O jogo havia começado e eu estava prestes a ganhar mais uma partida contra algum milionário qualquer. O homem sentado a minha frente estava suando frio esperando que a descida das minhas cartas naquele jogo tão fácil. E então aconteceu, eu venci mais um jogo naquele lugar.- Foi um bom jogo Sr. Rush, porém foi a última jogada. Essa é minha deixa. - falo a ele e seus seguranças enquanto pego o dinheiro, guardando-o dentro do vestido apertado.
- Você me enganou e não vai sair impune gatinha. Peguem ela! - ouço ele ordenar a todos aqueles homens enquanto corro por todo cassino de Las Vegas. Essa era minha vida. Jogar, ganhar, correr.
Enquanto corro, roubo a bolsa de uma mulher que estava se divertindo nas máquinas do cassino. Ela não percebe que roubei sua bolsa, e agradeço aos céus por isso. Todo o dinheiro que ganhei naquele jogo, eu coloco dentro da bolsa. Continuo correndo por toda a extensão do cassino e retirando aquele vestido extremamente colado, juntamente com a peruca ruiva. Assim que alcanço a rua, peço um táxi e vejo os seguranças procurando pela ruiva que não existia. Dou um pequeno sorriso de vitória depois de entrar no táxi, pedindo com que ele me leve para bem longe dali.
Sigo a pé para casa após descer do táxi em qualquer lugar da cidade. As vezes parava em algum lugar para pensar sobre minha vida. Mãe drogada, pai bêbado, família morta. Essa era a definição de minha vida familiar. Minha mãe me ensinou a lutar, o que foi muito útil quando fugi do abrigo. Meus pais foram denunciados por negligência, o que fez com que a justiça me tirasse dos meus pais e me jogassem em um abrigo qualquer. A verdade é que eles nunca ligaram para mim e por isso, quando tive a oportunidade, fugi daquele abrigo de merda vim para Las Vegas com o dinheiro que roubei do cofre. Os primeiros raios de sol estavam surgindo no horizonte e eu estava caindo em minha cama com toda força e cansaço possível.
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Sou brutalmente acordada por batidas violentas e xingamentos de minha melhor amiga.
- Qual o problema de acordar cedo Mia? - pergunta Luna.
- O problema é que cheguei agora a pouco e caí na cama. - respondo bem sonolenta.
- Ok, agora me diz como foi ontem e se vamos a boate hoje. - exige ela.
- Está falando sério que veio aqui para saber se vamos pra boate.
- É um bom dinheiro que ganhamos lá.
- Eu sei, mas prefiro parar de ir pra boate e continuar jogando como sempre fiz.
- Prometeu entrar nessa comigo Mia.
- A questão não foi eu ter prometido e sim concordar. Faço qualquer coisa pra parar de ir naquele lugar Luna, por favor, se quiser eu te ensino a jogar.
- Me ensinar a jogar? Faria isso mesmo? - pergunta ela surpresa.
- Claro. Tudo pra parar de ir naquele lugar nojento.
- Ótimo, então me ensine agora mesmo. A noite vou com você pro cassino.
- Não vai não. O cassino é um lugar grande demais para alguém iniciante como você amiguinha. Se contente com a área vip do barzinho. Lá você pode iniciar um bom jogo.
- Está brincando não é Mia? - pergunta analisando minha expressão.
- Não estou. Vamos começar. - falo a ela enquanto saio para procurar um dos meus baralhos que estão espalhados pela casa.
Assim que o encontro, caminho de volta até minha amiga e misturo o baralho.
- O segredo está na forma que conduz o jogo. Homens não gostam de perder para nós mulheres. Sociedade machista. Sempre tenha uma carta na manga, o que significa ter um plano B. Você pode perder a primeira, a segunda e até a terceira, mas jamais perca a última jogada. Entendeu?
- Entendi, nunca perder a última jogada. - repete ela.
- Ótimo, vamos jogar. - falo com um sorriso sensual.
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- Em qual bar vamos? - pergunta Luna
- Quando chegarmos você verá. Tenho certeza de que é um bom lugar para se praticar.
- Então vamos logo. - fala ansiosa.
- Regras. Um: não beba. Esteja sóbria o suficiente para vencer o adversário. Dois: caso ele te ameace corra o mais rápido possível, por isso tem uma peruca e uma roupa por baixo.
- Entendido. Vamos logo porque hoje quero fazer fortuna. - diz ela sorrindo.
Caminhamos lado a lado sorrindo enquanto lembravamos de nossos momentos juntas desde que nos conhecemos. Luna era a única coisa que eu tinha nesse mundo e por isso ela era valiosa para mim. Assim que encontramos um ponto de táxi, esperamos até que um aparecesse. Meu vestido estava na metade da coxa e era de um vinho profundo completando com um salto na cor branco. Luna estava vestida em um tubinho preto com saltos da mesma cor. Apesar de bonitos, nossos vestidos eram sensuais e bastante provocadores.
Quando chegamos ao nosso destino, pagueio táxi e lanço minhas pernas para fora do veículo e desço dali. Assim que desço, vejo Brad, o segurança gato do bar onde costumo frequentar quando estou afim de coisas baratas. Conforme me aproximo dele com Luna atrás de mim, ele me olha com um desejo intenso.
- E aí gatinha, resolveu relembrar os velhos tempos? - pergunta me provocando
- Não agora, mas quem sabe depois. Preciso entrar com Luna. Ela aprendeu a jogar e acho que esta noite vamos sair ricas daqui. - falo de modo sensual a ele.
- Se forem sair ricas, não esqueçam do papai aqui. - responde ele olhando para meu vestido.
- Me deseje sorte gatinho. - peço a ele e dou um beijo rápido em seus lábios.
Ao entrarmos no local, já está cheio. Volto para um lado estranho do bar e caminho pelo pequeno corredor até chegar em um lance de escadas que levam para baixo do bar.
- As pessoas nunca desconfiam? - pergunta Luna curiosa.
- Bom, não. As pessoas que estão lá em cima só querem beber até cair. Quem procura diversão, vem aqui para baixo. Sabe das regras não é? Nada de bebidas alcoólicas ou drogas antes das partidas. Quando formos embora daqui pode fazer a merda que quiser. Entendido? - pergunto a ela que assente lentamente. Então prossigo sorrindo. - Ótimo. E que vença o melhor.
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HEEEEEEEEY BABES ❤
ISSO MESMO, HISTÓRIA NOVA.
ESPERO QUE CURTAM ESSE CAPÍTULO, QUE FOI UM POUCO PEQUENO, E NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR E COMENTAR O QUE ACHARAM.XOXO,
LORRAYNE
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A Força do Querer
Short Story"Suba a bordo Vamos devagar e rápido Luz e escuridão Me segure forte e calmamente." Nada era mais empolgante para Mia do que entrar em um cassino. Cheirava a dinheiro, poder e vitória. Cheirava puramente a Mia. Essa era sua vida e sempre seria, ou e...