Capítulo 9 - Minha doutora.

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Victória Walker

Minha cabeça latejava, meu corpo doía e uma brisa fria estava me fazendo tremer. Ainda de olhos fechados, arrisquei a me aconchegar ainda mais no meu "encosto" incrivelmente confortável e a puxar o cobertor ainda mais para mim.

A medida que eu me entregava aos sonhos novamente, meu suporte parecia se mover, eu acho que bebi demais, só pode, como um colchão se moveria, assim, do nada?!

Foi só nesse momento breve que eu finalmente cai na realidade e constatei que aquilo que me sustentava não era um colchão, antes fosse, aquilo ou aquele (como quiserem chamar) era...

-Bom dia, doutora!

Ai merda! Era o Thomas, puta que pariu.

-Ai meu Deus. – Me afastei dele de supetão me arrependendo logo em seguida, pois minha cabeça parecia estar pesando uma tonelada.

Fui obrigada a voltar a me recostar no travesseiro macio atrás de mim.

-Ei, vai com calma, mocinha. – Thomas me cobriu novamente e eu fechei os olhos.

Caralho, ele estava lindo com aquele cabelo bagunçado e sem camisa...espera, sem camisa?!

Arrisquei olhar para as minhas vestimentas e suspirei de alívio ao constatar que eu ainda estava com meu vestido, somente sem os sapatos, que bom.

-Sei o que deve estar pensando, mas eu não fiz nada com você, como você disse ontem, isso seria anti ético, eu apenas tirei minha camisa para ficar mais confortável, e tenho certeza que pra você também foi. – Sorriu de canto.

Eu apenas olhei para ele ainda com receio, eu ainda estava meio chocada por ter passado a noite com meu professor, eu não estava preocupada em dar explicações para os meus pais sobre meu paradeiro, mesmo porque, eu havia combinado com os dois de que eu ficaria na casa do Oliver (eles só deixaram que isso acontecesse porque eles sabem que meu amigo gosta da mesma fruta que eu gosto), enfim, eu precisava ir embora antes que eu cometesse alguma loucura com aquele homem na minha frente.

-Eu...eu preciso ir pra casa, meus pais podem ficar preocupados. – Fechei os olhos pensando em me levantar.

-Tem certeza que quer ir pra casa nesse estado? Digo, você parece ter morrido e ressuscitado umas duzentas vezes ontem a noite. – Ele riu.

-Muito engraçadinho, respeite o PT alheio. – Mandei língua mas sorri depois.

-Olha, descanse mais um pouco, troque essa roupa, deixei uma das minhas camisas no banheiro para você se trocar e volte para a cama, vou fazer um café reforçado para nós com o intuito de curar essa sua ressaca. – Ele se levantou e eu quase perdi o fôlego ao olhar aquele físico dos infernos de tão gostoso.

Foco, Victória.

Thomas saiu do quarto e fechou a porta. Respirei fundo e me levantei da cama indo direto para o banheiro da suíte, que era enorme por sinal, e me encarei no espelho igualmente grande.

Eu estava até que apresentável, tirando meu cabelo que parecia um ninho de passarinhos. Olhei para o cabide do lado do espelho e encontrei uma toalha, a blusa, sabonetes e um shampoo, ele na certa já havia acordado a mais tempo, não era possível.

Tirei o vestido com uma certa dificuldade, pois ainda estava um pouco dolorida devido ao jeito que dormi e acabado esse processo, eu entrei no box, liguei o chuveiro e deixei que a água caísse sobre meus ombros, cabelos e costas sentindo meu corpo dar uma relaxada incrível.

Lavei minhas madeixas negras saindo logo em seguida da água. Me sequei e vesti minhas roupas intimas que eu havia trago na minha bolsinha (mesmo porque eu dormiria no Oliver) e deslizei a camisa pelo meu corpo.

Meu Querido Professor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora