Capítulo 2

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Pela noite, Roberta já tinha recebido SMS de quase todos do café, menos de Henry, Fanny e Thommas. Fanny e Henry não estavam mais lá quando dera seu número, por isso não mandaram, já Thommas, com toda certeza não mandou, porque não quis pegar seu número. Ela tinha certeza que ele só pediu o número dela para parecer educado, depois de negar carona minutos antes. Ela passou boa parte da noite trocando mensagens com Hope e Maredith – as duas era muito legais. Roberta tinha um grupo reduzido de amigas, na verdade, só tinha duas; as outras eram apenas colegas mais próximas, mas ela sentia que Hope e Maredith seriam ótimas amigas, já haviam a cativado, e a confiança viria com o tempo.

Thommas, como tinha prometido a sua namorada, passou na casa dela quando anoiteceu. Ela não parecia irritada com o fato dele não ter voltado com ela.

– Seu pai me mandou uma mensagem falando que precisava me ver.

– Lá vem você – ela bufou.

– O que foi que eu fiz?

– Essa sua mania de ser sempre agradável com todo mundo, você trata melhor meu pai que a mim.

– Pelo amor de Deus – ele começou a rir. – Você tá com ciúmes do seu pai?

– Não é ciúme! Se quiser, pode beijar quem for – ela bufou. – Só não gosto de você ser tão certinho com ele. Eu não sabia que você era assim, naquele bar que a gente se conheceu, você me pareceu bem mais solto. Não esse ser todo corretinho.

– Fanny, por favor, não me venha com essa. Eu não estou aqui pra ser um objeto que você usa pra desafiar seu pai. A propósito, você já passou da idade de ficar fazendo isso. Eu sou seu namorado, você quem nos apresentou, e eu o acho uma ótima pessoa.

– Faz o que você quiser, vou entrar. Assim ele pode vir aqui e conversar melhor com você – e entrou, irritada.

Thommas ficou ali, indignado. Ele tinha essa mania doida de se interessar pelas garotas mais complicadas. O que ele poderia fazer se o pai dela o adorava? Ele não tinha culpa de ser tão interessante! Ele riu, imaginando a cara que Hope e Maredith fariam se tivessem o escutado falando assim de si próprio. Mas, essa era a realidade. Ele não tinha culpa do pai de Fanny gostar dele. Desligou-se dos pensamentos ao escutar o sogro chegando.

Uma semana já tinha se passado desde Roberta havia conhecido o pessoal. Nesse meio tempo, encontraram-se algumas vezes, e inclusive, Fanny e Henry também estavam presentes, e a cada encontro, ela gostava mais de todos, e tinha mais dúvidas sobre Fanny. Hoje começariam as aulas, e ela podia dizer que estava empolgada, não só por estar cursando o Jornalismo tão sonhado, mas também porque veria novamente suas duas novas amigas.

Thommas foi o primeiro a chegar, e ficou impressionado por não encontrar Hope; ela passara a semana falando de como estava ansiosa para o começo das aulas, e de como Roberta era um ótima pessoa. Hope era três anos mais nova que ele, não que isso interferisse na amizade, mas, às vezes, ela deixava visível a diferença. Ele riu ao lembrar-se do jeito que ela ficava ao tentar parecer mais adulta, ele diria que ela fica intragável.

Roberta chegou minutos depois, e antes que pudesse entrar na faculdade, Thommas a avistou.

– Roberta!

– Oi – ela falou com tanta formalidade que ele pensou em rir, mas achou que pareceria grosseiro. – Você viu se a Hope, ou a Maredith já chegaram?

– Fui o primeiro a chegar. E bom, a chame de Mary.

– Como?

– A Maredith – ele falou, como se tudo fosse óbvio. – Chame a Maredith de Mary, ela prefere assim. É mais informal.

The Better Part of MeOnde histórias criam vida. Descubra agora