Victória Walker
-O que vocês entendem por Instituições Judiciárias e Ética? – Sr. King olhava cada um de nós enquanto andava de um lado para o outro.
O silêncio que reinou na aula de Psicologia Jurídica voltou a assolar nossa sala, o que era um tanto quanto engraçado. Os professores não aprendem certo?! Obrigando ninguém fala, imagina deixando todos à vontade.
-Vocês não entendem nada, nem ligam a nada quando escutam esse nome? – Ele arqueou uma sobrancelha em sinal de dúvida.
Um grilo estaria fazendo mais barulho do que nós naquele momento.
-Vocês ainda estão tensos devido ao trote não é mesmo?! – Um sorriso brotou em seus lábios, e que sorriso. – Pessoal, minhas aulas não serão maçantes, prometo, mas vocês precisam colaborar, não há respostas idiotas e muito menos perguntas. – Manteve a curva em seu rosto. – Agora vamos tentar novamente, o que vocês entendem por IJE? – Sentou-se na mesa.
Esse homem tem noção do quanto ele é lindo?! Tudo bem, F O C O.
-É algo relacionado a divisões de instâncias no ramo jurídico? – Arriscou um homem de meia idade que se encontrava no fundo da sala.
-Tem a ver sim...seu nome é? – Olhou diretamente para o senhor.
-Joseph, Sr. King. – Respondeu prontamente.
-Ah, eu já ia me esquecendo, podem me chamar de Thomas, não precisamos dessas formalidades aqui. –Vagou o olhar e parou em mim, de novo.
Senti meu corpo arrepiar dos pés a cabeça, que efeito é esse meu Deus?!
-Thomas é um nome bonito. – Uma garota lá de trás falou em alto e bom som.
Automaticamente todos viraram para olhá-la, e a cara presunçosa e cheia de malícia estampava aquele rosto, de alguma forma eu sentia que ela iria se jogar nele na primeira oportunidade.
-Obrigado...? – Ele sugeriu que ela se apresentasse.
-Jane, me chame de Jane. – O cinismo era nítido.
-Obrigado pela gentileza, Jane. – Tentou cortar o assunto antes que as coisas mudassem de figura.
Nenhum professor que se preze teria relações com uma aluna, certo?! Isso é algo fora de cogitação, não é mesmo?! Isso, vamos voltar para o objetivo principal ali. Espantei os pensamentos sórdidos e tentei focar no que realmente importava no momento: prestar atenção e fazer o melhor curso de Direito da minha vida.
A aula passou de forma vagarosa, mas não liguei, a lógica que usaríamos na disciplina era realmente muito interessante, eu podia sentir que iríamos debater muito sobre diversos assuntos relacionados a política do país em que vivemos e de certa forma aquilo me agradou.
Eu adorava assistir debates, mas daqueles saudáveis, do tipo que ninguém sai ferido ou sem amizades, e minha turma parecia um tanto quanto amigável nesse quesito, com certeza teríamos conversas calorosas e interessantes, afinal, somos o futuro do nosso país, precisamos construir opiniões fortes e que derrubem qualquer argumento que possa nos levar ao fracasso.
E foi com esses pensamentos na cabeça que comecei a sentir uma agitação na sala, o professor nos havia liberado.
-Uau, que professor é aquele, senhor?! – Pude ouvir Jane falando bem próximo de mim.
-Realmente, se eu não fosse uma mulher casada não hesitaria em me jogar naquele homem. – A mulher ao seu lado dizia enquanto ria como se não houvesse amanhã.
Bufei.
De alguma forma aquilo me incomodava, eu me sentia praticamente em uma competição, onde o prêmio em questão era o Sr. King.
Mas que droga é essa que estou pensando?! Ele é meu professor, eu acabei de conhecê-lo e que merda é essa que eu estou na cabeça?!
-E ai amiga, o que achou? – Becky apareceu saltitante ao meu lado.
-Sobre? – Me fiz de desentendida.
-Fala sério, o professor, o que você achou? Paraíso né?! Mas ele é todo seu querida, tenho meu Mike. – Estava elétrica.
Ri de seu comentário.
-Becky ele é lindo e maravilhoso, mas fala sério, com a concorrência que eu tenho, jamais consigo chegar tão perto dele. – Brinquei.
-Nunca se subestime minha querida, ele te deu umas olhadas maravilhosas durante as explicações, mas você estava em outro planeta e parece que não percebeu nadinha. – Ela deu um tapinha de leve em minha testa.
-Quais olhadas criatura?! Tem certeza que não foi destinado a Jane?! Ele parecia bem interessado nela. – Dei de ombros fingida.
-Ela não tem chance com você, se você investir, você ganha. – Ela cruzou os braços em desafio.
-Então isso é um competição?! – Ri nasalmente.
-Querida, teremos cinco aninhos para tirarmos nossas conclusões, e cinco aninhos para você agarrar o seu sonho e o professor. – Balançou as mãos em sinal de superioridade.
Ri alto.
-O que eu perdi? – Oliver surgiu das cinzas.
-Vick está interessada no Sr. King. – Becky soltou sem pestanejar.
-Becky! – Falei com um sorriso.
-Ah qual é, na próxima aula vou te emprestar o babador pra vê se te ajuda a não empoçar a carteira. – Ela riu maldosa.
-Vick, já está assim? – Oliver me cutucou. – Não seja dada por favor. – Pediu.
-Hey, eu não sou dada, okay?! Becky está exagerando nos fatos, eu não estava pensando na beleza exacerbada do professor, e sim na nossa turma. – Falei com sinceridade.
Contudo, pareceu que tinha surtido efeito contrário minha justificativa, pois os dois danaram a rir como se eu tivesse contado a piada do século.
-Você é uma ótima piadista. – Oliver prendeu o riso. – Porque diabos você iria ficar pensando na turma sendo que tinha um homem gato explicando uma matéria foda na sua frente?!
-Ah vai saber. – Dei de ombros. - Eu só não estava pensando nele, nisso posso garantir.
-Vamos fingir que acreditamos. – Becky revirou os olhos. – Agora preciso ir meus queridos, nos encontramos amanhã, crie o nosso grupo, hein?!
-Pode deixar! – Abracei minha amiga seguindo o abraço até Oliver.
Nos despedimos e cada um seguiu o próprio rumo. Meu pai me esperava pacientemente do lado de fora da faculdade, estava de carro e parecia ansioso com a minha chegada.
-Oi pai. – Sorri ao entrar no veículo.
-E então?! Como foi seu primeiro dia?! – Ele estava nitidamente animado.
Decidi que seria melhor relatar meu dia quando estivéssemos em casa, pois assim, minha mãe também ouviria juntamente com meu pai fazendo com que eu conte a história somente uma vez.
E assim eu fiz.
Cheguei em casa relatei meu dia nos mínimos detalhes e pulei a parte do professor ser a coisa mais linda do universo. Meus pais ficaram entusiasmados com o meu ânimo e me dispensaram para dormir, coisa que eu realmente estava precisando.
Subi para o meu quarto e me joguei na cama de forma preguiçosa, fechei os olhos e só consegui ver uma imagem, a imagem de Thomas King.
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Uau, Thomas é irresistível mesmo! E vocês? O que acharam? Vamos lá, deixem aquele votinho de incentivo e aquele comentário bacana, vou amar lê-los!
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Meu Querido Professor [CONCLUÍDO]
RomanceVictória Walker não podia se sentir mais realizada, principalmente após receber a notícia de que entrara em uma das melhores faculdades de Direito do país. Contudo, a Walker não sabia o que o destino lhe reservava, principalmente quando ele era alto...