E se o amor não for tudo isso?

Capítulo 7

Pego no sono e quando acordo já eram sete horas da manhã, me levanto e saio do quarto, minha mãe estava na cozinha e resolvi ir falar com ela.
- Mama! - falo e ela se vira, perdendo atenção do que fazia antes.
- Bom dia, minha menina. - Ela fala e volta a cortar um cebola. Vou até ela é lhe dou um beijo na bochecha.
- Mama, tive um pesadelo extranho essa noite. - Ela deixa a cebola de lado e começa a me dar atenção. - Era como se eu estivesse em um carro, não estava sozinha, mas não me lembro com quem mais eu estava, só me lembro de uma luz e um barulho muito forte e gritos. - minha mama me abraça
- há minha querida, esses pesadelo são normais, não se preocupe, vai ficar tudo bem.

Me levanto e fico fazendo rodeios pela cozinha.

- Não é apenas esse pesadelo que lhe preocupa, não é mesmo? - Mama fala por fim.
- Realmente não mama.- falo e minha mãe se senta na mesa e faz um sinal para que eu sente também.

- É uma garoto. - Mama solta um risinho. - Ontem, quando eu fui no mercadinho de seu Luís, eu meio que tive um pequeno acidente com ele.
- Um pequeno acidente? - Mama me interrompe. - Mas não foi nada sério mama. - falo para não assustar ela.

- Então conversamos, e ele me chamou para tomar um sorvete, hoje à tarde.
- Há minha querida, você precisa mesmo se divertir, mas seu pai volta hoje a tarde para o Paraná, não saía sem se despedir.
- certo! - falo e saio .

Meu pai estava sentado no sofá e assistindo um jogo, não queria atrapalhar, mas precisava ouvir suas palavras, que sempre me confortavam.

- Papai! - Falo e ne sento do seu lado no sofá.
- Oi querida - Ele fala e desliga a TV, para poder me ouvir.
- Pai, eu preciso de um conselho. - falo e ele me abraça e me da  um beijo na testa.
- O que está te preocupando tanto querida? - deito minha cabeça no seu peito.
- É que, se uma amiga te pede para fazer algo, só que isso pode machucar terceiros. O que o senhor faria?
- Há minha pequena, e sempre bom ajudar um amigo, mas nunca passe por cima dos sentimento de ninguém para chegar em seu objetivo, as vezes machucamos pessoas, e isso não tem volta, na verdade nunca tem volta, o perdão é algo que é dado, mas nem sempre é verdadeiro, as vezes quem dá esse perdão, acredita que foi de verdade, mas a confiança jamais será a mesma.
- Mas você ajudaria seu amigo?
- Pequena! Acho que eu ajudaria ele a superar a mágoa.
- Obrigada papai! - me levanto, dou um beijo em sua testa e saio.

Meu pai, sempre sabia o que dizer, agora eu só precisaria deixe e isso para vivi.

Pego meu celular e vejo uma mensagem do Thiago.

Thiago: Menina esperta, passo as três ai.

Resolvi não responder, não tinha o que responder, mas precisava tentar disfarçar essa cara de boba que ele me fazia fazer.

Começo mecher em minha rede social, e percebo uma postagem do Gustavo.

" Não seja idiota, não sou homem de ficar com uma só"

Como ele conseguia ser tão idiota, não podia deixar que isso acontecesse com outra inocente como a Vivi, precisava dar um basta nisso tudo, mesmo que para isso eu tivesse que deixar o Thiago de lado.

Pego astoufinho e ligo para vivi, ela atente na primeira chamada.

- Oi Mille!
- Vivi, você pode dormir aqui em casa hoje? - pergunto, precisávamos colocar tudo em prática.
- Posso, aconteceu alguma coisa? - ela pergunta preocupada.
- temos um plano, para colocarmos em prática. - Falo e foi perceptível a alegria que ela ficou.
- Você é a melhor, cara, as seis eu apareço por ai.
- Tá, tchau! - falo e não espero uma resposta, desligo e deito na minha cama, precisava estar relachada para hoje a tarde.

Apesar de tudo eu não sei bem o que vai acontecer entre mim e o Thiago, quem sabe isso não dure nem dois encontros, então não devo criar tantas expectativas.
Já era duas em ponto, então resolvo tomar um banho, saio do banho, passo um hidratante de framboesa, que eu amo de paixão, pelo meu corpo, abro meu guarda- roupas, e pego meu vestido florido, azul com branco, passo perfume, pego minhas botinhas marrons, quando termino de me arrumar já eram duas e quarenta, resolvi ir falar com meu pai, não podia sair sem me despedir dele.
Vou até a varanda e ele estava falando no telefone, espero uns instantes e ele desliga o telefone.
- Onde a senhorita vai toda arrumada assim. - Ele fala tentando ser sério.
- Vou a um encontro. - falo na maior cara de pau.
- Será que posso conhecer o garoto, que terá a honra de se encontrar com você.
- Não sei se deve desperdiçar o seu tempo, não sei se vai sair do lugar.
- Sendo assim, tenha um belo encontro.
Lhe dou um abraço .
- Você é o melhor.
- Não precisa disso tudo. - ele diz.

Escuto a bosina de uma carro, devia ser o Thiago.
- Tchau pai.
Falo e nem espero uma resposta, e saio para fora, la estava Thiago, do lado do carro, com uma calça jeans, e uma camisa azul, ele não desviou o olhar de mim por um instante, com aqueles olhos verdes maravilhosos, e aos poucos ele abria um sorriso.