Capítulo Trinta - Parte 1

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Olá, por motivos de viagem, o capítulo dessa semana sai mais cedo!

Aviso que: Dividi em duas partes! Esse seria o penúltimo capítulo e estou com pena de terminar, então dividi. E também, porque andei relendo e quero fazer alterações, então irei ampliar o capítulo. 

Postarei a primeira parte hoje, mas já aviso que, em minha bagunça mental, pode ser que eu posteriormente a altere também! Entretanto, avisarei antes caso isso ocorra e atualizarei o capítulo aqui!

Bom, vamos aproveitar então a primeira parte do início do desfecho da história de nossa amada Júlia?

Boa leitura <3

***

Júlia acordou em uma confortável cama de casal, com o colchão macio sem ser fofo demais, lençóis pesados e quentinhos a cobrindo e um travesseiro grosso abaixo de sua cabeça. Isso indicava que ela não estava mais no hospital.

Tinha acontecido novamente... Desde que despertou de sua última cirurgia, ela tinha tido esses pequenos blecautes, sem lembrar de ter ido dormir ou de sair de algum lugar. Dessa vez, de alguma forma, ela estava nesse quarto desconhecido.

Sentou-se na cama e olhou primeiro para si mesma, vestia uma camisola de seda rosa, depois olhou em volta, para o luxuoso quarto de decoração limpa e simples, que indicava ser um quarto de hóspedes pela falta de itens pessoais. Mas ainda assim era um cômodo bem acolhedor.

Estava pensando se deveria se levantar e procurar saber onde estava, quando a porta se abriu e Enzo entrou.

Ele parecia um caco. Seus olhos estavam pesados e com profundas olheiras, seu cabelo estava sujo e bagunçado, a roupa amassada. Ele parecia não ter dormido em séculos e ela sentiu-se um pouco culpada ao pensar que deveria ser a causa disso.

Poupe-se, Júlia. Você pode sentir tudo agora, menos culpa. Ela desviou o olhar para a cama, pensando nas próprias palavras. O estranho era que, ela não sentia nada.

A gravidade da situação pela qual passou ficou bem clara em sua mente, mas ela não conseguia reagir a isso. Ela estava triste? Sim. Ela sentia-se incompleta? Em partes, sim. Mas não conseguia forçar seu corpo a expressar de alguma forma. Era como se ela estivesse vendo a situação de longe.

O único momento em que se sentiu mais frágil, foi quando tentou caminhar pela primeira vez, ainda no hospital, e sentiu uma pontada aguda em sua parte íntima devido aos pontos da cirurgia. Nesse momento seus olhos marejaram, mas tão rápido quanto umedeceram, eles secaram.

Sabia que aquilo não era saudável, mas não tinha como mudar. Ao final daquele dia, quando acordou no hospital, o médico insistiu que ela passasse por um psiquiatra, e ela prometeu que o faria quando voltasse para casa.

Isso tinha sido a pouco mais de vinte e quatro horas.

Tinham viajado naquele mesmo de volta para São Paulo em um pequeno, porém luxuoso, avião que, aparentemente, era de Rodrigo. Ele devia ser rico, ou algo assim. Ela teve alta e partiu de volta para São Paulo. Durante a viagem ela deve ter dormido, ou teve seu blecaute, porque lembrava-se apenas de um trecho em que viajaram de carro... Depois, novamente o blecaute e lá estava ela.

– Jules... –Enzo sussurrou e aproximou-se lentamente. Ele parecia estar pisando em ovos com ela, temendo dizer cada palavra ou fazer algum gesto muito brusco perto dela, como se ela fosse quebrar.

E talvez fosse, ela mesma não sabia, devido ao modo como tinha se comportado.

– Você quer comer algo? Rodrigo pediu por comida.

De Encontro ao Perigo [LIVRO UM - COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora