quem não me parecia estranho RT Sabores,já tinha visto aquela sigla antes, não parecia ter muito movimento, e isso seria bom para podermos conversar, sentamos em uma mesa mais afastada e reservada, nos sentamos e Thiago chamou o garçom, pedimos dois sorvetes de chocolate, ele anotou o pedido e saiu.

- Olha eu tenho uma explicação logica para tudo. - Ele fala e pega minha mão que estava em cima da mesa, sua mão estava gelada.

- Não precisa dizer nada. - Falo e tento tirar minha mão, mas ele não deixa.

- Não me deixe na escuridão. - Ele fala passando sua outra mão em meu rosto.

- Apesar de tudo, jamais faria isso. - Falo e ele da um sorriso de meia boca.

- Então me deixa te merecer, juro que não vou pisar na bola. - Ele fala com uma cara de cachorrinho molhado.

- Perdi minha confiança em você, por mais que eu tente, não vai ser do mesmo jeito, nunca é. - Falo e dessa vez ele me deixa tirar a mão.

- Vamos começar do zero. - Ele fala e para no exato momento que o garçom traz os sorvetes.

- Confiei em você, e sofri por isso, até que não doeu tanto, na verdade acho que esta cicatrizando, e não posso correr o risco de machucar essa cicatriz, não posso pedir que aceite, mas respeite. - Ele se arruma na cadeira e fica alguns segundos calados, os sorvetes ficaram ali, ainda intocados.

- Vou aceitar sua decisão, mas quero ser pelo menos seu amigo, sei que não é a mesma coisa, mas pelo ai menos estarei perto de você e vou poder te proteger de alguma forma, isso claro que se você aceitar! - Dou um sorriso, fiquei feliz por saber que ele esta entendendo o que queria dizer.

- Você não só pode como deve ser meu amigo, vai ser bom saber que esta por perto. - Ele sorri, se aproxima um pouco de mim, e me beija na testa. - Acho melhor irmos! - Falo por fim.

Ele consente que sim com a cabeça e caminhamos até o carro.

- Sabe, acho que não conheço muito de você. - Ele fala.

- Nem eu de você.  

- Acho que nos adiantamos em namorar de cara. - Ele fala e olha para mim, sem tirar muito a atenção do volante.

- Concordo, acho que por isso que não deu muito certo. - Falo e olho para o vidro do carro.

- Sei lá, já que  vamos ser amigos, acho que devo saber mais de você. - Falo e ela concorda.

- Sendo assim, vou começar do começo. Nasci no dia 13 de outubro de 1999, acho que é importante saber disso, porque adoro presentes. - Falo e ele solta uma risada. - Meu signo e libra, ainda moro com meus pais, na verdade mais com a mama, do que com meu pai, só vejo ele três vezes no ano no máximo, pois ele viaja muito por conta do trabalho, mas eu o amo mesmo assim, já fiz aula de bale, mas minha professora disse que eu sou muito desengonçada, acredita? - Falo e ele não segura a risada.

- Acho que acredito. - Ele fala e ri.

- Ei! - Falo e dou um tapinha no ombro dele. - Voltando ao assunto, já fiz aula de piano, de violão e um pouquinho de canto, tudo em escolas renomadas, mas logico que sempre fui bolsista, sempre tive a sorte de ser a escolhida. 

- Já pensou em jogar na loteria? - Ele fala rindo e me interrompe.

- Logico, que já joguei, mas acho que minha sorte se limita apenas a isso. - Falo e ele ri da minha cara. - Acho que já que vamos ser amigos, acho que deve saber de todos meus ex.

- Não se incomode se rolar ciumes. - Ele fala, e fico sem saber se era serio ou uma piada.

- Melhor começar do começo, perdi meu BV com 14 anos, não gostei particularmente, acho que pelo fato de não gostar tanto do garoto, contando com você, só tive dois namorados, o Diego que durou um ano, gostava dele, mas ele teve que se mudar, e acabou que no inicio ainda nos falávamos, mas depois eram apenas meias palavras, teve o Rodrigo, que durou um ano e meio, mas ele era muito possessivo, e tentou forçar a barra, e eu odeio ser forçada a fazer as coisas, quem sabe se eu aceito, poderia esta igual a minha melhor amiga, a Vivi, embora que isso não vem ao caso, e você foi o ultimo que não durou nem um mês...    

E se o amor não for tudo isso?Onde histórias criam vida. Descubra agora