5 | Pesadelos vêm e vão

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— Me espere aqui — murmurou Trevor, com a voz arrastada, ao me colocar de costas na cama.

Ri pela atitude rápida.

— Dá tempo de eu tomar banho?

Ele me lançou um sorriso lateral e quente.

— E tirar seu cheiro gostoso? Nada disso.

Depois beijou minha boca com força e caminhou para o closet, um dos lugares que não estava na minha mente. Acho que ele já esperava pelo sexo... Quase eu não tive tempo para pensar em algo, pois segundos depois ele retornou — o rosto carregado de fulgor e brilho nos olhos — com duas...

... algemas vermelhas e uma venda da mesma cor.

Arregalei os olhos, incapaz de evitar o sorriso, e me sentei na cama como uma criança que acabou de ganhar um brinquedo de um pai.

— Você se lembra quando eu perguntei quando nos vimos pela primeira vez se você aceitava ser algemado ou vendado? — questionou Trevor, ficando em pé à minha frente.

Meu inconsciente levantou sua placa rosa escrito: "Fale menos e aja mais".

— Lembro, claro — sussurrei, a voz sumindo.

— E você disse "Sim, senhor".

Eu disse?

— Isso.

— A resposta mudou ou continua a mesma? — Sua sobrancelha esquerda foi levantada de maneira provocadora.

Caralho, olha esse rosto intenso! Minha resposta foi direcionar meus dois pulsos em sua direção com a maior cautela, os olhos submissos encarando os selvagens de Trevor. Trevor me olhou admirado.

— Você confia em mim, Chris? — perguntou baixinho, as pupilas brilhando, e era possível detectar a surpresa em sua voz densa.

— Confio.

Um raio partiu o céu quando terminei de falar, clareando o quarto de Harper pelo vidro acima de nós dois. Que lindo! Fazer sexo na chuva, meu Deus!

— Ótimo.

Ele jogou as algemas e a venda ao meu lado na cama, apertou minha cintura — o jeito rústico e delicioso — e me moveu para o topo de modo que eu me deitasse, a língua invadindo minha boca com sede e desejo. Porra, eu amo esse homem! Ele sabe do que eu preciso mais do que eu mesmo! Segurei seu pescoço com as duas mãos, retribuindo, e o beijei com desespero, com fogo o suficiente para meus lábios latejarem. Mordi sua boca com gosto e a puxei num estalo ao mesmo tempo em que eu deixava meus dedos invadirem sua blusa.

A respiração de Trevor colidia na minha, unidas numa chama que ambos nós sabíamos que só seria apagada quando nosso prazer fosse cessado. Ele dobrou os joelhos nas laterais do meu corpo a fincou as mãos nas minhas coxas com precisão, arrancando um gemido alto meu entre o beijo. Puta merda... Trevor chupou meu pescoço, os cotovelos apoiados nos lados da minha costela enquanto os dedos apertavam meu peito.

Meu subconsciente desmaiou. Descanse, amor, sussurrei para ele, me concentrando no presente.

Envolvi o cabelo de Trevor e fechei meus olhos ao encostar meu nariz em nos fios cheirosos, mas ele me imobilizou segurando meus pulsos contra a cama à medida que sugava minha pele, cada parte dela sendo percorrida por seus lábios gelados. Agora que a barba estava de volta, cada vez que ela roçava meu pescoço, uma nova onda de arrepio arrastava minha respiração, tornando-a incoerente até para mim. Porra!

— Que. Gostoso! — gemeu Trevor, a língua explorando a região abaixo do meu queixo.

— Ah, Trevor...

EU ENTREGO MINHA VIDA A VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora