Capítulo Dezesseis

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Boa leitura!

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A sensação de sangue em suas mãos era como tocar em algo muito viscoso e quente, que envolvia sua mão de modo a parecer penetrar nela... Quase como areia movediça. Parecia que aquele líquido vermelho escuro, quase preto, iria fazê-la afundar até sumir, em dor, em desespero, em morte... Ela chegava a sentir o cheiro da morte.

Júlia despertou com os próprios gritos e somente se acalmou quando Enzo a segurou com força contra seu corpo, prendendo seu tronco e braços em seu aperto para impedi-la de continuar a se debater na cama. Ela sentia seu coração bater tão acelerado que pensou que fosse sair pela boca. Tentou respirar fundo, controlando-se aos poucos.

– Está tudo bem, eu estou aqui... –ele repetia em seu ouvido. –Eu estou aqui.

Ela fechou os olhos, deixando o rosto descansar contra o peito dele, sentindo sua pele quente nua abaixo de si. Eles tinham dormido na mesma cama, mas tinha sido isso: dormir. Enzo usava apenas uma calça de tecido fino enquanto ela ainda estava vestida de camiseta e calça; ela até poderia ter desejado que algo mais acontecesse entre eles, mas realmente tinha estado muito cansada depois que comeram e agradeceu como ele foi decente o bastante para deixa-la em paz enquanto dormia.

Mesmo agora, enquanto ela surtava como uma donzela idiota, ele estava ao seu lado, abraçando-a quando podia fingir que nem a tinha escutado acordar. Porque ele tinha que estar noivo de Bárbara? Por que ele tinha que tê-la abandonado quando ela mais precisava? Havia muitos "por quês" que ela gostaria de obter a resposta, mas aquele não era o momento.

Naquele momento ela só queria ficar em silêncio e sentir o corpo Enzo pressionando o seu, seu aperto firme, sua pele quente. Ela só queria a ele.

– Enzo... –ela sussurrou e pareceu como se nada mais precisasse ser dito, pois ele havia entendido o que ela queria.

Enzo empurrou-a até que ela estava com as costas apoiadas no colchão. Julia fechou os olhos, deixando seu corpo relaxar conforme ele se tornava mais aceso e consciente do que estava prestes a acontecer. O toque dos lábios dele foi suave, tocando primeiro na altura de sua barriga, e mesmo por cima do tecido, ela sentiu um arrepio gostoso percorrer todo o seu corpo, em seguida subindo uma trilha reta até o vale de seus seios, onde ele pausou.

Júlia gemeu em protesto, mas Enzo levou as mãos até a barra de sua camisa, puxando-a até livrar sua pele nua a seus olhos. Seus mamilos já acesos em ansiedade pelos beijos molhados dele. Ela não sabia como Enzo era capaz de fazer com que todos seus problemas e preocupações desaparecessem com o simples toque de seus lábios, bastava ele tocá-la e tudo parecia perfeito. Era um poder extremo, ela sabia, mas não podia controlar.

Quando estava com ele, seu corpo tinha vontade própria e seu cérebro perdia a batalha de vontades.

Ela deixou um gemido de aprovação escapar quando a boca dele tomou um de seus seios, mordendo e chupando o mamilo com força, deixando-o vermelho com a aspereza do toque. Aquilo a surpreendeu, toda a sua reação à ele era prova de que ela nunca tinha realmente esquecido-o. Júlia adorava sexo, fazia muito inclusive, mas ela não gemia... Era um poder que ela não estava disposta a conceder a homem nenhum – fosse pelo motivo que fosse. Mas com Enzo... Os gemidos eram difíceis de segurar, porque tudo parecia cem vezes mais intenso quando se tratava dele.

Porque você o ama... Não! Ela não queria pensar em amor, não naquele momento.

Enzo abocanhou seu outro seio, trabalhando nele enquanto suas mãos desciam por seu corpo até a barra da calça. Ela ergueu o quadril quando sentiu-o puxar o tecido para baixo, deixando-o despi-la por completo. De repente, sua excitação era demais para suportar. A expectativa de ter o pênis de Enzo enterrado profundo dentro dela a deixou ainda mais quente e molhada para ele.

De Encontro ao Perigo [LIVRO UM - COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora